Edição 288 - 21/07/2025

Cadê aquela paisagem dos sonhos?

Você já sonhou em largar tudo e viajar pra um lugar paradisíaco, daqueles que parecem ter saído de um filme? Pois é. Tem gente literalmente fazendo isso — o problema é que o "filme" foi gerado por inteligência artificial e o reembolso não está incluso nessa brincadeira.

⚠️ Um rápido lembrete…

| Programa de indicação

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Os ventos mudaram de direção no Parlamento japonês;

🟡 Ter um câncer já não é fator de risco apenas para pessoas mais velhas;

🔴 Turistas estão visitando destinos que nunca existiram na vida real;

🔵 O “novo petróleo” que pode colocar o Brasil no jogo dos EUA;

🟣 A volta por cima da Argentina acabou caindo muito bem por aqui.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Não se preocupe com os fracassos, preocupe-se com as chances que você perde quando nem tenta - Jack Canfield 

Os ventos mudaram de direção no Parlamento japonês

| Mundo

No poder há décadas, o Partido Liberal Democrata, do premiê Shigeru Ishiba, perdeu a maioria da Câmara Alta do Japão depois das eleições do fim de semana.

Essa é a primeira vez desde a Segunda Guerra que o PLD — tradicional partido governista — está em minoria nas duas casas do Parlamento.

🗳️ O que aconteceu? O Japão passa por um momento de grande descontentamento popular com a alta do custo de vida e escândalos políticos recentes.

• Pesquisas mostram que a população acredita que faltam soluções para problemas como a inflação, o envelhecimento e as negociações comerciais com os EUA.

Vale lembrar que, mesmo tendo desacelerado em junho, a inflação japonesa permanece acima da meta de 2% do Banco Central há mais de três anos — afetando principalmente os alimentos.

De cara nova 🇯🇵

O destaque da eleição ficou para o partido de ultradireita Sanseito, criado há poucos anos por um ex-gerente de supermercado que começou fazendo vídeos no YouTube durante a pandemia.

• Eles ganharam 14 cadeiras — antes, tinham apenas uma — e agora são a terceira maior força política do Parlamento.

Juntos, os partidos de oposição serão comandados por Sohei Kamiya, que já vem sendo chamado de “Trump japonês”.

• 🤔 Te parece familiar? A legenda cresceu com um discurso de “Japão e japoneses em primeiro lugar”, defendendo políticas nacionalistas e anti-imigração.

A posição atinge em cheio mais de 200 mil brasileiros — denominados dekasseguis — que vivem em cidades japonesas.

👣 Os próximos passos: O primeiro-ministro decidiu continuar no cargo. Acontece que, sem maioria nas duas casas do Parlamento, o governo japonês agora corre o risco de ficar travado politicamente.

Ter um câncer já não é fator de risco apenas para pessoas mais velhas

| Brasil

Ontem, o país inteiro se comoveu com a despedida de Preta Gil, que nos deixou aos 50 anos em decorrência de complicações de um câncer no intestino que enfrentava desde 2023.

• 🏥 Os tempos mudaram: Se, tradicionalmente, o câncer sempre foi considerado um maior risco para pessoas acima dos 50 anos, agora já é consenso que este público está longe de ser o único vulnerável .

Cada vez mais jovens estão recebendo esse diagnóstico e, só no Brasil, o número de casos em adultos abaixo dos 50 anos aumentou cerca de 50% nas últimas três décadas.

• Já no mundo, o salto entre esta faixa etária foi ainda maior: 79% entre 1990 e 2019.

Os tipos de câncer que mais cresceram entre os jovens foram os de intestino — justamente o que acometeu Preta —, estômago, fígado, mama e próstata.

Por que isso acontece? 🩺

Médicos e especialistas explicam que não há como apontar uma única causa, já que o aumento parece estar ligado a uma combinação de fatores — sendo um crescimento multifatorial.

🍽️ Os principais culpados: Estudos mostram que alimentação ruim, sedentarismo, obesidade e até uso excessivo de antibióticos estão entre os principais motivos.

• O maior vilão, no entanto, é mesmo uma dieta rica em ultraprocessados e pobre em alimentos naturais.

🚨 Um ponto de alerta: Muitas vezes, os sintomas são confundidos com coisas simples, como dores de barriga e cansaço.

🙏 Como prevenir? A boa notícia é que mais de 30% dos casos podem ser evitados com mudanças mais saudáveis no estilo de vida e, quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura.

Turistas estão visitando destinos que nunca existiram na vida real

| Tecnologia

✈️ Bom demais pra ser verdade… Imagine planejar uma viagem dos sonhos, dirigir horas até o destino e descobrir que ele foi inventado por uma inteligência artificial.

Foi o que aconteceu com um casal de idosos da Malásia, que caiu no conto de um vídeo falso gerado por IA e só foi descobrir isso depois de uma viagem de 3 horas até o suposto local.

• 🤖 Essa história não é só sobre viagens: Nas redes sociais, vídeos com cachoeiras fluorescentes, cidades submersas e trilhas perfeitas estão atraindo milhões de turistas para lugares que simplesmente não existem.

Os conteúdos feitos por IA estão até influenciando decisões de compra de passagens, reservas de hotéis e roteiros completos baseados em cenários que saíram de um prompt.

👀 Virou uma epidemia: Os golpes que usam os chamados deepfakes — vídeos, áudios ou imagens hiper-realistas que, na verdade, são falsas — aumentaram 2.137% nos últimos 3 anos.

⚠️ O alerta é claro: Para evitar cair em armadilhas, o ideal é pesquisar em fontes diferentes, desconfiar de vídeos “perfeitos demais” e ficar atento a sinais de que aquele conteúdo pode ter sido gerado por IA.

O nosso tour pelas manchetes para começar a semana

🕊️✨ Luto no país: Amigos e personalidades prestam homenagem a Preta Gil

🇺🇸📊 O gráfico mudou: Rejeição às políticas de Trump contra imigração supera apoio após 6 meses

✈️🇧🇩 Na capital, Daca: Avião militar cai em escola e deixa pelo menos 19 mortos em Bangladesh

🇨🇱🤝 Líderes de esquerda reunidos: No Chile, Lula participa de reunião sobre defesa da democracia

✋👨‍💻 Deu pane geral: Companhia americana tem que suspender todos os voos depois de problema de software

🍽️🥩 O prato dos americans: Preços do bife não param de subir nos Estados Unidos

O “novo petróleo” que pode colocar o Brasil no jogo dos EUA

| Negócios

Enquanto o mundo acompanha o sobe e desce das commodities, um novo protagonista entrou na disputa por influência: o cobre.

⛏️ Do fundo da mina ao topo do mercado: Já chamado de “novo petróleo”, o metal é essencial para carros elétricos, energia solar e tecnologia. Sem ele, não existiriam baterias, painéis solares ou fiações elétricas.

• O cobre ganhou ainda mais importância na economia global quando Donald Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre o metal importado, principalmente da China.

O presidente americano quer forçar a produção local e diminuir a dependência de outros países. Como era de se esperar, a decisão fez o preço do condutor metálico disparar e acendeu o alerta entre mineradoras do mundo todo.

🇧🇷 E é aí que a gente entra: Nesse cenário, o Brasil pode se destacar, já que, apesar de exportar pouco cobre para os EUA, o nosso país tem reservas importantes e empresas com bastante experiência na área.

Além disso, a jogada não está apenas em exportar cobre — e sim investir diretamente nos EUA, onde faltam minas e refinarias.

👀 Bottom-line: O mercado está tão aquecido que empresas nos EUA estão tentando abrir novas minas em tempo recorde, o que normalmente levaria décadas. Ou seja, quem tiver cobre e know-how sairá na frente.

A volta por cima da Argentina acabou caindo muito bem por aqui

| Economia

🤝 Mais que irmãos, hermanos: Depois de passar os últimos anos em crise, a economia argentina começou a mostrar algum fôlego nos últimos meses.

• O PIB por lá subiu 5,8% no primeiro trimestre, e o câmbio melhorou — ou seja, ficou mais barato para os argentinos comprarem produtos de fora.

Isso tudo tem gerado frutos positivos para o Brasil, já que as nossas exportações para o país vizinho cresceram mais de 55% no primeiro semestre.

🇧🇷🇦🇷 A relevância: Em valores absolutos, são mais de US$ 9 bilhões entrando na economia brasileira — um alívio num momento de tensões comerciais com os EUA.

• O destaque está nos carros: 60% dos veículos exportados pelo Brasil foram para a Argentina — o maior número desde 2018.

Esse cenário ajudou a indústria automotiva brasileira a manter a produção em alta. Além de carros, o Brasil também exporta para a Argentina produtos químicos e alimentos.

🔜 E daqui para frente? Apesar da melhora, a Argentina ainda enfrenta inflação alta e falta de dólares. Diante disso, o governo fechou um acordo com o FMI para receber US$ 20 bilhões em empréstimos.