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Edição 283 - 14/07/2025

Um wi-fi para as estrelas
Agora mesmo, enquanto você abre o seu e-mail, as maiores potências do mundo estão numa espécie de “Star Wars da vida real”. Para se ter ideia, os chineses já deram os primeiros passos para construir um supercomputador flutuante — e, hoje, você vai entender a importância disso.
Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:
🟠 O futuro de um país que está encolhendo pode estar nos laboratórios;
🟡 Os carros que ajudam o planeta vão pagar bem menos imposto;
🔴 O plano da China para montar um supercomputador no espaço;
🔵 A disputa das grandes potências acontece debaixo da terra;
🟣 Bitcoin segue voando alto e renova máxima histórica.
🥠 Seu biscoitinho da sorte
Se você ouvir uma voz dentro de si dizendo 'você não pode pintar', então pinte, e essa voz será silenciada - Vincent Van Gogh
O futuro de um país que está encolhendo pode estar nos laboratórios
| Mundo

(CNN)
👶 Maternidades vazias e clínicas lotadas: A Coreia do Sul vive um paradoxo. O país tem cada vez menos bebês, mas também conta com cada vez mais pessoas tentando ter filhos — por métodos alternativos.
A procura por tratamentos de fertilidade, como a fertilização in vitro, disparou no país, e o número de tratamentos já cresceu em mais de 50% desde a pandemia.
Hoje em dia, em Seul, capital do país, 1 em cada 6 bebês nasce com a ajuda da medicina reprodutiva.
🇰🇷 O panorama atual: As clínicas estão cheias, com longas filas de espera — e esse movimento revela algo importante: mesmo em meio a tantos desafios, muita gente ainda quer formar uma família.
O governo tem tentado ajudar, oferecendo subsídios para cobrir parte dos custos da fertilização e do congelamento de óvulos. Mesmo assim, o tratamento ainda é caro e desgastante.
O país que mais encolhe no mundo 🤏
A questão é de extrema importância para os sul-coreanos. Isso porque o país asiático ostenta, há anos, o título de menor taxa de fertilidade no mundo — com 0,75 filho por mulher.
Ou seja… Na prática, isso significa que, nesse ritmo, a população está diminuindo em 25%.
A população da Coreia do Sul, que atingiu um pico de 51,8 milhões em 2020, deve cair para 36,2 milhões até 2072, segundo projeções oficiais.
É por isso que o governo gasta mais de US$ 200 bi por ano em incentivos à natalidade — que não tem dado muito certo. Nesse cenário, as clínicas de fertilização são uma luz no fim do túnel.
👇 O X da questão: Uma população com menos gente em idade para trabalhar significa menos dinheiro girando, escassez de mão de obra e menos riqueza sendo gerada. Isso sem falar na bola de neve da previdência…
E se você pensa que isso é um problema que atinge somente o outro lado do planeta, saiba que as populações de 97% dos países do mundo devem diminuir até 2100. 🌎
Os carros que ajudam o planeta vão pagar bem menos imposto
| Brasil

(Motor Show)
🌎 Quando o planeta e o bolso agradecem: O governo federal lançou um programa que pode deixar os carros populares — principalmente os modelos de entrada — mais baratos em todo o país.
A ideia é simples: quem fabricar veículos mais limpos, econômicos e sustentáveis vai pagar menos imposto. E quem poluir mais vai pagar mais.
🚘 Carro Sustentável: Esse é o nome do programa que zera o Imposto sobre Produtos Industrializados — o IPI — de veículos compactos fabricados no Brasil que sigam quatro regras:
Emitam menos de 83g de CO₂ por quilômetro;
Usem pelo menos 80% de peças recicláveis;
Sejam produzidos em território nacional;
Sejam considerados modelos de entrada.
💰 O resultado: Muitos modelos já começaram a baixar de preço logo após a medida entrar em vigor. Algumas montadoras viram os valores caírem entre R$ 8 mil a mais de R$ 20 mil.
Clique aqui para ver a lista de modelos que podem ser beneficiados.
Segundo o governo, essa redução no imposto vai valer até dezembro de 2026 e não vai pesar nas contas públicas — já que os carros mais poluentes vão passar a pagar mais imposto.
🇧🇷 Um país sobre rodas: Em média, há um veículo para cada 1,7 habitante no Brasil. Além disso, quase 50% dos domicílios têm carro e 25% moto no país.
O plano da China para montar um supercomputador no espaço
| Tecnologia

(Newsweek)
🛰️ Star Wars da vida real? Mostrando que, assim como na Guerra Fria, a guerra tecnológica também saiu da órbita da Terra e chegou ao espaço, a China deu um passo ousado em seu plano de comunicação.
Enquanto você lê a sua newsletter preferida, o governo chinês está colocando dezenas de satélites no espaço — verdadeiros data centers flutuantes, capazes de processar dados em órbita.
📡 O que está por trás disso? A ideia é criar uma rede de 2.800 satélites — por enquanto, são apenas 12 — para formar um supercomputador espacial com poder de processamento massivo.
Mesmo sem precisar de ar-condicionado e nem de água para se resfriar, o equipamento deve conseguir realizar um quatrilhão de operações por segundo — o equivalente a 50 mil PC gamers de última geração.
🛜 A relevância: Hoje, menos de 10% dos dados captados por satélites chegam à Terra. Com essa nova tecnologia, os satélites já processariam os dados lá mesmo, economizando tempo e energia.
Vale lembrar que toda empresa de tecnologia que se preze se guia pelo uso de dados. Isso quer dizer que, com o supercomputador analisando uma quantidade massiva de informação de forma rápida e eficiente, os satélites podem:
Acelerar o desenvolvimento da inteligência artificial como nunca;
Prever desastres naturais;
Otimizar comunicações civis e militares;
Aperfeiçoar os sistemas de localização;
Facilitar a exploração espacial.
🇺🇸🇨🇳 O que está em jogo: Especialistas dizem que isso pode mudar o jogo na disputa EUA x China pelo espaço, deixando os chineses com muita vantagem em IA, defesa e controle digital no futuro.
Um tour pelas manchetes pra começar a semana
🇷🇺👀 Putin levou um ultimato: Trump ameaça tarifa de 100% contra Rússia se não houver cessar-fogo na Ucrânia
🇲🇽🇪🇺 Não parou por aí… Presidente americano anuncia tarifas de 30% para produtos do México e da União Europeia
🤝✈️ Um dos maiores deals da fabricante: Embraer vende 45 jatos para a Dinamarca em negócio de R$ 21,8 bi
💉👨⚕️ Ação prolongada para vulneráveis: OMS recomenda injeção semestral para prevenção do HIV
🗣️💬 Analisando o cenário: Lula define criação de comitê com empresários para debater tarifaço de Trump
📉💵 Sétima semana de redução: Mercado projeta inflação de 5,17% em 2025
A disputa das grandes potências acontece debaixo da terra
| Negócios

(AP)
⛏️ Terras raras, tensão comum: Neste final de semana, os EUA deram um passo importante, mas silencioso, para reduzir a sua dependência da China quando o assunto são minerais raros.
Se você não se lembra das aulas sobre tabela periódica, existem 17 minerais raros que recebem esse nome por serem mega difíceis de minerar e processar.
🤳 A relevância: Esses metais são essenciais para a produção de ímãs, chips e semicondutores usados nas tecnologias mais avançadas dos dias atuais — como IA, carros elétricos, smartphones e computadores.
Para se ter ideia, seja qual for o dispositivo que você está usando para ler esta bela newsletter, ele só funciona graças aos metais de terras raras.
🇨🇳 Eis o X da questão: A China praticamente detém o monopólio desta área, já que é responsável por produzir mais de 99% dos metais pesados de terras raras do mundo.
Diante disso, o governo dos EUA resolveu agir e vai investir US$ 400 milhões para se tornar o maior acionista da única mina ativa de terras raras na Terra do Tio Sam: a Mountain Pass, na Califórnia.
👀 Por que importa? Até agora, os EUA vinham comprando boa parte dessas matérias-primas da própria China. Acontece que, com a tensão comercial entre os países, essa dependência virou um problema.
Essa briga não é só por recursos — é também por poder econômico, tecnológico e militar.
Pense que ter controle sobre esses materiais significa ter vantagem em áreas que vão dos carros elétricos aos mísseis de última geração.
💰 Zoom out: O mercado global de terras raras movimentou mais de US$ 12 bilhões no ano passado. Com um crescimento de 12,8% ao ano, ele deve responder por mais de US$ 35 bi até 2033.
Bitcoin segue voando alto e renova máxima histórica
| Economia

(Sarah Grillo)
📈 De recorde em recorde… A criptomoeda mais famosa — e valiosa — do mundo alcançou um novo recorde e bateu os US$ 120 mil por unidade logo no começo do dia.
Neste ano, o Bitcoin já subiu mais de 27% e, só em julho, acumula alta de 10%.
🔜 Expectativas altas: Com o recorde anterior de US$ 111 mil, analistas acreditam que a cripto pode continuar subindo.
Alguns falam em US$ 136 mil por unidade até o fim do ano, enquanto outros miram nos US$ 150 mil.
Tá, e por que a setinha está pra cima? 🤨
São cinco grandes motivos para a sequência de altas do Bitcoin:
Investidores comprando mais: Os ETFs de Bitcoin— fundos que permitem investir em criptomoedas — tiveram entradas bilionárias nas últimas semanas e receberam US$ 1,17 bilhão em um único dia;
Pouca oferta, grande demanda: Muita gente está tirando Bitcoin das corretoras para guardar, reduzindo a quantidade disponível para venda;
"Short squeeze”: Quem apostou na queda do Bitcoin foi pego de surpresa e teve que comprar de volta, acelerando a alta;
Cenário macro mais favorável: O mercado espera cortes nos juros dos EUA ainda em 2025, o que favorece investimentos arriscados, como criptomoedas;
Regulamentação chegando: Nos EUA, o Congresso discute leis para dar mais clareza ao mercado de cripto, aumentando a confiança de quem não é familiarizado com o investimento.
Além disso, mais de 80% dos Bitcoins estão nas mãos de quem não mexe neles há mais de 5 meses. Isso mostra confiança no longo prazo e ajuda a manter os preços altos.
🪙 O panorama geral: Nos EUA, mais de 50M de americanos têm Bitcoin — mais do que os que têm ouro. Já no mundo todo, esse número passa dos 560 milhões, sendo 26M de brasileiros com alguma criptomoeda na carteira.
Ei, não precisa fazer da gente um segredo 🤫
| Programa de Indicação

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