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Edição 153

Fora da área de cobertura
No Espresso de hoje, você vai ver:
Tour das manchetes;
Incêndios em Los Angeles já queimaram uma área maior que muitas capitais europeias;
China emplaca superávit anual nunca antes visto na história;
Meta e Amazon estão desidratando seus setores de diversidade e inclusão.
Tour das manchetes
🔇 No silencioso. Lula sancionou, sem vetos, o projeto que limita o uso de celulares nas escolas públicas e privadas de todo o país. A nova lei proíbe o uso dos smartphones durante a aula, mas também no recreio ou nos intervalos entre os cursos.
💸 A verdade sobre o seu PIX. A Receita Federal esclareceu que o novo modelo de fiscalização das transações financeiras não tem por objetivo autuar os pequenos empresários do país. O foco está em identificar inconsistências em movimentações superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. Além disso, a taxação do PIX, como sugerido em muitas redes sociais, não vai acontecer.
✍️ O mil tá em falta. O Enem teve o menor número de alunos com nota máxima na redação dos últimos dez anos. Segundo o Ministério da Educação, apenas 12 alunos chegaram à nota máxima.
🔫 Só pra tropa, tropa, tropa do… Após tomar posse para seu terceiro mandato, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país, junto com Cuba e Nicarágua, se prepara para se defender com armas, se necessário. Em discurso no Festival Mundial Antifascista, Maduro ressaltou a importância de combater o "fascismo" pacificamente, mas também com a luta armada, se for o caso.
🤝 De olho nessa dupla. Putin e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, vão se encontrar na Rússia para assinar um "pacto de parceria estratégica". Segundo o Kremlin, eles discutirão maneiras de fortalecer os laços entre Moscou e Teerã, incluindo áreas como comércio, investimentos, transporte, logística e cooperação humanitária.
👖 Novo dress code. O Congresso peruano proibiu o uso de minissaias, alegando que roupas "inadequadas" no trabalho configuram uma infração grave passível de sanção. Autoridades do Palácio Legislativo esclareceram, em uma declaração, o "traje permitido" para os funcionários durante o verão.
Incêndios em Los Angeles já queimaram uma área maior que muitas capitais europeias
| Mundo

(USNews)
🔥 Cidade dos Anjos em chamas. Os incêndios florestais em Los Angeles seguem avançando e já deixaram pelo menos 24 mortos, dezenas de desaparecidos e obrigaram mais 105 mil pessoas a evacuarem suas casas
Até agora, as chamas consumiram 156 km², atingindo bairros famosos como Palisades, Eaton e Hurst.
Dimensionando: o tanto de terreno queimado equivale a 22 mil campos do Maracanã e é 52% maior que a cidade de Paris.
💨 Cenas dos próximos capítulos. Para a tristeza de todos, os ventos de Santa Ana, famosos por espalhar incêndios, devem ganhar força nos próximos dias, complicando ainda mais o trabalho das equipes que lutam contra as chamas.
Isso agrava, em especial, a situação em Palisades, a área mais afetada pelo fogo, conhecida por abrigar os lares de personalidades como Tom Hanks e Steven Spielberg.
Por lá, mais de 5 mil casas já foram destruídas, e apenas 11% das chamas foram controladas até agora.
Para se ter uma ideia, se somarmos os prejuízos do bairro com Eaton, uma região próxima, o impacto econômico do incêndio pode ultrapassar os US$ 150 bilhões, tornando este o mais destrutivo da história da Califórnia e o mais caro já registrado nos Estados Unidos.
Espresso, por que tudo isso importa? Se o cenário que eu descrevi ainda não parece alarmante, basta lembrar que o oeste dos EUA enfrenta cada vez mais dias de condições climáticas extremas. Quinze dos 20 maiores incêndios florestais da Califórnia aconteceram na última década.
🌎 Tratando de LA, pensando no mundo. Relatórios da ONU sobre o meio ambiente mostram que teremos um aumento global de incêndios extremos de 14% até 2030, 30% até 2050 e 50% até o final do século.
Ou seja, estamos diante de um cenário em que eventos mais intensos e frequentes se tornarão a norma, afetando desde florestas boreais no Ártico até áreas urbanas densamente povoadas.
China emplaca superávit anual nunca antes visto na história
| Economia

(Agência Brasil)
Trillion club. Pela primeira vez, um país fechou um ano arrecadando quase US$ 1 trilhão a mais do que gastou.
Isso porque a China se consolidou como o maior exportador de todos os tempos, com vendas anuais de US$ 3,58 tri, enquanto importou apenas US$ 2,59 tri.
Vale destacar que as vendas para fora do gigante asiático aumentaram — e muito — no chamado sul global de economias em desenvolvimento não ocidentais. Esse movimento, inclusive, gerou reações, com vários países, ao ver o avanço chinês, decidindo impor tarifas para proteger suas indústrias.
🚘 Mas, meu querido Espresso, o que a China tanto vendeu em 2024? Em linhas gerais, meu caro leitor, estamos falando de produtos manufaturados como têxteis, eletrônicos e, claro, painéis solares e veículos elétricos.
Para você ter uma ideia, só no ano passado, o Brasil comprou cerca de US$ 52,9 bilhões da China, que é o nosso maior parceiro comercial, respondendo por cerca de 23,9% das nossas importações totais.
🪙 O outro lado da moeda. As vendas ao exterior são um dos poucos pontos positivos na performance da segunda maior economia do mundo, que cresce lentamente, afetada pelo baixo consumo interno e pela grave crise no setor imobiliário endividado.
Mas, contudo, porém, entretanto, mesmo com esse boom nas exportações, as negociações chinesas ao redor do mundo estão ameaçadas pelo retorno de Trump à cadeira de POTUS, que já prometeu aumentar em 10% todas as tarifas sobre os produtos e serviços made in China.
Segundo o NYT, o superávit comercial da China no ano passado superou em muito qualquer outro no mundo no século passado, incluindo os de potências exportadoras como Alemanha, Japão e EUA. Basta observar que as fábricas chinesas hoje dominam a manufatura global em uma escala inédita, comparável apenas aos EUA no pós-2ª Guerra.
Meta e Amazon estão desidratando seus setores de diversidade e inclusão
| Negócios

(Axios)
Duas gigantes da tecnologia mundial, Meta e Amazon, anunciaram cortes significativos em suas iniciativas de DEI — diversidade, equidade e inclusão.
Depois que se tornaram públicas, muitos analistas afirmaram que as decisões estão alinhadas à agenda conservadora de Trump, contrastando com as medidas adotadas anos atrás na esteira dos protestos contra os assassinatos de George Floyd e outros negros norte-americanos pela polícia.
👥 O que muda. A empresa de Zuck decidiu cortar a prioridade na contratação de profissionais de grupos sub-representados e também parou de buscar fornecedores mais diversos.
Já a Amazon tomou uma medida semelhante, encerrando programas considerados "obsoletos" e botando um ponto final nas suas iniciativas de diversidade, dizendo que já cumpriu o que tinha que ser feito.
O site da gigante do e-commerce, inclusive, deu uma enxugada nas seções sobre equidade para negros e direitos LGBTQ+. Agora, tudo isso está resumido em um parágrafo mais discreto, bem lá no fundo do site.
👔 Por que isso importa? Essas decisões das big corps são um reflexo de uma tendência maior no mercado, e isso pode acabar influenciando empresas menores a seguir o mesmo caminho.
Nos EUA, as mudanças são parte das transformações políticas e corporativas em curso. Vale lembrar que Trump, que critica abertamente as ações de inclusão, prometeu eliminar políticas do gênero no governo federal.
E mais: aliados do novo POTUS, para justificar o posicionamento contra essas iniciativas, afirmam que elas são responsáveis por discriminar trabalhadores brancos – sim, você leu certo.
Zoom out. Esses movimentos seguem uma onda maior de outras grandes empresas, como Walmart, McDonald´s, Ford e Boeing, que também cortaram seus programas e times de DEI nos últimos meses.
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