Edição 370 - 12/11/2025

Em nome do Pai, do Filho e da IA 🤖

Igrejas ao redor do mundo levaram a sério demais a ideia de “se modernizar” e passaram a incorporar a inteligência artificial nas missas, cultos e encontros em geral.

Na edição de hoje, você entende como, por trás disso, está a tentativa de mobilizar mais fiéis com sermões personalizados num momento em que cada vez mais pessoas estão deixando os templos.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Congresso dos EUA divulga e-mails que citam Trump no caso Jeffrey Epstein;

🟡 O projeto de lei para combater facções segue em um intenso vai e vem;

🔴 A inteligência artificial chegou ao altar das igrejas;

🔵 As suas séries preferidas ganharam vida e querem que você esqueça o sofá;

🟣 Os investidores estão confiando mais nas empresas do que nos países.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Não é sobre ter as melhores oportunidades. É sobre lidar com as oportunidades de maneira certa - Mark Hunter

Congresso dos EUA divulga e-mails que citam Trump no caso Jeffrey Epstein

| Mundo

🗞️ Dando o que falar: Um conjunto de e-mails divulgado por democratas do Congresso americano reacendeu a polêmica ligação entre Jeffrey Epstein, o milionário acusado de tráfico sexual de menores, e Donald Trump.

• Segundo os documentos, Epstein, que foi preso por abusar e explorar meninas e morreu na cadeia em 2019, escreveu em mensagens privadas que Trump “sabia das meninas”.

Em uma dessas conversas, o magnata chega até a discutir como Trump poderia responder se fosse questionado sobre sua relação com o milionário durante um debate político em 2015.

🗣️ A resposta do presidente: Trump nega qualquer envolvimento com Epstein e afirma que rompeu com ele “há décadas”, dizendo que chegou a expulsá-lo de seu clube na Flórida por assediar funcionárias.

Já a Casa Branca reagiu às novas revelações, dizendo que os democratas estão tentando difamar o presidente ao divulgar e-mails “fora de contexto”.

👁️👁️ O X da questão: A confirmação de uma ligação entre Epstein e Trump pode gerar uma crise política sem precedentes para o atual presidente americano — inclusive com aliados deixando de apoiá-lo.

O projeto de lei para combater facções segue em um intenso vai e vem

| Brasil

✍️ Cada hora uma versão nova… Já faz alguns dias que o projeto de lei que pretende endurecer o combate ao crime organizado vem tendo suas votações adiadas na Câmara.

• O principal impasse nessa história é o papel da Polícia Federal nas ações contra facções criminosas e milícias.

🚔 Onde tudo começou: O relator do projeto, Guilherme Derrite — secretário de Segurança Pública de SP licenciado — apresentou um texto que limitava a atuação da PF, dando mais poder às polícias estaduais.

A proposta gerou revolta no governo e dentro da própria PF. Para se ter ideia, o diretor da corporação chegou a afirmar que a mudança poderia atrapalhar investigações.

🔄 Aí voltou… Após a pressão, Derrite recuou e apresentou uma nova versão do projeto, mantendo as funções da PF e retirando a ideia de equiparar facções criminosas a grupos terroristas.

Agora, o projeto — batizado de Marco Legal do Combate ao Crime Organizado — foca apenas em medidas mais duras contra facções, como:

• 20 a 40 anos de prisão e sem liberdade condicional; cumprimento de 85% da pena antes da progressão; bloqueio e confisco de bens; inelegibilidade e intervenção do Estado em empresas ligadas ao crime.

Mesmo com as mudanças, alguns trechos ainda não têm consenso — como os que retiram da União o poder sobre o destino dos bens apreendidos e criam uma “ação civil autônoma” para confiscar bens.

🔜 O que acontece agora? Os líderes da Câmara dizem que o texto ainda está em negociação, mas, mesmo assim, uma votação está prevista para hoje.

Riqueza de vozes e atores pode acelerar ação climática

| Boletim da COP 30 com a Beon

Os nossos olhos e ouvidos na COP 30, Danilo Maeda, diretor-geral da Beon, reforça que a conferência deste ano está se destacando por ter uma cara mais “popular” e diversa.

🌳 Da floresta ao plenário: Agora, povos indígenas, comunidades tradicionais e movimentos sociais também estão tendo voz nas discussões sobre o futuro do planeta.

• Além da mobilização social, a ciência também está mais presente.

Pesquisadores, liderados por nomes como Johan Rockström e Carlos Nobre, apresentaram propostas baseadas em dados para ajudar os países a tomarem decisões mais realistas sobre o meio ambiente.

💪 Partindo para a ação: Outro destaque foi o envolvimento do setor privado, que começa a se posicionar como parte das soluções, e não só como observador.

A inteligência artificial chegou ao altar das igrejas

| Tecnologia

Deus trabalha de formas misteriosas — inclusive por meio da inteligência artificial. Pelo menos é isso que cada vez mais instituições religiosas parecem acreditar.

🤖 A pregação agora vem com código-fonte: Igrejas estão recorrendo à tecnologia generativa para alcançar mais fiéis e personalizar sermões num momento em que cada vez mais pessoas estão deixando os templos.

• Pastores, padres e outros líderes religiosos estão usando IA para criar assistentes virtuais que simulam conversas com figuras bíblicas como Jesus, Maria, José e até mesmo Satanás.

🦻 Confesse seus pecados... para um chatbot: Em alguns casos, a tecnologia também é usada para criar orações personalizadas, dar conselhos espirituais e auxiliar nas confissões.

Acontece que esse movimento não surgiu por acaso, mas de uma necessidade prática — afinal, as igrejas contam com cada vez menos fiéis e menos funcionários.

• Para se ter ideia, só neste ano cerca de 15 mil igrejas podem fechar as portas nos EUA.

🦾 Ou seja… Usar inteligência artificial virou uma forma de atender mais gente, economizar tempo e ampliar o alcance da palavra.

Os defensores dessa prática acreditam que a IA pode modernizar a fé e aproximar as pessoas da religião — inclusive com apps que prometem conversas com Deus por meio da tecnologia.

⚠️ Mas nem tudo é bênção: Especialistas levantam alertas éticos e religiosos, questionando principalmente quem realmente está guiando os fiéis — Deus, os pastores e padres ou o algoritmo?

Além disso, há riscos de erros e das famosas “alucinações” das IAs, já que não dá para saber ao certo de onde vêm os textos usados pelos aplicativos.

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As suas séries preferidas ganharam vida e querem que você esqueça o sofá

| Negócios

📺 Um streaming fora do ar: Depois de fazer alguns test drives com restaurantes e outras mini experiências imersivas, a Netflix está prestes a inaugurar seu próprio parque temático.

Com cerca de 10 mil metros quadrados cada, as unidades da Netflix House vão contar com lojas, restaurantes, brinquedos e experiências ligadas às principais franquias de filmes e séries da plataforma.

• A ideia é proporcionar visitas ao Scoops Ahoy, sorveteria da série Stranger Things, ou tomar um chá com Lady Whistledown, a rainha da fofoca de Bridgerton.

🐀 Pode ficar tranquilo, Mickey: Se você acha que esse é um movimento para bater de frente com gigantes dos parques como Disney e Universal, saiba que a história não é bem essa.

Embora pense, sim, em expandir os parques temáticos, a ideia da Netflix não é transformar esse business em uma nova frente de negócios da companhia.

🤔 Então, o que está por trás disso? A migração do espaço digital para o físico tem a intenção de reforçar a conexão entre clientes e conteúdo — desenvolvendo a comunidade de fãs.

🫰 Mas claro que pode render também… O mercado de parques de diversões está em constante alta no mundo todo, crescendo cerca de 10% ao ano e já movimentando mais de US$ 65 bilhões.

Os investidores estão confiando mais nas empresas do que nos países

| Economia

🤝 Como manda o figurino… É tradição no mercado que os investidores acreditem que emprestar dinheiro para governos é mais seguro do que emprestar para empresas.

• Afinal de contas, teoricamente é mais provável que uma empresa quebre do que um país inteiro — sem falar na possibilidade de aumentar a cobrança de impostos ou até imprimir mais dinheiro.

💼 Agora a melhor opção tem CNPJ e escritórios: Mas o jogo mudou, e os investidores estão começando a achar que algumas empresas são — bem — mais confiáveis que muitos governos.

Como resultado, fundos de investimento estão aceitando juros menores ao comprar os títulos — ou as “dívidas” — dessas companhias.

🧠 Mas qual é a lógica disso? Mesmo depois da pandemia, muitos governos continuaram gastando mais do que arrecadam, acumulando, assim, dívidas gigantescas.

Nos EUA, por exemplo, o déficit deve continuar acima de 6% por vários anos. Na França e na Alemanha, a situação também caminha na mesma direção.

📈 Já do lado das empresas… Ao mesmo tempo, grandes companhias fizeram o oposto — cortaram custos, reduziram dívidas e se tornaram mais saudáveis financeiramente.

💰 Bottom-line: Esse fenômeno mostra uma mudança de confiança no sistema global. Enquanto governos se endividam sem conseguir cortar gastos, as empresas estão sendo mais responsáveis.