Edição 155

Uma nova página nos livros de História

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

  1. Tour das manchetes;

  2. Para Israel e Hamas, amanhã há de ser um outro dia;

  3. Não é só o seu contatinho que está dando um “ghosting” em você;

  4. Pelo que parece, os americanos estão desmotivados no trabalho.

Tour das manchetes

🔙 Um passo atrás. A Receita Federal anunciou que o governo vai revogar a norma que aumentava o controle sobre as operações financeiras dos brasileiros. Vale lembrar que a medida gerou grande repercussão e uma onda de desinformação nas redes sociais.

🔫 Preparação em dia. As Forças Armadas planejam seu maior exercício militar de 2025 próximo à fronteira com a Venezuela. Um dos objetivos da ação é justamente treinar suas tropas para o caso de haver uma nova escalada de tensão com o regime de Nicolás Maduro.

🚔 No xadrez. O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso na manhã desta quarta como parte de uma investigação sobre suposta insurreição. Enquanto estiver sob custódia, Yoon deve ser mantido em uma cela solitária no Centro de Detenção de Seul.

📉 Desinflação hermana. A inflação na Argentina foi de 117,8% no ano passado, uma queda em relação aos 211,4% de 2023. Em dezembro, os preços subiram 2,7%, marcando o terceiro mês seguido abaixo de 3%.

💸 A bola não entra por acaso. Cristiano Ronaldo está próximo de renovar seu contrato com Al-Nassr em um acordo chamado de “Contrato do Século”, segundo o Marca. A proposta inclui 5% de participação no clube e 183 milhões de euros anuais (R$ 1,1 bilhão).

🎬 Brasil no mundo. O filme brasileiro "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, foi indicado para a categoria de Melhor Filme em Língua Não Inglesa no BAFTA 2025. O prêmio é o principal de cinema no Reino Unido, chamado de "Oscar britânico".

Para Israel e Hamas, amanhã há de ser um outro dia

| Mundo

Sinal de paz. Depois de semanas de negociações intensas mediadas pelos EUA, Catar e Egito, finalmente teremos um desfecho para o conflito em Gaza, que já dura 1 ano, 3 meses e 8 dias de muitas mortes, bombardeios e sofrimento.

  • Isso porque, segundo fontes americanas, Israel e Hamas fecharam um acordo de cessar-fogo e troca de reféns.

🕊️ Step by step. Ao que tudo indica, o plano de resolução entre os países começará a ser executado já neste fim de semana, nos últimos dias da presidência de Joe Biden, considerado o grande mediador das conversas.

Afinal, é do interesse do atual POTUS resolver a situação o quanto antes, não apenas para deixar seu nome na história, mas também para evitar que a situação se agrave com a nova política externa da administração Trump, que se inicia na próxima segunda.

👣 Espresso, entendi tudinho. Mas como vai ser esse acordo? Vamos lá, de forma simples e direta:

(1) Primeiro, o Hamas vai liberar 33 reféns — mulheres, crianças e pessoas acima de 50 anos. Em troca, Israel soltará 30 prisioneiros palestinos dentro dos mesmos critérios.

Vale ressaltar que, durante os 42 dias desse cessar-fogo inicial, a ajuda humanitária será retomada, com organizações internacionais iniciando a reconstrução de Gaza e restabelecendo serviços essenciais como água e eletricidade.

(2) Depois, Israel vai retirar suas tropas da região, e o Hamas libertará todos os reféns homens israelenses;

(3) Por último, teremos a troca dos corpos de reféns e prisioneiros falecidos, além do início das negociações para reabrir as fronteiras de Gaza, marcando o primeiro passo para a retomada da vida normal na região.

👨‍👩‍👧 E o que está em jogo? Vidas. Explicando… O acordo chega em um momento crítico, com o Hamas ainda mantendo cerca de 100 reféns e Gaza enfrentando uma crise humanitária massiva, com mais de 46 mil mortos e 2,3 milhões de deslocados desde outubro de 2023.

  • Correndo por fora, Trump ameaçou o Hamas na semana passada, prometendo que o grupo terrorista conheceria o inferno caso os reféns não fossem libertados até o dia 20, com ou sem acordo.

Não é só o seu contatinho que está dando um “ghosting” em você

| Carreira

(Harvard Business Review)

Como se não bastasse ser ignorado solenemente pelo seu crush no Instagram ou no WhatsApp, agora o ghosting te acompanha até na busca por emprego.

Espresso, o que você está falando? Bom, caso não saiba, ghosting é aquele famoso “sumiço” que ficou popular com os Tinders da vida — quando alguém desaparece sem dar explicações, cortando qualquer forma de comunicação.

👻 Zoom in. Hoje, os ghost jobs (ou vagas fantasmas) estão por toda parte, transformando a busca por emprego em uma jornada cheia de frustração. Você aplica, espera, e... nada.

Para se ter uma ideia, entre 18% e 22% das vagas publicadas no último ano nunca foram preenchidas.

E não para por aí. Cerca de 70% das empresas já confessaram publicar pelo menos uma vaga “fantasma”, deixando milhares de profissionais esperando por uma resposta que nunca chega.

🧐 Mas por que as marcas — muitas delas de prestígio — fazem isso? Bem, algumas publicam vagas para parecer que estão crescendo. Outras ficam sonhando com o “candidato perfeito” ou apenas cumprem regras legais de divulgação, mesmo quando já têm alguém interno para a posição. 

  • E ainda há aquelas que, por pura bagunça, deixam as vagas no ar mesmo depois de preenchidas.

See the forest, not just the trees. Apesar dos pesares, plataformas como LinkedIn e Indeed estão criando ferramentas para verificar a validade das vagas, mas a solução definitiva ainda parece um pouco distante.

Pelo que parece, os americanos estão desmotivados no trabalho

| Negócios

(NBC News)

Se o desânimo bateu por aí, saiba que você não está sozinho. Nos EUA, o engajamento no trabalhoaquele mix de entusiasmo e conexão com o ofício — despencou para o nível mais baixo em 10 anos.

Isso porque 2024 foi um ano complicado para os CLTs americanos. 

A desaceleração nas contratações deixou muita gente presa a empregos que não ama, enquanto outros enfrentaram o retorno forçado ao escritório ou se sentiram sobrecarregados por reestruturações internas.

🙏🙄 “Aqui você não é apenas um número”. Segundo pesquisas, quando as pessoas têm funções claras, sentem que alguém se importa com elas e estão conectadas à missão da empresa, a produtividade tende a aumentar. Mas, contudo, porém, entretanto, esse não é cenário americano:

  • 46% dos funcionários sabem o que é esperado deles no trabalho — 10 pontos percentuais a menos quando comparado a março de 2020.

  • Além disso, 39% sentem que alguém realmente se importa com eles como pessoa no ambiente corporativo — contra 47% antes da pandemia. 

Ah, Espresso, e o incentivo ao crescimento profissional? Bom, posso te dizer que apenas 30% dos trabalhadores afirmam receber esse tipo de suporte. Mamma mia 🤌

🔎 Zoom out. O engajamento no trabalho viveu seu auge entre 2010 e 2020, com líderes mais atentos à cultura das empresas.

Mas agora, com juros altos e mercados em crise, as estratégias para cuidar do bem-estar dos funcionários ficaram em segundo plano.

No meio de tantos ajustes e cortes, o entusiasmo virou algo raro — quase um luxo. E a sensação que fica é que tá todo mundo desmotivado.

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That’s all, folks!

De segunda a sexta, no final da tarde, separamos as principais manchetes e uma seleção das informações mais relevantes do Brasil e do mundo. Em poucas palavras, enviamos o essencial, sem rodeios.