Edição 379 - 25/11/2025

Aonde o “proibido fumar” foi parar? 🚭

Você pode até não perceber, mas tudo indica que a cultura pop não consegue se livrar do tabagismo. Mesmo com anos de avanços nas campanhas de conscientização, a Geração Z está começando a achar que fumar é algo “descolado”.

Na edição de hoje, você vai entender como os cigarros voltaram com tudo na mídia, sendo cada vez mais mencionados e usados por celebridades, influencers, cantores e, principalmente, personagens de filmes.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Encurralado, Maduro decide ir atrás de seus amigos mais poderosos;

🟡 Depois de fazer pente-fino, governo sanciona reforma do setor elétrico;

🔴 IA faz os EUA lançarem o maior programa científico desde o Programa Apollo;

🔵 Parece que a cultura pop quer fazer o cigarro voltar a ser cool;

🟣 Já tem muito investidor caçando a “próxima Argentina” na América Latina.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Não é o que você faz, mas quanto amor você dedica no que faz que realmente importa - Madre Teresa de Calcutá

Encurralado, Maduro decide ir atrás de seus amigos mais poderosos

| Mundo

👋 Batendo na porta dos aliados: Diante das tensões militares e da escalada diplomática com os EUA, Nicolás Maduro tem buscado estreitar seus laços com a China e a Rússia.

O presidente da Venezuela disse que sua relação com os chineses é de “confiança profunda, ampla e estável”, e que vê esse momento como uma oportunidade de cooperar em energia, ciência e tecnologia. 🇨🇳

Já sobre o Kremlin, Maduro citou uma carta que recebeu de Putin e garantiu que os países trabalham para criar uma comissão bilateral que vai tratar de energia, finanças, defesa, educação e ciências. 🇷🇺

• ⏰ O timing da aproximação: Os EUA classificaram o Cartel de Los Soles como grupo terrorista e apontaram Maduro como líder da facção.

Além disso, há meses os americanos vêm enviando navios de guerra e milhares de soldados para o Caribe, perto da costa venezuelana, numa ofensiva batizada de “Operação Lança do Sul”.

🤝 Muy amigos: A ideia de Maduro é afirmar que a Venezuela está sendo pressionada pelos “valores ocidentais e imperialistas dos EUA”, conquistando, assim, a simpatia de governos não tão próximos da Casa Branca.

O presidente venezuelano chegou até a enviar cartas secretas pedindo mísseis, radares e melhorias em aeronaves para a Rússia, além de sistemas de detecção e cooperação militar para a China.

🔮 O que vai acontecer? Embora China e Rússia gostem de desafiar a hegemonia americana, as duas potências também são pragmáticas — e dificilmente vão “jogar dinheiro fora” oferecendo tanto apoio à Venezuela.

Depois de fazer pente-fino, governo sanciona reforma do setor elétrico

| Brasil

O governo Lula sancionou hoje o projeto que reformula todo o setor elétrico do nosso país — e fez isso com uma tesoura bem afiada.

• ✂️ Corta aqui, corta acolá: Foram mais de 20 vetos ao texto, principalmente em pontos que poderiam encarecer a conta de luz e gerar discussões jurídicas.

Entre os trechos cortados estão mudanças no cálculo do preço do petróleo, ampliação de compensações para usinas solares e eólicas e prazos para licenciar hidrelétricas. Leia sobre todos eles aqui.

Para se ter uma ideia da dimensão do impacto, apenas o trecho vetado referente ao curtailment — mecanismo que prevê ressarcimento pela energia que deixou de ser gerada por fatores externos — poderia gerar um custo adicional de R$ 6 bilhões aos consumidores.

💡 Então, o que vai mudar? A ideia da reforma é modernizar o setor elétrico, tornando o sistema mais eficiente, barato e preparado para novas tecnologias — como baterias, energia solar e eólica.

Uma das principais mudanças é abrir caminho para que todos os consumidores possam escolher de quem comprar energia a partir de 2028, no que é chamado de “abertura do mercado livre”.

🔋 Tá liberado guardar: A lei ainda cria regras para o uso de baterias gigantes para armazenar energia, o que é essencial para os momentos em que o sol não brilha e o vento não sopra.

IA faz os EUA lançarem o maior programa científico desde o Programa Apollo

| Tecnologia

🤖 “Missão Gênesis”: Esse é o nome do superprograma lançado pelo governo dos EUA para tentar consolidar o país na liderança das inovações com inteligência artificial.

A ideia é remover barreiras burocráticas, liberar verba para pesquisa e criar uma espécie de “zona livre” para que empresas e cientistas possam desenvolver a tecnologia sem tantas amarras.

• 🇺🇸 Why it matters: Essa é a maior força-tarefa científica da qual a Casa Branca participa desde o Programa Apollo, que levou o homem à Lua.

Com a Missão Gênesis, três setores que normalmente atuam separados vão passar a caminhar juntos: os departamentos do governo, as universidades e as grandes empresas privadas.

Isso vai permitir o compartilhamento de informações e a abertura de enormes bancos de dados científicos para que pesquisadores treinem os modelos de IA mais avançados que existem na Terra do Tio Sam.

👁️👁️ Para onde eles estão olhando: No fim da linha, esse movimento pode, por exemplo, ajudar a criar novos remédios mais rápido, melhorar o uso de energia no país ou desenvolver materiais mais resistentes para as construções.

Indo além da manchete 🗞️

Em vez de corrida espacial e armamentista, agora EUA e China travam uma “Guerra Fria 2.0” quando o assunto é inteligência artificial.

🦾 A relevância: Essa nova disputa é tão grande porque quem dominar a IA pode ganhar vantagem econômica, militar e até influência política sobre todos os outros países.

Hora do nosso tour por outras manchetes relevantes do dia

👨‍⚖️🇧🇷 STF concluiu o processo: Bolsonaro começa a cumprir pena de 27 anos e 3 meses de prisão na Superintendência da PF

🇺🇸🇨🇳 Conversaram sobre Taiwan por telefone: Trump aceita convite de Xi Jinping e vai visitar a China em 2026

⚠️⛈️ Alerta vermelho: Litorais de SP, SC, PR e RJ recebem aviso de grande perigo para tempestade e vendaval

🚔🇫🇷 Mais de um mês depois… Mais quatro suspeitos são presos por participação em roubo no Louvre

📉🛒 Abaixo das expectativas: Confiança do consumidor cai ao menor nível em sete meses nos EUA

🧯👨‍🚒 Incêndio na Esplanada: Explosão deixa feridos no Ministério da Igualdade Racial

🗓️🔜 Indicado ao Supremo: Sabatina de Jorge Messias é marcada para o dia 10 de dezembro

💎🙏 Transformando memória em eternidade: Cinzas de Preta Gil viraram diamantes em processo de 60 horas

Parece que a cultura pop quer fazer o cigarro voltar a ser cool

| Comportamento

🤳 O vício na era das trends: Depois de anos sendo tratado como algo ultrapassado e perigoso, o cigarro voltou a aparecer com força na cultura pop.

Celebridades estão fumando em público, cantoras citam cigarro nas músicas, fotos e vídeos de gente fumando viralizam nas redes e o cigarro está cada vez mais presente nas telonas.

🎥 Do cringe ao cool: Caso você não tenha percebido, um relatório mostrou que metade dos filmes lançados no último ano contou com personagens fumando — um salto enorme em relação aos 10% do ano anterior.

• Esse “renascimento” acontece em um momento curioso, com grande parte dos países registrando as suas menores taxas de tabagismo dos últimos 80 anos.

🤔 Eis que surge um paradoxo: Ou seja, mesmo que nunca se tenha fumado tão pouco no mundo, parte da Geração Z colocou no cigarro um ar “vintage”, vendo o ato de fumar como uma “estética descolada”.

O Centro de Controle de Doenças dos EUA constatou que, toda vez que o cigarro aparece muito em filmes, séries e redes sociais, os jovens tendem a imitar.

• Muitos deles contam que começaram a fumar como algo ocasional nas festas até virar rotina.

Curiosamente, até as grandes fabricantes dizem que não querem que seus produtos apareçam em filmes e que enviam cartas pedindo a remoção de cenas.

🚭 É óbvio que é preocupante… Especialistas em saúde pública temem que esse movimento possa reverter décadas de avanço das campanhas de conscientização.

Já tem muito investidor caçando a “próxima Argentina” na América Latina

| Economia

👀 Eleições à vista: Se só esse chamado já chama a atenção, imagine então quando há potencial de ganhar muito dinheiro com o resultado das urnas.

É assim que grande parte dos investidores internacionais está se sentindo com a proximidade de eleições em três das maiores economias da América Latina nos próximos 12 meses: Chile, Colômbia e Brasil.

• 🗳️ Qual é a expectativa? A lógica é que, quando governos mais alinhados à política econômica dos EUA e com uma postura pró-mercado são eleitos, alguns ativos desses países costumam se valorizar.

Foi o que aconteceu com o mercado de ações argentino, por exemplo, levando investidores especializados em mercados emergentes a verem o país como um “estudo de caso”.

Esses players também olham com carinho para El Salvador e Equador, que já têm governos próximos dos EUA e onde os títulos renderam mais do que em outros mercados emergentes desde a eleição de Trump.

Fatores como o preço das commodities, negociações com o FMI e reestruturações de dívida também pesam bastante na geopolítica econômica da região.