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Edição 324 - 09/09/2025

O dinheiro venceu na vida real
Se “drama familiar” fosse esporte olímpico, os Murdoch já teriam medalha de ouro garantida. Depois de anos de brigas particulares e públicas que fariam inveja ao próprio Logan Roy, a novela de quem vai herdar o trono de um dos maiores impérios de mídia do planeta chegou ao fim.
Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:
🟠 A Geração Z derrubou o governo do Nepal;
🟡 Ter um diploma pode valer ouro no nosso país;
🔴 A revolução da IA tem um preço — e ele está sendo decidido nos tribunais;
🔵 O controle de um dos maiores impérios de mídia do mundo está definido;
🟣 Aos poucos, os americanos estão perdendo a fé no capitalismo.
🥠 Seu biscoitinho da sorte
Nada na vida deve ser temido, somente compreendido. Agora é hora de compreender mais para temer menos - Marie Curie
A Geração Z derrubou o governo do Nepal
| Mundo

(The New York Times)
🤳 Das redes às ruas: Depois de tentar banir as redes sociais no país, o primeiro-ministro do Nepal não resistiu à pressão de uma onda de protestos e renunciou ao cargo.
Tudo começou quando o governo decidiu bloquear 26 redes sociais, incluindo Facebook, Instagram e WhatsApp.
✍️ Nas entrelinhas… A justificativa oficial era que as plataformas não tinham se registrado no país, mas muita gente viu isso como uma tentativa de calar críticas contra os políticos.
O bloqueio foi a faísca que faltava para uma crise incendiar por lá. Há tempos, a população nepalense está cansada da corrupção, da desigualdade e da falta de empregos.
📲 #NepoKids e #NepoBabies: Essas hashtags se tornaram símbolos dos protestos, usadas para denunciar os filhos de políticos exibindo vidas de luxo no exterior.
🪧 Gen Z na linha de frente: Mesmo com jovens liderando os protestos, a repressão foi violenta. A polícia usou gás lacrimogêneo, canhões de água, balas de borracha e até munição real contra os manifestantes.
Até o momento, pelo menos 19 pessoas morreram e quase 200 ficaram feridas.
⚠️ Fugiu do controle? Hoje, durante a tarde, os manifestantes incendiaram a casa de um ex-primeiro-ministro do país com a sua esposa dentro — que acabou falecendo.
A crise por lá está tão grande que, além da renúncia do premiê, o governo voltou atrás e liberou as redes sociais.
Ter um diploma pode valer ouro no nosso país
| Brasil

(USP São Carlos)
🌎 Nos comparando com gigantes: A OCDE, que reúne os países mais ricos e desenvolvidos do mundo, publicou um relatório sobre a situação da educação em diferentes regiões do mundo.
O resultado mostra como o Brasil tem avançado, mas continua para trás em relação às nações desenvolvidas.
💸 Diploma que pesa no salário: Quem faz faculdade no nosso país ganha, em média, 148% a mais do que quem apenas terminou o ensino médio.
Como comparação, nos países da OCDE, essa diferença é de 54% — mostrando que aqui a desigualdade também se reflete na educação.
Outros pontos do raio-X do ensino brasileiro 🩻:
🧑🎓 Investimento por aluno: O Brasil destina uma parte considerada grande do PIB em educação — 4,3% —, acima da média de 3,6% da OCDE.
Mas como o nosso país tem muitos estudantes, esse valor acaba “diluído”, tornando o investimento por aluno menor: US$ 3.850 ao ano, contra quase US$ 13 mil da média dos países ricos.
📚 Ainda tem chão para o ensino técnico: De 2013 a 2023, o número de alunos em cursos técnicos subiu de 8% para 14%. Parece bom, mas é bem abaixo da média internacional de 44%.
❌ Cada vez mais nem-nem… 1/4 dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos não trabalha nem estuda. Na OCDE, essa média é menor que 15%.
👋 Alto abandono dos cursos: No Brasil, 25% dos universitários largam a faculdade logo no primeiro ano — quase o dobro da média internacional (13%).
Isso nos ajuda a entender por que apenas 24% dos jovens brasileiros têm um diploma do ensino superior, enquanto nos países da OCDE esse número chega a quase 50%.
🫶 Os queridinhos: No exterior, os cursos das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática são os mais populares. No Brasil, as preferências ainda recaem sobre Administração e Direito.
A revolução da IA tem um preço — e ele está sendo decidido nos tribunais
| Tecnologia

(Getty Images)
🤖 Tem chatbot no banco dos réus: Um julgamento na Justiça americana pode mudar para sempre a forma como as empresas de inteligência artificial lidam com qualquer tipo de conteúdo disponível na internet.
No banco dos réus está a Anthropic, acusada de piratear livros de inúmeros autores para treinar o seu modelo de IA — o Claude.
🤿 Aprofundando: Se você acha que os chatbots de IA são muito inteligentes, isso acontece porque eles são treinados com uma enorme quantidade de conteúdo da internet mundial.
Basicamente, é como se os sistemas generativos lessem milhões de livros, assistissem a outros milhões de vídeos e filmes e interpretassem inúmeras obras de arte para entender a linguagem e o raciocínio humano.
🧠 Eis o X da questão: Nem sempre — para não dizer na maioria das vezes — as empresas por trás das IAs pagam por esse conteúdo. E é exatamente isso que está por trás do julgamento da Anthropic.
A empresa teria usado mais de 500 mil livros para treinar o Claude. Acontece que essas obras foram obtidas em sites piratas.
Por meio de uma ação coletiva, os autores desses livros decidiram processar a empresa, que, por sua vez, concordou em pagar US$ 3 mil por livro copiado — num acordo total de US$ 1,5 bilhão.
👨⚖️ Não acaba por aí… Tudo estava encaminhado até que um juiz decidiu anular o acordo, alegando que o valor seria uma “compra de silêncio”. Agora, o processo está sendo revisto.
Olhando para o todo, esse caso tenta estabelecer as regras do jogo entre as IAs e os direitos autorais. O resultado pode abrir precedente para processos parecidos com outras BIG TECHs que desenvolvem chatbots.
Updates do STF e outras manchetes do nosso tour
👨⚖️🇧🇷 As primeiras manifestações saíram hoje… Dino e Moraes votam para condenar Bolsonaro e outros sete réus por tentativa de golpe de Estado
🤳🔜 Será que mudou mesmo? Apple lança iPhone 17 com melhorias em câmeras, desempenho e design
🇮🇱🇶🇦 Catar fala em violação de leis internacionais: Israel bombardeia Doha e diz que alvos eram chefes do Hamas
🤝🇫🇷 Resta saber se ele formará um governo… Macron nomeia Sébastien Lecornu para primeiro-ministro da França
✉️🇺🇸 Casa Branca nega a autoria: Democratas divulgam suposta carta de Trump a Epstein com desenho de mulher nua
👨💻👀 Monitoraram os cliques: Itaú demite funcionários após avaliar produtividade no home office
O controle de um dos maiores impérios de mídia do mundo está definido
| Negócios

(Fortune)
🎶“Essa família é muito unida...”🎶: Depois de anos de batalhas judiciais e rachas familiares, a história que inspirou Succession — uma das séries mais premiadas do mundo — chegou ao fim na vida real.
Os herdeiros de Rupert Murdoch finalmente chegaram a um acordo e concordaram que quem vai tocar os negócios da família depois da morte do patriarca será o filho mais velho, Lachlan Murdoch.
💰 Que negócios são esses? Estamos falando de um dos maiores conglomerados de mídia da história, presente em três continentes e formado pelas empresas dos grupos News Corp. e Fox Corporation.
Com fortuna de mais de US$ 20 bilhões, o império da família Murdoch vai de jornais impressos — como o Wall Street Journal e o NY Post — a estúdios de cinema e televisão — com a Fox e a Fox News.
O plano original do patriarca de 94 anos, Rupert, era que, depois de sua morte, os seus quatro filhos mais velhos teriam o mesmo poder de voto para decidir os rumos dos negócios.
🗯️ Mas, na prática… O que se viu nos últimos anos foi uma longa troca de acusações entre os herdeiros sobre a linha editorial e o futuro das empresas do grupo.
Enquanto Lachlan defende a missão de ser a “voz conservadora no mundo de língua inglesa”, seus irmãos James, Liz e Prue assumiram posições progressistas — chegando a doar para a campanha presidencial de Joe Biden.
🤝 Que fim levou? Depois de perderem na Justiça, os três mais novos aceitaram vender suas participações no conglomerado — recebendo, cada um, cerca de US$ 1,1 bilhão.
Já Lachlan garantiu o controle do grupo até pelo menos 2050. No fim, Rupert vai deixar seu império nas mãos do herdeiro mais velho e com a mesma visão política que a sua. Como diria Logan Roy, money wins.
Aos poucos, os americanos estão perdendo a fé no capitalismo
| Economia

(Ana Kim)
🫰 Já não encanta mais como antes… Uma pesquisa mostrou que o amor que os americanos sempre sentiram pelo capitalismo está, mesmo que aos poucos, esfriando.
Hoje, só 54% das pessoas nos EUA têm uma visão positiva do sistema — o percentual mais baixo da série histórica. Como comparação, em 2021, eram 60%.
🤔 Então qual seria a alternativa? Seja lá qual for, não parece ser o socialismo.
Isso porque apenas 39% dos americanos veem o modelo de esquerda de forma favorável — um número que praticamente não mudou nos últimos anos.
🏠 O que mudou por lá? Especialistas apontam que essa queda na visão favorável do capitalismo tem a ver com a sensação de que o custo de vida subiu muito.
O famoso “American Dream” também está se esvaziando, e grande parte da população já não acredita mais que basta apenas “trabalhar duro” para conseguir arcar com as despesas do dia a dia.
Tudo é uma questão política 🗳️…
A mesma pesquisa mostrou que, no fim das contas, a opinião sobre qual sistema econômico é melhor depende muito de em quem a pessoa vota.
Os republicanos, por exemplo, continuam super a favor do capitalismo — 74% têm visão positiva. Já o socialismo aparece com apenas 14% de aprovação entre os eleitores do partido de Trump.
Entre os democratas é onde a grande mudança acontece. Pela primeira vez na história, menos da metade deles — 42% — avalia o livre mercado de forma favorável.
Por outro lado, a percepção positiva deles sobre o socialismo aumentou bastante, chegando a 66%.
💭 Não é um tudo ou nada: Não é que os EUA estejam rejeitando tudo do sistema atual. Na realidade, eles fazem uma distinção importante.
Afinal, 95% dos americanos apoiam as pequenas empresas e 81% têm uma visão positiva da livre iniciativa. Em contrapartida, menos de 40% enxergam as grandes corporações de forma positiva.
Ei, não precisa fazer da gente um segredo 🤫
| Programa de Indicação

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