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Edição 289 - 22/07/2025

O STF de olho no relógio
Um dos julgamentos mais importantes da história recente do Brasil está passando pelas suas horas mais tensas. Daqui a pouco, pode ser que tudo envolvendo dois dos sobrenomes mais relevantes da política nacional — Bolsonaro e Moraes — mude para sempre.
Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:
🟠 EUA decidem dizer “bye-bye” para mais um órgão da ONU;
🟡 As próximas horas serão cruciais para o destino de Bolsonaro na Justiça;
🔴 China inicia megaprojeto para construir a maior hidrelétrica da história;
🔵 Trump convence Coca a mudar de fórmula nos EUA — e não (só) pelo sabor;
🟣 O cheirinho de guerra comercial está cruzando o Atlântico.
🥠 Seu biscoitinho da sorte
Não tenha medo de desistir do bom para perseguir o ótimo - John D. Rockefeller
EUA decidem dizer “bye-bye” para mais um órgão da ONU
| Mundo

(United Nations)
👋 “We don´t need you”: Em clima de déjà vu, Donald Trump retirou, mais uma vez, os EUA da Unesco — a agência da ONU que cuida de educação, ciência e cultura, além de listar os Patrimônios Mundiais.
O presidente americano já tinha tirado o país do órgão em 2017, mas Biden reverteu a decisão em 2023.
Na justificativa, a Casa Branca disse que a organização é “ideológica demais”, promove causas “globalistas” e tem um ”viés injusto” contra Israel.
Trump também alega que a agência usa recursos públicos para financiar pautas com viés políticos.
💰 A relevância: Os EUA são responsáveis por quase 10% de todo o orçamento da Unesco. No ano passado, foram US$ 150 milhões de aporte americano.
Ou seja, com a saída do Tio Sam, o buraco no orçamento da entidade pode se aprofundar, afetando programas em educação e preservação de patrimônio em mais de 100 países.
A agência lamentou a decisão, mas disse que já esperava e que vai continuar seus projetos sem o dinheiro dos americanos.
🇺🇸 O que a manchete não te conta: O movimento é só mais um capítulo do distanciamento que Trump vem adotando em relação a órgãos e acordos multilaterais.
Caso você não esteja lembrado, poucos minutos depois da sua posse, o atual presidente americano tirou os EUA da OMS — a organização da ONU para a saúde.
O mesmo também aconteceu com o Acordo de Paris — firmado em 2015 por mais de 190 países em uma cúpula da ONU —, que Trump decidiu retirar os EUA em março.
As próximas horas serão cruciais para o destino de Bolsonaro na Justiça
| Brasil

(AFP)
⏰ Hoje à noite. Daqui a algumas horas, mais precisamente às 21h13, se esgota o prazo para que a defesa de Jair Bolsonaro explique ao STF por que o ex-presidente apareceu num vídeo publicado nas redes sociais.
O caso gira em torno das proibições que Alexandre de Moraes impôs sobre Bolsonaro depois da operação da PF que deixou o político usando tornozeleira eletrônica.
Entre as medidas cautelares — referendadas pela Primeira Turma do STF por 4 a 1 —, está o impedimento de se manifestar on-line, seja pelas próprias contas quanto por outros perfis.
👇 A polêmica está aqui: Ontem à noite, Bolsonaro participou de um evento com políticos na Câmara dos Deputados e, na saída, fez um discurso mostrando a tornozeleira e dizendo que só obedece à “lei de Deus".
O momento foi filmado e logo se espalhou pelas redes de apoiadores. Isso levou Moraes a entender que ele violou as regras impostas.
👨⚖️ Por que isso importa? Como foi estabelecido na decisão do ministro, o descumprimento das medidas cautelares pode levar à prisão preventiva.
A defesa do ex-presidente diz que vai responder dentro do prazo.
Enquanto isso, Moraes afirma que, se não houver uma explicação convincente, Bolsonaro pode ser preso a qualquer momento.
🔜 Ou seja… As cenas dos próximos capítulos serão decisivas para o futuro do ex-presidente, que é acusado de planejar um golpe após as eleições de 2022.
Enquanto a oposição fala em perseguição, o governo pede pela prisão do principal nome da direita no país.
China inicia megaprojeto para construir a maior hidrelétrica da história
| Tecnologia

(BBC)
🇨🇳 Um cofre cheio e um sonho: A China começou a construir a maior usina hidrelétrica do planeta, em uma região remota do Tibete, perto das fronteiras com o Nepal, o Butão e a Índia.
Para dar o start no megaprojeto, o governo chinês se comprometeu a investir mais de US$ 170 bilhões — quase um trilhão de reais.
🔋 Haja energia: Batizado de Kelang, o complexo terá cinco usinas conectadas em cascata. Juntas, elas vão gerar tanta energia quanto o Reino Unido consome em um ano.
Para efeito de comparação, isso quer dizer que a usina chinesa vai gerar quase o dobro da capacidade de Itaipu, hoje a maior da América Latina, e o suficiente para abastecer uma Argentina inteira.
🤨 Por que tudo isso? O projeto faz parte da estratégia de Pequim para acelerar a transição energética — uma meta que inclui gerar 80% da sua energia a partir de fontes renováveis até 2060.
Mas é claro que, por trás das manchetes e dos números que impressionam, também existe o peso geopolítico.
Com a obra, os chineses vão ficar menos dependentes do carvão e vão conseguir ainda mais influência sobre a cadeia global de energia limpa.
Isso sem falar no controle chinês sobre o fluxo da água de importantes rios que passam pela Índia e Bangladesh — o que, em caso de tensões políticas, poderia virar uma espécie de “arma” natural.
💡 Bottom-line: Aproximadamente 16% da eletricidade gerada no mundo vem de fontes hidrelétricas — a 3ª matriz mais utilizada globalmente, ficando atrás apenas do carvão e do gás natural.
Luto na música e outras manchetes do nosso tour
😔🤘🏼 Lenda do rock: Ozzy Osbourne, cantor do Black Sabbath e pioneiro do heavy metal, morre aos 76 anos
🎥🤖 Não passou batido… Netflix admite ter usado IA em uma de suas séries para reduzir custos
🇺🇦🇷🇺 Será que agora vai? Escalada militar antecede rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia
🇮🇱🇵🇸 Oriente Médio: Israel expande suas operações aéreas e terrestres em Gaza
🏦🚘 Contra inadimplentes: Nova lei permite que bancos tomem carros sem ir à Justiça
👨💻🚨 Suspeita de extorsão: Dell é atacada por ransomware e vazam 1,3 TB de dados
Trump convence Coca a mudar de fórmula nos EUA — e não (só) pelo sabor
| Negócios

(CBS)
🥤 Make Coca sweet again? Depois de Trump dizer que a Coca-Cola iria trocar o xarope de milho por açúcar de cana em seus refrigerantes, a empresa agora confirmou que, de fato, vai mudar sua fórmula nos EUA.
Mas, se você mora nos EUA, pode ficar tranquilo — a Coca tradicional não vai mudar.
A novidade mesmo é que a marca vai adicionar mais uma opção à sua linha, feita com açúcar de cana americano, para quem prefere esse tipo de adoçante.
🇺🇸 Um gole de contexto: Nos EUA, o refrigerante mais conhecido do mundo é adoçado com xarope de milho rico em frutose — um ingrediente mais barato — desde os anos 1980.
Acontece que Trump e aliados criticam o xarope, dizendo que ele faz mal à saúde, tem o gosto pior e não é usado em outras partes do mundo.
De fato, a Coca-Cola já é adoçada com açúcar em diferentes países — incluindo o Brasil.
A parte business dessa história: Para atender ao pedido de Trump, os EUA podem ter que importar açúcar do nosso país — já que o Brasil é o maior produtor mundial.
Isso porque os americanos não são autossuficientes na produção de açúcar para fabricar a bebida. Com a mudança, o paladar e a economia agrícola dos americans serão afetados.
🫰 “Prepare your pocket”: No fim da linha, substituir o xarope de milho pode encarecer o refrigerante mais popular da Terra do Tio Sam — especialmente depois das tarifas sobre importações mexicanas e brasileiras.
O cheirinho de guerra comercial está cruzando o Atlântico
| Economia

(Sarah Grillo)
O prazo de 1º de agosto para que os EUA e a União Europeia entrem em acordo e evitem uma guerra comercial está chegando ao fim.
😴 Pelo andar da carruagem… Com recentes ameaças de Trump sobre impor tarifas de até 30% sobre produtos europeus, um entendimento entre as partes parece estar longe de ser atingido.
A Europa até tentou negociar e disse que estava disposta a aceitar uma taxa de no máximo 10% — desde que houvesse isenções para setores sensíveis, como carros, medicamentos e vinho.
Os EUA não tiraram o pé e pediram por mais concessões — do contrário, falaram em sobretaxar produtos específicos como veículos, remédios e semicondutores.
🥊 Hora do revide? Agora, a UE está pronta para retaliar as tarifas de Trump com medidas mais duras — incluindo um instrumento legal nunca antes usado na história.
Além de taxar produtos americanos como whisky bourbon e aviões, o último recurso europeu seria o chamado Instrumento de Anticoerção.
A ferramenta pode dar autorização para a Europa taxar empresas americanas de tecnologia, restringir investimentos e até impedir que companhias dos EUA participem de contratos públicos no Velho Continente.
💰 O impacto: A UE e os EUA têm o maior acordo comercial bilateral do mundo. Só no ano passado, as duas entidades foram responsáveis por quase US$ 2 trilhões em comércio.
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| Programa de Indicação

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