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Edição 168

A tesoura da Casa Branca
Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:
🔴 Musk quer brecar os bilhões de dólares em ajuda internacional dos EUA;
🟡 O que está rolando por aqui…;
🟢 LVMH quer transformar o troféu da F1 na sua nova Speedy – aquela bolsa famosa marrom e dourada;
🔵 Em 25 anos, The Sims transformou a vida real em jogo – e faturou bilhões com isso;
🟣 Nas cidades americanas, o trânsito está no céu.
🥠 Seu biscoitinho da sorte
As coisas têm vida própria. Tudo é questão de despertar a sua alma. - Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez
Tour pelo globo
🇲🇽 Um mês de alívio. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou que fez um acordo com Trump para pausar as tarifas anunciadas por ele durante um mês. Em uma publicação feita no X, Sheinbaum afirmou que teve uma conversa com o presidente dos EUA, "com grande respeito" pelo relacionamento entre os dois países.
🕊️ “Let's take it easy”. O Kremlin afirmou que ainda é cedo para discutir o formato de negociações de paz proposto por Zelensky e reforçou suas dúvidas sobre a legitimidade do líder ucraniano. O presidente da Ucrânia disse à AP que apoia conversas de “quatro vias” entre EUA, Rússia, União Europeia e Kiev.
🚫 Não curti, tô de mal. A Coreia do Norte não gostou nada de ser chamada de “Estado pária” pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e rebateu a fala na mídia estatal. O Ministério das Relações Exteriores de Pyongyang afirmou que responderá com veemência a qualquer provocação americana.
⚖️ A regra é clara. O Reino Unido será o primeiro país a criar leis contra "predadores" que usam inteligência artificial para gerar imagens de violência sexual infantil. O governo britânico anunciou que será ilegal possuir, criar ou distribuir essas ferramentas, com penas que podem chegar a cinco anos de prisão.
🤖 El corazón de la IA en América Latina. Uma multinacional dos EUA anunciou a construção do primeiro data center da América Latina focado em IA. O projeto, que vai receber um investimento de R$ 6 bilhões, será instalado em uma área de 1 milhão de m² ao lado do aeroporto de Maringá (PR).
🎤 Todo mundo já sabe, mas precisa ser registrado. A esposa de Kanye West causou no Grammy 2025 ao tirar o casaco preto e ficar completamente nua no tapete vermelho. Os fotógrafos registraram o momento, revelando que, por baixo, ela vestia apenas um look transparente de tela suíça.
Musk quer brecar os bilhões de dólares em ajuda internacional dos EUA
| Mundo

(CNBC)
“Não é comigo”. O magnata e grande guru de Trump, Elon Musk, disse que o novo POTUS concordou em fechar o departamento de ajuda exterior do governo americano – também chamado de Agência para o Desenvolvimento Internacional, a USaid.
Para que tenha dimensão, o órgão é simplesmente o maior doador do mundo. Entre outubro de 2022 e setembro de 2023, ele destinou US$ 72 bi em auxílios para saúde feminina em zonas de conflito, acesso à água potável, combate à corrupção e outras áreas.
Já em 2024, a agência, que tem mais de 10 mil funcionários, forneceu 42% de toda a ajuda humanitária no planeta rastreada pela ONU.
🛑 Agora, não vai ter mais dinheiro. Bem, a importância e o impacto do departamento, imagino que você já tenha entendido.
Mas, sob a ótica de alguns – leia-se Musk e seus apóstolos – essa organização que destina verba para fora das fronteiras americanas é um “ninho de vermes que deve ser fechado”.
E essa não é só a opinião de um bilionário que cuida dos próprios negócios, mas de alguém que agora tem influência direta sobre a tesoura – uma hipérbole para área de redução de gastos – da Casa Branca.
Além das declarações do CEO da Tesla e líder do DOGE, o governo Trump já partiu para ação. No fim de semana, dois altos funcionários de segurança foram demitidos da USAid depois de tentarem barrar representantes do departamento de Musk de acessar áreas restritas do prédio.
📊 Zoom out. Na semana passada, Trump já havia congelado a maior parte dos fundos de ajuda externa dos EUA, dentro da política "EUA em primeiro lugar", o que já está sendo sentido em várias partes do mundo.
Hospitais de campanha em campos de refugiados na Tailândia, remoção de minas terrestres em zonas de guerra e medicamentos para milhões de pessoas com HIV estão entre os programas ameaçados.
Com todos esses cortes, Musk estima que o governo Trump poderá reduzir o déficit dos EUA em US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,84 trilhões) no próximo ano.
O que está rolando por aqui…
| Brasil

(AFP)
Legislativo 🤝 Executivo. Lula recebeu no Planalto os novos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, que assumiram os cargos no sábado. Os dois comandam as Casas até fevereiro de 2027.
👨⚖️ Volta das férias. O STF abriu os trabalhos de 2025 com uma sessão solene, reunindo representantes dos Três Poderes. Além dos ministros do Supremo, Lula, Hugo Motta e Davi Alcolumbre marcaram presença na cerimônia.
⏭️ Cenas dos próximos capítulos. A Procuradoria-Geral da República deve denunciar Bolsonaro por tentativa de golpe nas próximas semanas. A expectativa entre integrantes do STF e do Congresso Nacional é que isso ocorra ainda em fevereiro.
🩻 Na fronteira. A Organização da ONU para as Migrações (OIM) voltou a atender migrantes venezuelanos nesta segunda em Boa Vista depois de uma semana sem oferecer os serviços. A organização havia deixado de atuar após Trump cortar fundos para ajuda humanitária.
LVMH quer transformar o troféu da F1 na sua nova Speedy – aquela bolsa famosa marrom e dourada
| Negócios

(F1)
O cara está com a bola toda – ou melhor, pisando no acelerador. Bernard Arnault, presidente e fundador da LVMH, deu mais um passo (sempre discreto, como manda o estilo francês) para marcar presença em arenas, quadras, estádios e pistas ao redor do mundo.
Depois de fechar parceria com a NBA em 2020, patrocinar a Copa do Mundo de Rugby em 2023 e investir 150 milhões de euros para ser a principal patrocinadora das Olimpíadas de Paris no ano passado, o império da moda entrou de vez no esporte das bandeiras quadriculadas.
🏁 Bernard, Bernard, Bernard… Bernard Arnault da França. A partir da primeira corrida da temporada, em Melbourne, quem subir ao pódio da Fórmula 1 vai levar um Trophy Trunk, um baú personalizado para guardar troféus, com a clássica estampa da Louis Vuitton.
Além do caixote, a marca também vai assinar o nome da prova, que passa a se chamar Fórmula 1 Louis Vuitton Australian Grand Prix 2025.
Para que você tenha noção do todo, o acordo entre o grupo LVMH e a Fórmula 1 vale pelos próximos dez anos e gira na casa dos 100 milhões de dólares.
A primeira jogada da parceria foi anunciar a TAG Heuer como cronometrista oficial das corridas, tomando o lugar apenas da Rolex, que já estava lá há muitos – muitos – anos. Basta lembrar do Senna cruzando a linha de chegada com o The Green Giant marcando o tempo ao fundo.
⚽ Trocando de modalidade. Os Arnault estão finalizando a compra do primo feio do PSG, o Paris FC, time da 2ª divisão do futebol francês, seguindo a tendência dos super-ricos investindo em clubes pela Europa.
A estimativa é de que o clã injete 100 milhões de euros (mais de R$ 600 milhões) no negócio, com possibilidade de dobrar para 200 milhões se o time subir de divisão.
👨👩👧👦 O que está por trás desses movimentos? Com o consumo de luxo desacelerando, Arnault percebeu que o futuro do setor não está só nos ultra-ricos, mas em alcançar um público mais amplo.
E nada fortalece essa presença melhor do que o esporte, um fenômeno socioeconômico-cultural que movimenta paixões e cria ídolos no mundo todo.
Em 25 anos, The Sims transformou a vida real em jogo – e faturou bilhões com isso
| Tech

(EA)
Ooboo Vroose Baa Dooo. Essa talvez seja uma das várias frases aleatórias que jogadores de The Sims já tentaram — por muitos anos — traçar uma tradução.
Com 4 títulos principais e alguns spin-offs, o jogo deixou um grande legado no universo pop (alô, millennials) e conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo.
Agora, ou melhor, amanhã, a icônica gema verde que flutua sobre a cabeça dos Sims vai apagar as velinhas pelos 25 anos de vida.
💚 Um passo atrás. Para você que não conhece ou nunca jogou o game, The Sims é um simulador de vida em que você cria personagens, constrói casas, arruma (ou destrói) relacionamentos e acompanha o dia a dia de seus controlados — ou simplesmente deixa o caos acontecer.
Com essa fórmula simples, que nada mais é do que a vida como ela é, a EA, produtora do jogo, vendeu mais de 200 milhões de cópias, traduziu as histórias para 22 idiomas e transformou a franquia em uma das mais vendidas de todos os tempos, ultrapassando os US$ 5 bilhões em receita.
🎮 Queridinho de várias gerações. Vale destacar que The Sims nunca foi só um jogo, mas um verdadeiro experimento social. Afinal, quem nunca tentou recriar sua casa, transformar a vizinhança em um reality show ou prender um Sim no banheiro só para ver o que acontecia? Tudo isso só para… ver o que acontecia.
E mesmo depois de 25 anos de todos esses experimentos, o simulador de vida top #1 do mundo segue mais forte do que nunca.
Só em 2024, The Sims 4 atraiu 15 milhões de novos jogadores, chegando a um total de 85 milhões de players ativos – uma década depois do lançamento.
Nas cidades americanas, traffic is in the sky
| Sociedade
(HBO)
Se as hélices que cortam as nuvens da Faria Lima já dão o que falar, imagine o que acontece nos céus americanos, especialmente sobre as grandes cidades. Milionário sai de helicóptero, bilionário pousa de jato e assim por diante.
Mas agora, com a chegada de drones, foguetes privados e táxis aéreos, a movimentação lá em cima está flertando com o pesadelo de todo piloto (e não importa o modal) – o conceito platônico de trânsito absoluto.
Nos EUA, essa congestão só piora, sem nenhum sinal de alívio. Ou melhor, para não ser injusto, há uma luz no fim da pista: a possível reformulação da infraestrutura de segurança aérea.
💥 O estopim para a discussão. Como você, leitor atento do Espresso, já sabe, na semana passada uma colisão trágica entre um avião comercial e um Black Hawk em Washington colocou toda a indústria da aviação sob os holofotes.
E, com uma das causas apontando para o aumento de veículos disputando espaço nos céus, a pressão sobre o setor e as regulamentações cresceu de maneira ampla, geral e irrestrita.
🧐 Tell me more. Nos próximos dez anos, o tráfego aéreo vai ficar ainda mais intenso, e os controladores terão que gerenciar não só aviões de passageiros e aeronaves militares, mas também novas formas de transporte.
Táxi aéreo na pista. As empresas Joby e Archer querem revolucionar o transporte urbano com pequenas aeronaves elétricas que decolam e pousam na vertical. Se tudo seguir o planejado, milhares desses veículos estarão no ar nos próximos anos.
Corrida espacial a todo vapor. Só no último ano, foram 259 lançamentos de foguetes, muitos obrigando aviões comerciais a mudarem de rota. Caso dependa da SpaceX, esse número pode saltar para mil por ano, impulsionado pela expansão da rede Starlink.
Drones em ritmo recorde. Cada vez mais acessíveis e menos regulamentados, eles já somam 1,1 milhão nos EUA, entre comerciais e privados – e esse número só tende a crescer.
⚠️ E agora, José? Estatisticamente, voar ainda é o transporte mais seguro, mas um único acidente pode gerar caos e comprometer a confiança do público. E com cada vez mais aeronaves, drones e foguetes dividindo o espaço, o risco só cresce.
Nos EUA, o controle aéreo já opera no limite. Com 14 mil controladores para administrar 5 mil aeroportos, a gestão do tráfego nos céus se tornou um quebra-cabeça diário — e, sem mudanças, pode ser apenas uma questão de tempo até a peça errada cair.
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(Giphy)
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