Edição 313 - 25/08/2025

O Mickey está de malas prontas

O ratinho mais famoso do planeta está cheio de túnicas, já que, daqui a pouco, deve desembarcar nos Emirados Árabes — e ele não está chegando sozinho. Esqueça as rodovias largas da Flórida, a sua próxima viagem internacional para um parque de diversões pode ter o Oriente Médio como destino.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Mesmo depois de 5 anos, crise imobiliária da China não vê um fim no horizonte;

🟡 Nunca tantos brasileiros moraram de aluguel quanto agora;

🔴 As crianças do Vale do Silício estão indo para escolas personalizadas;

🔵 Oriente Médio está fazendo de tudo para virar a “meca dos parques”;

🟣 A conta da isenção do IR pode acabar respingando na arrecadação do governo.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Podem levar 20 anos para se construir uma reputação, mas somente 5 minutos para arruiná-la. Pense dessa forma e fará as coisas diferentemente - Warren Buffett

Mesmo depois de 5 anos, crise imobiliária da China não vê um fim no horizonte

| Mundo

(IJPIEL)

🧱 Do tijolo ao tropeço: Hoje, enquanto você acordava, a Evergrande — que já foi a maior construtora da China — saiu da bolsa de valores de Hong Kong depois de se afundar em dívidas de mais de US$ 300 bi.

  • A empresa, que já chegou a valer mais de US$ 50 bilhões, virou um símbolo da crise imobiliária chinesa.

🫧 O estouro de uma bolha: Acontece que a Evergrande não quebrou sozinha, e o seu colapso escancarou uma crise muito maior no setor imobiliário da segunda maior economia do mundo.

Tudo começou na pandemia, quando o governo chinês decidiu impor limites para evitar que as construtoras se endividassem ainda mais.

📖 Para ficarmos na mesma página: O sistema da China permite que as incorporadoras vendam casas antes mesmo de concluí-las, usando o valor arrecadado para financiar a construção.

  • Basicamente, era deixando as dívidas para o futuro que o mercado costumava funcionar.

🏠 A relevância: O setor imobiliário corresponde a quase 30% do PIB do país asiático. Além disso, milhões de famílias chinesas investem suas economias em imóveis.

Com a queda da demanda por conta da Covid e com as limitações de empréstimos, as construtoras passaram a atrasar pagamentos e dar calotes.

📉 O resultado: O preço das casas caiu 30%, obras estão paradas, famílias não receberam apartamentos e imobiliárias fecharam ou ficaram endividadas até o pescoço — diminuindo o mercado de trabalho em 27%.

Pequim parece ter mudado de foco: Em vez de apostar no setor imobiliário, o governo da China agora quer colocar dinheiro em tecnologia, como chips, robótica e inteligência artificial.

Ou seja, não há nenhum sinal de fim para a crise que assola a China há pelo menos 5 anos.

🌎 Zoom out: Estamos falando da 2ª maior potência global, com mais de 10% do PIB mundial. Se a economia da China voltar a girar, os países com relações com os chineses se beneficiam — seja nas exportações, no comércio ou no mercado financeiro.

Nunca tantos brasileiros moraram de aluguel quanto agora

| Brasil

(RCO)

💭 O sonho da casa do aluguel próprio: Só nos últimos oito anos, o número de pessoas vivendo nessa condição no Brasil deu um salto de 45%.

Em 2016, eram 35 milhões de inquilinos no país. Hoje, já são 46,5 milhões — mais gente do que a população inteira do estado de São Paulo.

🏠 E a casa própria? Ainda é a realidade da maioria da população — 67,6%. Mas esse número vem caindo, já que, em 2016, era de 73%.

O IBGE — responsável pela pesquisa — não deu uma resposta única para esse fenômeno, mas apontou algumas possíveis causas, como a mudança de comportamento.

No geral, as novas gerações preferem a mobilidade do aluguel, sem se prender a um lugar só.

Além disso, para quem tem dinheiro sobrando, comprar um imóvel para alugar ficou mais lucrativo, o que aumenta a oferta de casas para locação.

O mesmo estudo também mostrou que 👇…

  • Mais brasileiros estão vivendo sozinhos — principalmente por causa do envelhecimento da população;

  • Os apartamentos estão mesmo em alta — ainda mais nos centros urbanos, onde as pessoas buscam praticidade, segurança e proximidade do trabalho.

💰 O lado que pesa no bolso: Com mais gente querendo alugar e uma oferta que não acompanha a demanda, os preços dispararam. O valor médio subiu 12,92% em um ano — mais que o dobro da inflação geral.

Quem mais sente isso é a classe média, que não consegue financiar um imóvel próprio e, ao mesmo tempo, não se qualifica para programas sociais de moradia.

As crianças do Vale do Silício estão indo para escolas personalizadas

| Tecnologia

(Business Insider)

📚 Sala de aula ou uma startup? Empresários que são pais e também donos de empresas de tecnologia estão obcecados com a ideia de matricular os filhos em instituições muito diferentes das tradicionais

  • Chamadas de “microescolas”, esses lugares têm poucos alunos — menos de 150 —, funcionam de forma privada e não costumam seguir as regras do governo sobre currículo.

🤨 O que está por trás disso? A proposta dessas novas instituições é oferecer um ensino super personalizado, rápido e, principalmente, que esteja adaptado às mudanças do mundo — leia-se inteligência artificial.

Um dos primeiros a apostar nisso foi Elon Musk, que criou a Ad Astra dentro da própria mansão, tirando os filhos da escola tradicional.

🧑‍🎓 É mais ou menos assim… Na estrutura de Musk, crianças estudam química nuclear no ensino fundamental, fazem projetos de engenharia independentes e participam de palestras de executivos famosos da tecnologia.

O empresário expandiu o modelo e já financia outras escolas. Além dele, outros bilionários, como Sam Altman e Bill Gates, também apoiam ou financiam projetos de educação alternativa.

Dividindo opiniões 🗣️

👍 Os defensores das microschools acreditam que o sistema tradicional é lento e não acompanha as mudanças do mercado.

👎 Já os críticos dizem que essas escolas criam um sistema paralelo para os ricos, agravando uma desigualdade já existente na qualidade de ensino.

Seja como for, com o crescimento da IA e com leis que flexibilizam os métodos de educação, as microescolas não devem parar por aqui.

🔜 Looking forward: As previsões indicam que o número de crianças nessas escolas deve aumentar e que o mercado de IA na educação chegue a mais de US$ 100 bi até 2034.

O nosso tour pelas manchetes para começar a semana

🗣️⚽️ Classificação para a Copa já garantida: Ancelotti convoca seleção para fim das Eliminatórias sem Neymar

🎾🇧🇷 Mais uma de esporte pra fechar o tour… João Fonseca passa mal em quadra, mas vence em estreia no US Open

Oriente Médio está fazendo de tudo para virar a “meca dos parques”

| Negócios

(Panrotas)

🧳 O Mickey está com mais um endereço: Depois de 15 anos sem inaugurar parques, a Disney anunciou que vai construir o seu próximo complexo de entretenimento fora de locais tradicionais como EUA e Europa.

  • O lugar escolhido para receber a turma criada por Walt Disney fica no Oriente Médio — mais especificamente em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O Disneyland Abu Dhabi deve abrir por volta de 2030, na Ilha Yas, e promete ser o parque mais tecnológico da companhia, com design futurista, filas express e localização à beira-mar.

A cidade já conta com outras atrações fortes, como o Ferrari World, o Warner Bros. World, o Yas Waterworld e o recém-inaugurado SeaWorld Yas Island.

🎢 Já deu pra perceber a jogada? Por anos, Orlando, nos EUA, foi a referência em parques temáticos. Agora, Abu Dhabi quer desbancar os americanos — prometendo muitos investimentos para isso.

  • A cidade aposta em vantagens como menor burocracia para vistos, aeroportos modernos, clima controlado por ar-condicionado dentro dos parques e uma localização entre Ásia e Europa.

A estratégia é ser um pacotão completo para lazer e entretenimento, afinal, perto dos parques existem museus, praias e hotéis superluxuosos.

🎡 Grandes metas pela frente: O governo local quer aumentar o número de visitantes de 24 milhões, em 2023, para mais de 39 milhões até 2030.

Os parques temáticos, que hoje fazem parte de um ecossistema de mais de US$ 50 bilhões, devem movimentar mais de US$ 120 bi até 2032.

A conta da isenção do IR pode acabar respingando na arrecadação do governo

| Economia

(Marina Ramos)

O Congresso está prestes a votar um projeto de lei que isenta do Imposto de Renda todos os brasileiros que ganham até R$ 5 mil por mês.

💰 A relevância: Segundo as contas do governo, essa mudança nas faixas de isenção deve fazer com que 10 milhões de pessoas paguem menos impostos. Ou seja, é uma medida que conta com apoio popular.

  • Com mais pessoas pagando menos imposto, naturalmente a arrecadação vai acabar diminuindo — a expectativa é de R$ 27 bilhões a menos para os cofres públicos no ano que vem.

Pensando nisso, o governo já preparou uma série de medidas para compensar essas perdas, como a taxação de grandes fortunas e a cobrança de impostos sobre lucros e dividendos.

👀 Ok, mas… Acontece que deputados e senadores de oposição querem complicar a vida do governo e aprovar apenas a isenção — sem permitir as medidas que equilibrariam o impacto financeiro.

Sem as contrapartidas, estima-se que o projeto custaria cerca de R$ 100 bilhões ao governo até 2028.

📊 O que pode acontecer: Se as compensações não forem aprovadas, o governo terá que lidar com menos dinheiro em caixa.

Na prática, isso pode significar aumento da dívida, cortes em programas sociais ou em investimentos, juros mais altos e crescimento econômico mais lento.

♟️ Um jogo de xadrez: Agora, governo e Congresso vão precisar negociar durante a tramitação do PL.

Ei, não precisa fazer da gente um segredo 🤫

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