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Edição 124

Sonhar com rei dá leão
No Espresso de hoje, você vai ver:
1. Tour das manchetes;
2. Pelo visto, ser brasileiro no Reino Unido não está nada fácil;
3. Trump ameaça tarifa de 100% aos países do BRICS caso avancem na criação de uma nova moeda;
4. A IA quer ser sua amiga de fé, irmã camarada – e, quem sabe, até mais do que isso.
Tour das manchetes
🏦 Olho no BC. O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, indicou que a instituição pode seguir uma política econômica "mais contracionista", mantendo a taxa básica de juros, a Selic, em um nível alto por um período prolongado.
🌊 Impactos do clima. Um tsunami meteorológico destruiu uma ponte, derrubou muros e árvores, e atingiu casas em Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina, na madrugada desta segunda. O fenômeno foi confirmado pela Defesa Civil do estado, que o classificou como raro e difícil de prever. Por sorte, ninguém ficou ferido.
🦁 Fézinha. O plenário do Senado poderá votar nesta semana a proposta que libera os jogos de azar no Brasil, de acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. O texto, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça em junho, autoriza o funcionamento do bingo, jogo do bicho e cassino no país.
💣 Começou mal. As Forças de Defesa de Israel confirmaram que o grupo xiita libanês Hezbollah disparou dois projéteis em direção ao norte de Israel, o primeiro incidente desse tipo desde que o cessar-fogo entre os dois lados entrou em vigor, em 27 de novembro.
🫵 Ameaça. Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, declarou nesta segunda que os reféns do Hamas devem ser libertados antes de 20 de janeiro, data de sua posse. Caso contrário, ele alertou que haverá sérias consequências.
🛑 Musk vs Altman. Elon Musk solicitou a um tribunal federal que bloqueasse a conversão da OpenAI em uma empresa com fins lucrativos. Ele afirmou que uma "pausa" no avanço da dona do ChatGPT é urgentemente necessária para proteger sua própria startup de IA e o público.
Pelo visto, ser brasileiro no Reino Unido não está nada fácil
| Brasil

(LNG in Northern BC)
Convidados a se retirar. Nos últimos meses, o Reino Unido intensificou a política de deportações, expulsando mais de 600 brasileiros em voos secretos entre agosto e setembro.
Para se ter dimensão, entre os deportados, estavam 109 crianças, muitas delas criadas no UK e já integradas ao sistema escolar britânico.
👋 Mas, afinal, é um movimento voluntário ou forçado? Tudo depende da perspectiva, rs. Quem aceita sair da Terra dos Chás voluntariamente recebe até 3 mil libras (cerca de R$ 22 mil) e passagens aéreas, mas fica proibido de retornar pelos próximos cinco anos.
Entre julho e setembro, 8.308 pessoas saíram do Reino Unido, seja por expulsão ou por retorno "voluntário". O principal destino desse fluxo silencioso foi o Brasil, um detalhe que a Downing Street optou por não destacar.
👀 Os bastidores para você. O governo britânico justifica as deportações como uma economia indispensável, projetando uma redução de £4 bilhões nos custos de imigração ao longo dos próximos dois anos.
Por outro lado, organizações de direitos humanos denunciam a falta de alternativas reais para muitos deportados.
Entre os mais afetados estão mulheres em situação de vulnerabilidade, como vítimas de violência doméstica, que não tiveram acesso ao suporte necessário para regularizar sua permanência no UK.
💬 E o Brasil nessa história? O Itamaraty negou que mais de 600 brasileiros tenham sido deportados do Reino Unido nos últimos meses, afirmando que o programa britânico é um retorno voluntário e está "alinhado" com a assistência consular brasileira.
Ainda assim, mandar centenas de famílias embora sem qualquer aviso público não parece nada diplomático.
Trump ameaça tarifa de 100% aos países do BRICS caso avancem na criação de uma nova moeda
| Mundo

(Tenor)
Donald Trump voltou a agitar o cenário global ao ameaçar tarifas de 100% sobre produtos vindos dos países do BRICS — o que, claro, inclui o Brasil — caso o bloco avance na criação de uma moeda alternativa ao dólar.
A discussão não é nova e tem Lula como um de seus maiores apoiadores. Além disso, vale lembrar que, no próximo ano, com a presidência do BRICS, caberá ao Brasil liderar essas discussões.
Os países do BRICS formam um bloco poderoso, reunindo 46% da população global e um PIB combinado que supera o de muitas economias ocidentais. Entre as potências, estão a China (2ª maior economia mundial), a Índia (7ª), o Brasil (9ª) e a Rússia (11ª) no ranking global.
💵 Espresso, qual a força real do dólar? O dólar domina o comércio mundial, aparecendo em quase 90% das transações internacionais. Isso obriga países a manter reservas da moeda para negociar, mas também os deixa vulneráveis às mudanças no valor do dólar e às decisões econômicas dos Estados Unidos.
Então, os BRICS querem desafiar a dominância americana? Não exatamente. Existem outros fatores, especialmente geopolíticos, que explicam a discussão sobre alternativas ao dólar.
Um exemplo marcante foi a exclusão da Rússia do sistema SWIFT — a rede que conecta bancos globalmente — após a invasão da Ucrânia.
Sem acesso a essa infraestrutura, Moscou precisou buscar outras opções, como transações em yuan, mostrando como a dependência do dólar pode facilmente se transformar em uma ferramenta de pressão econômica.
🔎 Zoom out. Trump considera os planos do BRICS uma ameaça à liderança dos EUA e afirma que tarifas de 100% encareceriam os produtos do bloco nos Estados Unidos, prejudicando as exportações.
Apesar da crescente influência econômica do grupo, especialistas não acreditam que um concorrente ao dólar surgirá tão cedo, especialmente devido a disputas internas entre os países do BRICS, que dificultam o desenvolvimento de uma alternativa.
A IA quer ser sua amiga de fé, irmã camarada – e, quem sabe, até mais do que isso
| Tech

(Replika)
🎵 As três palavras que proferi: amigo, estou aqui. Ao que parece, o criador do colar de IA Friend, Avi Schiffmann, levou a música de Toy Story bem a sério.
O dispositivo, que causou burburinho na internet em agosto e custa US$ 100, é usado no pescoço, sempre te ouvindo e pronto para enviar mensagens ao longo do dia – algo que parece ter saído direto de uma série distópica.
Mas, Espresso, quem compra um aparelho desses? Bem, meu caro, muito gente. Vale lembrar que cerca de 25% da população mundial se sente solitária, e quase metade das pessoas no mundo afirmam não ter um amigo de verdade em quem possam confiar.
🤖 O tal do oceano azul. Apesar de muitas pessoas torcerem o nariz, o mercado de chatbots companheiros não para de crescer.
Startups estão apostando nesse nicho e lançando aplicativos que simulam interações humanas. Muitos desses apps são gratuitos, mas oferecem assinaturas premium que custam entre US$ 6 e US$ 16 por mês, com funções extras, como pedir “selfies” do seu amigo virtual.
Plataformas como Nomi e Replika permitem criar amigos, mentores ou até parceiros românticos personalizados, em uma experiência que lembra The Sims.
Já a Character.AI, que possibilita chamadas com personagens de IA, arrecadou US$ 150 milhões no último ano, mesmo sem receita, antes de seus fundadores e equipe serem contratados pelo Google.
🔥 E, sim, tem quem use para o que você está pensando. Conversas picantes com robôs também estão em alta. Uma pesquisa analisou um milhão de interações no ChatGPT e descobriu que o segundo uso mais popular era o role-playing sexual.
Apps como Candy.ai e EVA exploram essa demanda com chats eróticos, permitindo a criação de amantes virtuais que enviam mensagens provocantes e até nudes gerados por IA (sim, isso é real).
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De segunda a sexta, no final da tarde, separamos as principais manchetes e uma seleção das informações mais relevantes do Brasil e do mundo. Em poucas palavras, enviamos o essencial, sem rodeios.