Edição 299 - 05/08/2025

Do bolso direto para a cara

Da tentação de almoçar na frente do computador fomos para o medo de tropeçar na rua enquanto mexemos no celular. Agora, com as telas direto nos nossos olhos, as definições de multitasking vão precisar ser atualizadas.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Netanyahu vai convocar gabinete para discutir ocupação total de Gaza;

🟡 O day after da prisão domiciliar de Bolsonaro;

🔴 A Meta quer tirar a tela do seu bolso e colocar na sua cara;

🔵 Está difícil para as empresas conseguirem levar os funcionários de volta aos escritórios;

🟣 A nossa Bolsa está respirando tensa às vésperas do tarifaço.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los. Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro - Dalai Lama

Netanyahu vai convocar gabinete para discutir ocupação total de Gaza

| Mundo

(The Times of Israel)

👀 Dobrando a aposta: O tabuleiro das relações internacionais está em alerta com o que pode sair da reunião emergencial do gabinete de guerra de Israel.

🪖 Por que isso importa? A decisão marca uma mudança forte de posição, já que Israel saiu oficialmente de Gaza em 2005. As tropas do país voltaram à região após os ataques do Hamas em outubro de 2023.

Isso sem falar no timing, considerando que a proposta vem num momento dramático, em que mais de 60 mil palestinos foram mortos pelos bombardeios conduzidos por Tel Aviv e 188 pessoas — incluindo crianças — morreram de fome.

🇮🇱 O contexto interno: Ao mesmo tempo, cerca de 50 reféns israelenses estão em poder do Hamas, e as imagens deles fracos e desnutridos chocaram a população — aumentando a pressão por uma solução.

  • Na visão de Netanyahu, só uma ocupação completa de Gaza traria segurança a Israel, libertaria esses reféns e acabaria com a ameaça dos terroristas.

Acontece que o plano do primeiro-ministro enfrenta resistência dos seus próprios militares, que têm medo dos riscos envolvendo a morte de inocentes — incluindo israelenses.

🌍 O contexto externo: Países do Ocidente — como Inglaterra, França e Portugal — disseram que vão reconhecer o Estado Palestino caso não haja um cessar-fogo em Gaza até setembro.

Além disso, a ONU alerta que negar comida e ajuda à população civil pode ser considerado crime de guerra. Mesmo assim, Netanyahu parece estar decidido a seguir adiante.

O day after da prisão domiciliar de Bolsonaro

| Brasil

(Reprodução)

Ontem à noite, o país foi tomado pelas manchetes que citavam a decretação da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

👨‍⚖️ Para ficarmos na mesma página: A decisão foi tomada pelo juiz do STF Alexandre de Moraes, que entendeu que o ex-presidente desobedeceu regras impostas anteriormente pela Justiça.

Caso você já tenha se esquecido, depois da operação da PF que deixou Bolsonaro usando tornozeleira eletrônica no fim de julho, o ministro impôs uma série de medidas cautelares ao político.

  • Entre elas estavam o impedimento de se manifestar on-line, tanto por meio de suas contas quanto por outros perfis, e a proibição de incitar a sociedade contra o Supremo Tribunal Federal.

🪧 Foi nisso que Moraes se baseou: Na visão do ministro, Bolsonaro descumpriu essas regras ao se comunicar por videochamada com o público presente nos protestos do último domingo.

Agora, em prisão domiciliar, o ex-presidente está obrigado a:

  • Ficar em casa, só podendo sair com autorização do STF;

  • Usar tornozeleira eletrônica para que a polícia saiba onde ele está;

  • Não receber visitas, exceto advogados e familiares autorizados;

  • Ficar longe de celular e redes sociais, inclusive por meio de terceiros.

Se ele quebrar qualquer uma dessas condições, pode ser levado a um presídio.

🔙 A origem de tudo: Bolsonaro e aliados são réus, acusados de arquitetar um plano para impedir a posse do presidente Lula após as eleições de 2022.

A repercussão do dia seguinte 👇

Como era de se esperar — ainda mais com o fim do recesso legislativo —, Brasília foi tomada hoje por uma forte mobilização política e judicial.

Manifestações pró-Bolsonaro continuaram em frente ao STF e à embaixada dos EUA, com apoiadores acusando o Judiciário de "perseguição política".

⏸️ Congresso parado: Aliados de Bolsonaro obstruíram votações na Câmara e no Senado em protesto. O PL e partidos aliados anunciaram um "pacote da paz", incluindo:

  • Pedido de impeachment contra Moraes;

  • Anistia para condenados do 8 de Janeiro;

  • Fim do foro privilegiado — para evitar que ex-autoridades sejam julgadas no STF.

Senadores e deputados chegaram a colocar esparadrapo na boca em sessão, simbolizando "censura".

(g1)

🔄 O outro lado: O Palácio do Planalto evitou comentários diretos, mas aliados do governo comemoraram discretamente, dizendo que a decisão do STF "respeita a Justiça".

Na visão de governistas, Bolsonaro "desafiou a lei repetidamente" e acabou “cavando” a própria prisão na tentativa de mobilizar apoiadores nas ruas, nas redes e no Congresso.

🇺🇸 Reação internacional: O Departamento de Estado dos EUA repetiu críticas a Moraes, chamando a prisão de "ataque à democracia".

Donald Trump, que já impôs tarifas contra o Brasil, prometeu novas sanções caso Bolsonaro não seja solto — mesmo sem especificar quais seriam.

A Meta quer tirar a tela do seu bolso e colocar na sua cara

| Tecnologia

(Gizmodo)

🤳 “Guerra aos celulares!”: Mark Zuckerberg não tem poupado palavras para deixar claro o quanto acredita que os óculos inteligentes com IA são o futuro da tecnologia.

Ele direcionou os esforços da sua empresa, a Meta, para desenvolver smartglasses, com a expectativa de que eles se tornem os novos dispositivos principais que usamos no dia a dia — como os smartphones são hoje.

🧠 A tal da “superinteligência pessoal”: Esse é o nome que Zuckerberg deu para a ideia de que esses óculos vão conseguir ver o que você vê, ouvir o que você ouve e te ajudar com tarefas ao longo do dia.

Pensando nisso, a BIG TECH também está desenvolvendo pulseiras inteligentes que ajudariam a controlar os óculos.

👓 O que está por trás disso? Zuckerberg quer usar essa tecnologia para bater de frente com a Apple, que há anos domina o mercado.

Ele nunca engoliu o fato de que os apps da Meta dependem das regras da empresa da maçã. Agora, Zuck vê nos óculos uma chance de virar esse jogo.

💰 Abrindo a carteira: A Meta já investiu US$ 3,5 bilhões na fabricante da Ray-Ban para acelerar o projeto — isso sem contar os outros bilhões em IA e os pacotes salariais de até US$ 100M para contratar os melhores cientistas de dados.

Não somos o Willy Wonka, mas vamos te dar um bilhete dourado… ou quase isso

| Agosto do Espresso

A fantástica fábrica de iPhone 16. Sim, é disso que estamos falando.

  • Até 15/08, às 23h59, quem mais indicar novos leitores pro Espresso leva o celular — simples assim.

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*Ao participar, você aceita automaticamente os termos da campanha. Para ver as regras completas e todos os detalhes, é só clicar aqui.

Está difícil para as empresas conseguirem levar os funcionários de volta aos escritórios

| Negócios

(Fortune)

Mesmo com empresas pressionando cada vez mais para que os funcionários voltem a trabalhar presencialmente, a maioria simplesmente não está obedecendo.

👨‍💻 O que está acontecendo? Mesmo com um aumento de 10% nas exigências formais de retorno ao trabalho presencial nos EUA, a presença real nos escritórios subiu menos de 2%.

  • Ou seja, as empresas e os chefes estão insistindo, mas os funcionários continuam em casa.

Não à toa, em Nova York, a vacância dos prédios comerciais chegou a 22% — o maior nível da história. E isso mesmo com quase 1/3 das empresas americanas exigindo o presencial.

  • 💼 O que fazer? Essa resistência levou companhias a recalcularem a rota. Muitas desistiram de metas ambiciosas de “full return” e passaram a adotar uma política de “presença desejável”, mas não obrigatória.

Enquanto diversas empresas acreditam que o cara a cara aumenta a produtividade, outras preferem o home-office pela liberdade geográfica na hora de contratar talentos.

Outro ponto que sempre surge na discussão é o transporte.

Enquanto líderes preferem o presencial para facilitar a comunicação, muitos trabalhadores defendem que isso aumenta os custos e o tempo gasto com deslocamento.

🇧🇷 E por aqui? No Brasil, apesar dos anúncios da volta ao presencial, muitos funcionários não gostam da ideia — e 43% dos trabalhadores brasileiros se demitiriam se fossem obrigados a trabalhar só no escritório.

O nosso já tradicional tour pelas manchetes

📞🇧🇷 “Alô, companheiro Trump!”: Lula diz que vai chamar presidente americano para a COP30, em Belém

🤖✈️ Preços “personalizados” pelos chatbots: Delta sofre críticas por usar IA para definir tarifas aéreas

A nossa Bolsa está respirando tensa às vésperas do tarifaço

| Economia

(InfoMoney)

🗓️ É amanhã. Depois de semanas de expectativa, as tarifas de importação de 50% sobre produtos brasileiros entrarão em vigor nos EUA a partir de quarta-feira.

🔢 Vamos aos números: O principal índice da Bolsa, o Ibovespa, até subiu um pouco — fechou com alta de 0,29% —, mas passou o dia oscilando bastante.

O clima de tensão entre Brasil e EUA deixou investidores mais cautelosos e gerou incerteza sobre como será a relação comercial entre os dois países daqui pra frente.

  • Ainda lá fora, os EUA divulgaram dados de emprego mais fracos do que o esperado — aumentando as apostas de que o BC americano possa cortar os juros até 3x ainda este ano. 🇺🇸

🇧🇷 Também tem impacto interno: O Banco Central divulgou detalhes da última reunião e reforçou que os juros no Brasil devem continuar altos por mais tempo, diante do cenário externo incerto.

Como se não bastasse, a prisão domiciliar de Bolsonaro — e as críticas da Casa Branca à decisão de Moraes — também contribuíram para as oscilações.

🎻 Resumo da ópera: A Bolsa subiu, mas o clima segue tenso. Tarifas, política e juros altos ainda são os grandes protagonistas.

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