Edição 160

Enquanto uns choram, outros vendem lenços

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟡 Tour das manchetes;

🔴 Ó abre alas, que eu quero passear ✈️;

🟢 Enquanto uns choram, outros vendem lençosnão é mesmo, Instagram?;

🟣 O SAC das medalhas olímpicas de 2024 ainda está funcionando — e a todo vapor.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Eu não falhei. Só descobri 10 mil maneiras que não funcionam. - Thomas Edison

Tour das manchetes

💵 Diferente. Os vereadores de Goiatins, no norte de Tocantins, decidiram reduzir os próprios salários de R$ 9,5 mil para R$ 8 mil e abrir mão dos benefícios. Eles também renunciaram ao recebimento de 13º salário e férias remuneradas.

🧱 Ninguém entra. Em mais um movimento contra a imigração, o governo Trump barrou a entrada de refugiados já autorizados pela gestão Biden nos EUA. Mesmo depois de passarem por um processo rigoroso, a chegada foi cancelada por ordem executiva do novo presidente.

🛑 Mensagem dada. Trump anunciou que planeja impor novas sanções à Rússia caso o Kremlin não encerre a guerra na Ucrânia. Em sua rede social, chamou o conflito de "ridículo" e afirmou que, apesar de manter "boa relação" com Putin, não hesitará em aumentar tarifas e penalizar Moscou.

🛖 Preparação. Autoridades do México começaram a construir abrigos em Ciudad Juarez, na fronteira com os EUA, para se preparar para um possível fluxo vindo após as deportações em massa prometidas pelo novo líder americano. Os abrigos terão capacidade para abrigar milhares de pessoas e devem ficar prontos em questão de dias.

🚪 Afuera. Milei disse que, se preciso, a Argentina deixaria o Mercosul para fechar um acordo comercial com os Estados Unidos. Mas deixou claro que prefere negociar com os americanos sem ter que abandonar o bloco regional.

🤦 40 quilômetros depois. Duas meninas, de 6 e 10 anos, foram esquecidas pelo pai em um posto de combustíveis na BR-259, no Espírito Santo, na noite de ontem. O homem seguiu viagem sem perceber que as filhas, que tinham ido ao banheiro, não voltaram para o carro após ele ter abastecido o veículo.

Ó abre alas, que eu quero passear ✈️

| Mundo

(Reprodução)

Depois de alguns anos turbulentos por conta da viagem da COVID pelo mundo, o setor de turismo está finalmente voltando à normalidade.

  • Em 2024, mais de 1,4 bilhão de pessoas cruzaram as fronteiras de seus países, o que representa um patamar bem próximo ao que era visto no período pré-pandemia. 

🧐 Por que é relevante? A atividade turística mundial gerou nada menos que US$ 1,9 trilhão no ano passado, um crescimento de 11% quando comparado a 2023.

Se levarmos em conta que o PIB global bateu os US$ 110 trilhões, estamos falando de um impacto de 1,7% só com o barulho das rodinhas subindo ladeiras e as selfies clichês em monumentos seculares.

Paris é sempre uma ideia. Caso você tenha imaginado que a Nova York de Sinatra ou Londres de King Charles lideraram como os destinos mais procurados, é melhor repensar.

Afinal, a queridinha dos turistas foi a França, que recebeu 100 milhões de viajantes, com grandes eventos como os Jogos Olímpicos, a reabertura da Notre-Dame e as comemorações dos 80 anos do Dia D.

Logo atrás, a Espanha conquistou a segunda posição, com 98 milhões de visitantes encantados por Madri, Barcelona e afins.

🖼️ Big picture. Falando em números globais, a Europa ficou no topo, com 747 milhões de turistas. Na Ásia e Pacífico, foram 316 milhões, enquanto as Américas receberam 213 milhões. O Oriente Médio e a África fecharam com 95 milhões e 74 milhões, respectivamente.

  • Destinos menores também surpreenderam. O Catar, por exemplo, registrou um crescimento de 137%, graças a investimentos pesados em infraestrutura, como na Qatar Airways, eleita a melhor companhia aérea do mundo.

🤳 Nem tudo são flores — ou selfies. A retomada do turismo trouxe desafios, e o overtourism virou o termo do ano em lugares como Barcelona e Veneza. Com o fluxo de visitantes fora de controle, essas cidades adotaram medidas drásticas, como taxas de entrada, proibição de grandes grupos e até "semáforos" para controlar a lotação.

Enquanto uns choram, outros vendem lenços  não é mesmo, Instagram?

| Negócios

(Axios)

It's not personal. It's strictly business. Como você já leu por aqui algumas vezes, o TikTok está passando por uma fase turbulenta nos EUA e segue fora das lojas de apps por lá.

  • A plataforma foi banida do país por conta de preocupações com a segurança nacional — mas voltou a funcionar depois de um decreto de Donald Trump.

Mesmo assim, o TTK ainda está vivendo dias difíceis, muito por conta da lei americana que exige que os chineses vendam a operação na terra do Tio Sam — e, olha só, até o MrBeast tá de olho nessa história.

Enquanto isso, o Zuck, que gosta pouco de aparecer, rs, tá se mexendo nos bastidores e marcando uns dates com os criadores de conteúdo da rede das dancinhas. 😉

💸 A proposta está na mesa. A Meta, empresa do bilionário tech, está oferecendo bônus generosos, entre US$ 10 mil e US$ 50 mil por mês, para quem publicar vídeos curtos exclusivamente como Reels antes de postá-los em qualquer outra rede.

Zuck, no estilo sutil, sussurra no ouvido dos influenciadores do TikTok que a preferência pelo Instagram pode valer um bom cascalho a cada 30 dias.

E tem mais. A controladora do Facebook confirmou que o programa Breakthrough Bonus está no ar, com até US$ 5 mil em três meses para criadores do TikTok que embarcarem em suas plataformas.

👎 O plano é bonito no papel, mas não passa ileso às críticas. Acontece que muitos criadores ainda têm dúvidas sobre o modelo da Meta.

  • Vale lembrar que, em 2021, Zuck lançou um programa de bônus para Reels que foi encerrado em pouco mais de um ano, depois de muitas reclamações de cortes nos pagamentos.

Além disso, o contexto político pesa. Influencers têm se mostrado insatisfeitos com as mudanças da Meta, incluindo reversões na checagem de fatos e ajustes que parecem ter sido feitos para agradar o novo governo.

O SAC das medalhas olímpicas de 2024 ainda está funcionando e a todo vapor

| Esportes

Gostinho de ferrugem (e não é o cantor). Ao que tudo indica, os campeões olímpicos do ano passado estão enfrentando uma surpresa nada agradável ao tirar suas medalhas do armário para mostrar aos amigos e familiares.

  • Em muitos casos, o que antes reluzia como ouro, prata ou bronze está ganhando um tom — nada glamouroso — de marrom oxidado.

Nas últimas semanas, alguns medalhistas compartilharam fotos nas redes sociais mostrando suas conquistas enferrujadas, parecendo mais com bicicletas esquecidas sob o sol e a chuva do que com honrarias do maior evento do esporte mundial.

🫵 Dedo nele. Como é natural das pessoas quererem achar um culpado, o primeiro a ser apontado como tal foi Bernard Arnault, o grande magnata da moda francesa e dono da LVMH.

Isso porque o grupo que controla marcas famosas como Hennessy e Louis Vuitton está no centro da polêmica, já que a baixa qualidade das medalhas estaria ligada ao projeto feito por sua empresa de joias, a Chaumet.

Com esse cenário montado, o fiasco olímpico, por assim dizer, virou uma dor de cabeça para a LVMH, que investiu US$ 163 milhões nos Jogos de Paris como parte de sua entrada no mundo dos patrocínios esportivos de elite. 

“Eu não, ele sim". Apesar de muitos apontarem que a holding símbolo de status estaria com a famosa mancha de beijo na cueca, os Arnaults alegaram que a Chaumet, como falei, apenas projetou as medalhas, sem se envolver na fabricação.

Assim, os olhos se viraram para a centenária casa da moeda francesa que as fabricou, a Monnaie de Paris, que atribuiu a deterioração a uma mudança na fórmula do verniz, uma medida tomada para cumprir com a regulamentação da União Europeia que proíbe o uso do tradicional antiferrugem.

🏅 Zoom out. No fim, mais de 100 atletas pediram substituições, segundo o NYT. O Comitê Olímpico Internacional, por sua vez, reconheceu os problemas e garantiu que as medalhas serão trocadas.

  • Resumindo a história: o pessoal correu, nadou, ganhou, mas perdeu o brilho que fica no peito – literalmente.

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