Edição 362 - 31/10/2025

A notícia agora vem no modo selfie 🤳

Daqui a pouco, William Bonner vai se despedir do Jornal Nacional depois de 29 anos no comando do telejornal. Acontece que, nos últimos tempos, cada vez mais gente está dando “boa noite” para um criador de conteúdo na internet — e não para um jornalista de terno.

Na edição de hoje, te contamos como os influenciadores digitais conquistaram a confiança de uma parcela significativa da população quando o assunto é informação.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 A nova fonte de energia queridinha dos americanos vem das profundezas da Terra;

🟡 Desmatamento na Amazônia cai ao menor nível em mais de uma década;

🔴 Muita gente está dizendo que os criadores de conteúdo estão tomando o lugar dos jornalistas profissionais;

🔵 Está com ansiedade? Então assista a um filme de terror;

🟣 O nosso país segue com um número cada vez maior de carteiras de trabalho assinadas.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Quem sonha de dia tem consciência de muitas coisas que escapam a quem sonha só de noite - Edgar Allan Poe

A nova fonte de energia queridinha dos americanos vem das profundezas da Terra

| Mundo

Faz décadas que os EUA estão literalmente caminhando sobre um imenso tesouro energético enterrado sob seus pés.

🤔 Do que estamos falando? Da energia geotérmica — o calor natural que vem do interior da Terra —, a única fonte renovável que se tornou consenso no país até mesmo entre lados opostos do espectro político.

• Por muito tempo, essa ideia pareceu boa demais para ser verdade.

Isso porque, até pouco tempo atrás, só era possível gerar esse tipo de eletricidade em lugares com reservatórios naturais de água quente — sem falar nos altos custos de perfuração.

👷‍♂️ Mas isso mudou: Agora, com tecnologias inspiradas no chamado “fraturamento hidráulico” — a mesma técnica usada para extrair gás natural —, perfurações muito mais profundas estão acontecendo.

🔋 O resultado: A energia geotérmica está ficando mais barata e eficiente nos EUA e, consequentemente, chamando a atenção do mundo todo. Nos próximos anos, o custo pode ser até menor que o do gás natural.

📈 Bottom-line: A “energia do futuro” já virou realidade — e alguns projetos americanos prometem abastecer data centers de IA e cidades inteiras com energia geotérmica.

Desmatamento na Amazônia cai ao menor nível em mais de uma década

| Brasil

🌳 Menos motosserra, mais esperança: Entre agosto de 2024 e julho deste ano, a taxa de desmatamento na Amazônia atingiu o menor patamar em 11 anos.

• O desmatamento no bioma foi de 5.796 km², o que representa uma queda de 11%.

A redução ocorreu mesmo após um ano de incêndios florestais recordes e uma das piores secas da história.

🤚 Muita calma na hora de comemorar: Mesmo com o dado positivo, a área de floresta que perdeu vegetação equivale a 4x o tamanho da cidade de São Paulo.

Embora a destruição tenha, de fato, diminuído, a degradação do bioma continuou em larga escala.

🤔 O que isso significa? A floresta está ficando mais fraca, rala e doente por causa das queimadas e da extração seletiva de madeira — mas sem ser totalmente derrubada.

Para se ter ideia, esse índice subiu de 7% em 2022 para 38% agora.

♻️ Por que isso importa? Essas áreas não são apenas “verdes no mapa” — elas regulam o clima, armazenam carbono e mantêm rios e aquíferos funcionando.

Muita gente está dizendo que os criadores de conteúdo estão tomando o lugar dos jornalistas profissionais

| Tecnologia

🤳 O seu feed é o seu jornal: Se antes os principais portadores das notícias estavam sempre de terno e gravata, agora eles gravam vídeos no modo selfie.

Isso porque os criadores de conteúdo e influenciadores já se tornaram a nova fonte de informação ao redor do mundo, ganhando mais atenção do público do que os jornais e TVs tradicionais.

• 🗞️ Vamos aos números: Um estudo mostrou que quase metade das pessoas com menos de 35 anos se informa por meio de criadores de conteúdo, enquanto 41% ainda confiam na mídia tradicional.

No Brasil, essa diferença é ainda maior: 33% acompanham as notícias por criadores, contra 30% que se informam por veículos jornalísticos.

• 🧠 O motivo é simples: As pessoas passam cada vez mais tempo nas redes sociais — o ambiente onde esses criadores estão.

Nessas plataformas, eles falam de tudo: política, economia e cultura. A grande diferença é que explicam assuntos complexos de forma mais direta e pessoal.

Esse movimento mostra que as pessoas não confiam mais em marcas jornalísticas específicas, mas, sim, em pessoas com quem se identificam, gostam do estilo e compartilham a mesma visão de mundo.

⚠️ É aí que mora o perigo: Diante desse cenário, as audiências acabam se dividindo em bolhas ideológicas muito bem definidas — reforçando a polarização e criando realidades paralelas.

✍️ A conclusão do estudo: Essa mistura entre jornalismo e influência digital cria uma nova forma de poder, em que a autoridade não está mais nas instituições, mas nos indivíduos que conquistam atenção e confiança.

Um tour pelas manchetes para você chegar no fim de semana sabendo de tudo

🏨🛎️ Um ícone brasileiro: Copacabana Palace é eleito o melhor hotel da América do Sul pelo ranking 50 Best

🪖👀 Facção libanesa: Hezbollah está se rearmando e colocando o cessar-fogo em risco

🇺🇸🇻🇪 Diante de tensão no Caribe: Trump diz que não considera ataques na Venezuela depois de jornal noticiar possível ofensiva

📃✍️ Convocou ministros: Governo Lula acelera entrega de projeto “antifacção” ao Congresso

📺📈 Tropa de Elite: Busca pelo filme cresce 488% após megaoperação no Rio

👨‍💻📉 Google X Disney: Falta de acordo faz YouTube TV perder vinte canais

Está com ansiedade? Então assista a um filme de terror 👍

| Saúde

👻 A terapia do susto: Por mais estranho que isso possa parecer, cada vez mais estudos mostram que consumir conteúdo de terror pode fazer muito bem para a saúde mental.

• Em linhas gerais, a tese é de que o medo, quando experimentado de forma segura e controlada, ajuda o cérebro a lidar melhor com o estresse e a incerteza da vida real.

💪🧠 É como uma “academia para a mente”: Pesquisadores explicam que, ao sentirmos medo em um ambiente seguro, o cérebro pratica como reagir ao perigo — sem correr nenhum risco por isso.

E com o cérebro mais preparado para lidar com o inesperado graças às histórias de terror, a ansiedade pode ser reduzida no longo prazo.

🎥 Ao mesmo tempo… Nos últimos meses, o gênero de terror vem batendo recordes de bilheteria, com cada vez mais lançamentos e uma atenção maior de Hollywood.

À medida que a vida real se torna cada vez mais imprevisível e perigosa, a demanda por terror não mostra sinais de diminuir.

👁️👁️ Está indo longe demais? Algumas clínicas europeias estão testando videogames e filmes de terror como forma de tratar a ansiedade em crianças.

O nosso país segue com um número cada vez maior de carteiras de trabalho assinadas

| Economia

No trimestre que terminou em setembro, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,6%.

📈 A setinha continua pra cima: Esse número repete o menor nível da história do país, registrado justamente nos meses anteriores.

Destrinchando os números, a taxa mostra que cerca de 6 milhões de brasileiros estão sem emprego — o menor número desde que o IBGE começou a medir esse dado, em 2012.

• Como referência, há um ano esse número era de mais de 8,5 milhões de pessoas desempregadas no país.

💼 A relevância: Os números mostram que o mercado de trabalho segue forte, com mais vagas formais e salários melhores, o que impulsiona a economia.

• Essa melhora é puxada principalmente pelo setor de serviços e pela criação de vagas com carteira assinada.

Hoje, são mais de 102 milhões de pessoas ocupadas, um recorde histórico. Além disso, outro dado que confirma o aquecimento é o rendimento mensal médio — que subiu 4% em um ano, chegando a R$ 3.507.

👁️👁️ Olhando para o todo: Menos desemprego significa mais consumo e mais dinheiro girando na economia.

Para o mercado, esse cenário reforça a pressão sobre a inflação, já que renda maior costuma vir acompanhada de preços mais altos.

🏦 Ou seja… O Banco Central mantém os juros no maior patamar em quase duas décadas, com a Selic em 15% ao ano, para segurar a escalada de preços.