Edição 395 - 17/12/2025

A Venezuela é um país cercado 🪖

Nas palavras do próprio Trump, a América Latina nunca viu tantas tropas reunidas como agora — e elas estão todas com as miras voltadas para a Venezuela. No desdobramento mais recente da crise entre venezuelanos e americanos, o alvo principal é o petróleo e, na edição de hoje, você entende como isso pode te impactar diretamente.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 EUA cercam a Venezuela e colocam a mira nos navios de petróleo;

🟡 Mais uma vez, o STF veta o marco temporal das terras indígenas;

🔴 A Casa Branca está criando uma “Força Tech”;

🔵 Empresas ainda não receberam o retorno de seus investimentos em IA;

🟣 A Alemanha pediu o “divórcio econômico” da China.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

As únicas pessoas que consideramos normais são aquelas que não conhecemos muito bem - Sigmund Freud

EUA cercam a Venezuela e colocam a mira nos navios de petróleo

| Mundo

(Department of War)

Enquanto você estava no seu quinto sono, a crise entre EUA e Venezuela entrava em um de seus episódios mais tensos — e uma declaração de Donald Trump ajuda a entender a gravidade disso. 👇

“A Venezuela está completamente cercada pela maior armada já reunida na história da América do Sul.”

Foi com essas palavras que o presidente americano anunciou ao mundo que está impondo um bloqueio aéreo e naval ao país latino, até que o presidente Nicolás Maduro deixe o poder.

(g1)

🪖 Não para por aí… Outra parte da jogada da Casa Branca bloqueou todos os navios petroleiros venezuelanos que estejam sob sanção americana — impedindo que entrem ou saiam da Venezuela.

Na visão de grande parte dos analistas, é justamente o petróleo que faz o país comandado por Maduro ter tanta relevância no cenário global.

Não é “ouro negro” por acaso 🛢️…

A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do planeta, com cerca de 303 bilhões de barris. Mesmo assim, a produção é baixa por conta de dificuldades na extração e no refino.

⛽ Ou seja… Qualquer mudança política no país pode mexer com o mapa energético do continente. Uma guerra, então, impactaria o preço do óleo no mundo todo, abalando mercados e cadeias de abastecimento.

Enquanto a Venezuela diz que os EUA praticam “pirataria”, a Casa Branca classifica o governo venezuelano como uma “organização terrorista” que usa o petróleo para financiar o narcotráfico.

🔥 A coisa está virando global… Há anos, Maduro é apoiado por Rússia, China, Cuba e Irã. Não por acaso, Vladimir Putin disse que as tensões na Venezuela podem ter “consequências imprevisíveis” para o Ocidente.

Mais uma vez, o STF veta o marco temporal das terras indígenas

| Brasil

(Sérgio Lima)

✍️ Uma pauta repetida no plenário: O STF acabou de formar maioria para declarar que o chamado marco temporal para a demarcação de terras indígenas é inconstitucional.

Os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Dias Toffoli foram os responsáveis por garantir o placar de 6 a 0.

🤔 “Que tal marco é esse?”: A tesa define que a demarcação só pode acontecer caso seja comprovado que os indígenas já ocupavam a região em 1988 — quando a Constituição foi promulgada.

  • Na prática, os povos que não conseguissem comprovar que estavam lá antes dessa data poderiam ser expulsos das terras.

👨‍⚖️ Um vai e vem de decisões: Em 2023, o STF já havia decidido que essa tese era inconstitucional, mas, mesmo assim, o Congresso aprovou uma lei insistindo no marco temporal.

Ela foi aprovada, mas acabou vetada pelo presidente Lula. Pensa que acabou? Não. Isso porque os parlamentares derrubaram o veto — e é isso que o Supremo decidiu anular de vez agora.

💬 A opinião dos ministros: Na visão da maioria do STF, os povos indígenas têm direitos originários sobre as terras que ocupam, ou seja, esses direitos já existiam antes mesmo do Estado brasileiro.

🔄 O outro lado: Já quem defende o marco temporal diz que validar a tese é necessário para dar segurança jurídica aos produtores rurais e a quem quer adquirir um imóvel no campo.

Mesmo com tudo isso que te contamos, a disputa política continua, e o assunto pode acabar parando, mais uma vez, na mesa dos ministros do Supremo…

Neste ano, o Senado aprovou uma PEC — que não precisa de sanção presidencial — para validar o marco temporal. Essa proposta ainda precisa passar pela Câmara e, se for aprovada, deve chegar ao STF.

A Casa Branca está criando uma “Força Tech”

| Tecnologia

(Gerado por IA)

Foi-se o tempo em que a maior potência do mundo se preocupava apenas com as Forças Armadas para garantir a proteção do país.

🫵 O Tio Sam voltou a fazer convocação: O governo dos EUA fechou uma parceria com as 28 principais empresas de tecnologia do país para criar uma espécie de “força-tarefa tecnológica”.

🦾 Qual é o plano? Cerca de mil especialistas vão ser contratados para um programa de dois anos. Não é necessário ter nenhum tipo de experiência prévia, e os salários variam entre US$ 150 mil e US$ 200 mil por ano.

Eles vão atuar em projetos tecnológicos dentro das agências federais, incluindo iniciativas sigilosas que envolvem aperfeiçoar sistemas, incorporar IA ao governo e modernizar o setor privado.

Depois desses dois anos de serviço, os participantes vão ter as portas abertas para buscar emprego nas 28 empresas parceiras da Casa Branca — como Meta, Microsoft, Nvidia, Apple e OpenAI.

👀 O que está por trás disso? O movimento só reforça que os EUA estão correndo atrás da China para tentar manter o posto de líder em IA no mundo — desta vez, apostando em parcerias público-privadas.

Nas entrelinhas, o que preocupa o Tio Sam é que, na China, as companhias que desenvolvem os sistemas de IA mais avançados estão debaixo do guarda-chuva do governo.

Foi aqui que pediram um tour pelas outras principais manchetes do dia?

🔄🇧🇷 União Brasil deve indicar próximo nome: Lula anuncia saída de Celso Sabino do Turismo

“Cadê todo aquele dinheiro que prometeram que ia voltar pra gente?”

| Negócios

(Thomas Lechleiter)

Essa é a pergunta que muitas das maiores empresas do planeta estão se fazendo enquanto esperam a tão aguardada “revolução da inteligência artificial” acontecer de vez.

🗯️ Qual é a reclamação? Pesquisas com executivos mostram que apenas uma parcela muito pequena deles — entre 5% e 15% — observou melhorias nos resultados após os investimentos em IA.

  • Há três anos, as empresas desses mesmos executivos ficaram fascinadas com a nova tecnologia que surgia.

A promessa era de uma revolução, com robôs que escrevem, analisam dados, atendem clientes e resolvem problemas complexos quase como humanos.

⏳ A poeira baixou… A realidade, no entanto, está mostrando que essa tal revolução é mais lenta — e mais complicada — do que se imaginava.

  • Uma das principais reclamações é que a IA é “puxa-saco” demais, tendendo a sempre agradar o usuário, mesmo quando isso atrapalha a qualidade da resposta.

Além disso, ela nem sempre é consistente, podendo acertar uma resposta agora e errar a mesma pergunta depois. Por isso, companhias perceberam que os clientes preferem interagir com pessoas reais.

Em setores críticos para diferentes áreas da economia, como transporte ou finanças, isso se torna um grande problema.

🤖 E o que está sendo feito? Empresas como OpenAI e Anthropic estão mudando de estratégia. Em vez de apenas “vender a tecnologia”, elas agora querem trabalhar lado a lado com o mercado corporativo.

A Alemanha pediu o “divórcio econômico” da China

| Economia

(Politico)

💔 O amor acabou… Por décadas, alemães e chineses foram considerados os “parceiros feitos um para o outro” no comércio global.

Por muito tempo, a Alemanha fornecia máquinas de ponta, e a China fabricava tudo o que o resto do mundo comprava. Os dois lados saíam ganhando.

  • 👨‍⚖️ Mas agora Berlim quer o divórcio: O governo alemão percebeu que ficar nas mãos de uma única potência, tanto para materiais críticos quanto como principal mercado, é um grande risco.

O que pesa é o fato de a China não ser apenas mais uma grande compradora de máquinas alemãs. O país asiático aprendeu a fabricar esses equipamentos por conta própria — e de forma mais barata e rápida.

Em setores nos quais a Alemanha sempre foi líder, como máquinas industriais, automóveis e produtos químicos, muitas empresas chinesas já passaram à frente.

(The Wall Street Journal)

🇩🇪🇨🇳 E como seria a separação? Empresários e políticos alemães querem reduzir a dependência econômica da China — não cortar as relações de vez, mas diminuir a exposição em setores estratégicos.

As medidas em discussão incluem aumentar tarifas contra produtos chineses, abrir investigações por concorrência desleal e aprovar leis que priorizem empresas europeias em contratos públicos.

📸 The big picture: A disputa mostra como a economia global está cada vez mais se dividindo em blocos — principalmente entre EUA, China e seus aliados — e se afastando da lógica do livre comércio absoluto.

Já tá conseguindo sentir o cheiro de celular novo por aí? 🤳

| Natal do Espresso

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