Edição 132

Personalidade do ano

No Espresso de hoje, você vai ver:
1. E o prêmio de “Pessoa do Ano” vai para…;
2. O que tá rolando por aqui;
3. A Copa de 2034 já tem sede — e está enfrentando mais controvérsias do que nunca;
4. Americanos estão, cada vez mais, arrastando pra cima em busca de notícias.

Tour das manchetes

🏥 Estado do presidente. A equipe médica de Lula disse que o presidente está bem e "superestável" após a realização de procedimento para evitar um novo sangramento na cabeça. A previsão de alta está mantida para o início da semana que vem, na segunda ou terça.

☑️ Direto de Brasília. O Senado aprovou o texto-base do maior e mais importante projeto de regulamentação da Reforma Tributária. Os senadores ainda vão analisar propostas de alteração antes de a votação ser encerrada. Em seguida, o projeto volta para análise dos deputados e, depois, segue para sanção presidencial — o que deve ocorrer ainda em 2024.

🤝 Águas passadas? Donald Trump afirmou que começará a perdoar "na primeira hora" de seu governo seus apoiadores que invadiram o Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. A promessa foi feita durante entrevista à revista norte-americana Time. Trump toma posse em 20 de janeiro de 2025.

🏖️ Escala 4×3. Tóquio se prepara para introduzir uma semana de trabalho de quatro dias para funcionários do governo. A iniciativa é uma nova tentativa de ajudar mães trabalhadoras e aumentar as baixas taxas de fertilidade.

🤖 Cada vez mais humano. O Google apresentou a nova versão de sua inteligência artificial, o Gemini 2.0. Entre os destaques, está a criação de múltiplos formatos de dados, como texto, código, áudio e imagens, aprimorando capacidades que demandam entendimento avançado do mundo real.

🏞️ Enormes proporções. Um rio artificial colossal está em construção para combater a escassez de água na China. O projeto pretende transferir 44,8 bilhões de metros cúbicos de água doce por ano do sul para o norte até 2050 — mais que o dobro do fluxo do rio Colorado, nos EUA.

E o prêmio de “Pessoa do Ano” vai para…

| Mundo

(Time)

Ele mesmo, que gosta pouco de aparecer. Donald Trump, que além de carregar o título de presidente eleito dos EUA, enfrentou uma tentativa de assassinato em um comício na Pensilvânia, em julho, e já promete agitar a ordem mundial em 2025.

  • Trump foi escolhido por “liderar um retorno histórico, impulsionar uma realocação política única em uma geração, redefinir a presidência americana e alterar o papel dos EUA no mundo.”

🔎 Lupa no prêmio. O magnata e novo POTUS foi reconhecido pela Time por sua vitória eleitoral histórica, marcada por uma reviravolta política e pela conquista inédita do voto popular, pintando de vermelho todos os estados decisivos na terra do Tio Sam.

Zoom in. Há 97 anos, a Time escolhe quem mais influenciou o mundo — para o bem ou para o mal.

  • Trump, que já havia recebido o título em 2016, superou as concorrências da atual VP americana, Kamala Harris, do bilionário Elon Musk e do podcaster Joe Rogan.

Desde Franklin D. Roosevelt, todos os presidentes dos EUA — exceto Gerald Ford — foram reconhecidos ao menos uma vez, transformando a escolha em um verdadeiro rito de passagem presidencial.

⚠️ Disclaimer. Ser a pessoa do ano não é necessariamente um elogio, mas um reconhecimento do impacto e da relevância alcançados no período.

De Greta Thunberg ao Papa Francisco, o título funciona como um termômetro dos tempos. E, embora controverso, é inegável que Trump moldou os rumos da política americana e global em 2024.

Recordar é viver. Para os que gostam de fatos e dados, no ano passado, a personalidade escolhida pela revista foi a cantora Taylor Swift. Já em 2022, o felizardo foi o presidente ucraniano Volodimir Zelenski.

O que tá rolando por aqui

| Brasil

(InfoMoney)

✂️ Pedófilos na mira. A Câmara dos Deputados aprovou o PL 3976/20, que cria um cadastro público com dados de condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes. Os parlamentares também aprovaram a inclusão de emenda que estabelece castração química para pedófilos.

💵 Teto. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda afirmou que o governo não descarta a possibilidade de editar uma Medida Provisória para limitar o aumento do salário mínimo em 2025 e nos próximos anos. O plano original da área econômica, entretanto, é aprovar um projeto de lei sobre o assunto, que já foi enviado ao Congresso.

💉 Mensagem do Zé Gotinha. O Ministério da Saúde anunciou mudanças na vacinação contra a Covid-19, incluindo o imunizante no Calendário Nacional para gestantes e idosos. As novas orientações, enviadas às secretarias estaduais, também trazem uma vacina inédita no Brasil, além da proteção infantil incorporada em janeiro.

Top of mind. A USP é a 8ª instituição de ensino superior com mais visibilidade do mundo, segundo o ranking elaborado pela consultoria American Caldwell. A universidade coloca o Brasil no top 10 ao lado de países como Estados Unidos, Reino Unido e Arábia Saudita, sendo também a líder na América Latina.

A Copa de 2034 já tem sede  e está enfrentando mais controvérsias do que nunca

| Negócios

(FIFA)

Ontem, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, anunciou que a Arábia Saudita será a sede da Copa do Mundo de 2034, após o país apresentar uma candidatura controversa e sem concorrência.

Espresso, por que isso importa? Bem, porque vai muito além do futebol. Afinal, os sauditas têm investido trilhões de dólares em sua rebranding global tentando mostrar ao mundo que podem oferecer mais do que petróleo e um histórico questionável de direitos humanos.

O plano, que vai muito além da bola, começa por atrair 150 milhões de turistas por ano até 2030, preparando o terreno para o torneio de 2034. Os sauditas apostam que, com esse movimento prévio e entregando a melhor Copa do Mundo já vista, conseguirão consolidar uma nova reputação no cenário global.

📌 Ligando os pontos. A Arábia Saudita está prestes a se tornar o maior mercado de construção do mundo, com a produção da indústria projetada para alcançar US$ 181 bilhões até o fim de 2028.

Só para receber o torneio, o reino planeja construir 11 novos estádios do zero e reformar outros quatro. Entre as novidades, vale destacar a inclusão de uma arena na megacidade Neom. Ela mesmo… a construção futurística de US$ 1 tri no meio do deserto.

Takeaway. Críticos acusam a FIFA — uma entidade já marcada por escândalos de corrupção — de manipular o processo em favor da Arábia Saudita.

  • Para muitos, essa pode ser mais uma ação do governo saudita de uso do esporte para mascarar seu caráter contra os direitos humanos — o fenômeno do sportswashing.

As contratações de Neymar e CR7, a compra do time inglês Newcastle ou o GP de Fórmula 1 no país são outros exemplos recentes.

Americanos estão, cada vez mais, arrastando pra cima em busca de notícias

| Tech

(Axios)

Dá um Goog... TikTok. Diferente do que você pode imaginar, a plataforma de dancinhas — que está longe de se restringir a isso — virou uma grande fonte de informação para muitos americanos.

  • Isso não significa que, cada vez mais, eles estejam seguindo veículos de mídia ou jornalistas renomados. Pelo contrário...

Os nossos amigos dos EUA estão confiando em criadores de conteúdo e influenciadores para consumir notícias, mesmo com o aumento da desinformação nas redes sociais.

📊 Pois bem, vamos aos números. Quase metade dos americanos declarou se informar pelas redes sociais. No TikTok, 52% dos usuários acessam notícias de forma regular, um aumento significativo em relação aos 22% registrados em 2020.

Cerca de 4 em cada 10 yankees, entre 18 e 24 anos, descobrem notícias no app. Outras plataformas, como Instagram, LinkedIn e Twitch, também estão ganhando espaço como arenas de atualização.

📰 A fonte permanece, o que muda é o formato. Criadores de conteúdo no TTK muitas vezes citam matérias da mídia tradicional, então as notícias acabam chegando aos usuários, mesmo sem eles seguirem veículos de imprensa.

Mas, diferente da abordagem convencional, a informação vem embalada com conteúdos mais leves, como esquetes e danças engraçadas. Lembra de algum outro formato assim? Rsrs.

Sempre, é claro, existe um porém. As redes sociais continuam sendo um terreno fértil para a propagação de desinformação e informações falsas, com muitas pessoas recorrendo às notícias locais e tradicionais em tempos de crise.

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