Edição 116

O Captain! My Captain!

No Espresso de hoje, você vai ver:
1. Tour das manchetes;
2. 1 a cada 3 professores do ensino médio não é formado na disciplina que leciona;
3. Vila italiana está oferecendo casas por US$ 1 para americanos que não querem conviver com Trump;
4. TikTok quer dominar o streaming de séries curtas.

Tour das manchetes

🤝 União Brasil e China. Lula e Xi Jinping assinaram 37 acordos de cooperação em mais de 15 áreas, incluindo agronegócio, educação, tecnologia, investimentos, infraestrutura, energia, mineração, finanças, saúde, cultura, entre outras.

💥 A tensão está no ar. Biden aprovou o envio de minas antipessoal para a Ucrânia, marcando uma mudança significativa na política dos EUA. A decisão ocorreu poucos dias após a permissão para que o governo de Kiev usasse mísseis americanos de longo alcance contra alvos na Rússia.

🔙 Olho vivo em Caracas. O líder da oposição venezuelana, Edmundo González, asilado na Espanha desde setembro, afirmou que pretende voltar à Venezuela no dia 10 de janeiro para assumir a presidência. Ele afirmou que a posse ocorrerá conforme a Constituição, diante dos órgãos legislativos, e mencionou ter uma delegação à sua espera, sem fornecer mais detalhes.

🧐 Acidente ou sabotagem? Autoridades investigam o corte de dois cabos submarinos de internet no Mar Báltico, com líderes europeus suspeitando de sabotagem russa. Por outro lado, os EUA acreditam que o incidente pode ter sido acidental.

🕊️ Da vida não se leva nada. O Papa Francisco decidiu ser enterrado em um simples caixão de madeira, renunciando à tradição de séculos em que os papas são enterrados em três caixões de cipreste, chumbo e carvalho. A decisão foi anunciada em um novo rito formal publicado pelo Vaticano.

🚀 Promissor. Um cientista brasileiro fará uma missão espacial com a NASA entre o final de 2025 e o início de 2026 com o objetivo de estudar a progressão de doenças neurológicas e buscar tratamentos, ou até mesmo a cura, para casos graves do transtorno do espectro autista e do Alzheimer.

1 a cada 3 professores do ensino médio não é formado na disciplina que leciona

| Brasil

(Tumblr)

É o famoso improvisa e vai. No Brasil, dar aulas em uma área fora da formação original se tornou quase rotina.

  • No ensino fundamental II, 41% dos professores não possuem qualificação específica na matéria que ensinam.

Já no ensino médio, o cenário não é muito diferente. Cerca de 32% dos docentes atuam em disciplinas fora de sua especialização, o que afeta – é claro – o aprendizado dos estudantes e reduz a profundidade dos conteúdos.

📚 Mas, Espresso, o que está por trás disso? A resposta está na baixa procura pelos cursos de licenciatura, na alta evasão durante a formação e na falta de atratividade da carreira docente.

  • Cabe ressaltar que muitos professores formados acabam não atuando em sala de aula, o que agrava ainda mais a falta de profissionais qualificados.

Para enfrentar esse desafio, o governo planeja um programa de bolsas acima de R$ 500 para atrair novos professores e estimular a formação continuada de quem já atua na rede pública.

🧑‍🏫A chupeta e a mamadeira. Na educação infantil, a situação também exige atenção. Um a cada cinco professores que trabalham com crianças de 0 a 5 anos não possui diploma superior.

Por mais que o índice ainda seja muito alto, houve redução nos últimos anos. Em 2016, por exemplo, 35,6% dos professores de creches e 33% dos da pré-escola não tinham diploma.

Vila italiana está oferecendo casas por US$ 1 para americanos que não querem conviver com Trump

| Mundo

(Axios)

Uma vila na Itália, mais precisamente na Sardenha, está chamando a atenção ao oferecer casas por preços simbólicos, a partir de US$ 1,06, para americanos que querem deixar os EUA após a reeleição de Donald Trump.

Para atrair novos moradores, o prefeito Francesco Columbu criou o site liveinollolai.com, pensado para atender diretamente às necessidades de relocação pós-eleições dos EUA e oferecer uma nova oportunidade de vida aos americanos — e também outros estrangeiros — em um cenário de tradições e tranquilidade.

🏝️ Mas o que tem de tão especial por lá? Ollolai oferece desde casas que precisam de reformas, começando em 1 euro, até imóveis prontos para morar por 100 mil euros ou mais.

Como se não bastasse, alguns nômades digitais podem até se qualificar para moradias temporárias gratuitas, o que torna o convite ainda mais atrativo. Olho no lance, meu amigo.

Para se ter dimensão, em agosto, as autoridades divulgaram que um programa voltado para nômades digitais, lançado há um ano, já havia atraído 18 mil solicitações. Bem, parece que Ollolai está determinado a se reinventar — e com estilo.

Aos interessados, vale destacar que o site da vila promete dar suporte em cada etapa do processo, desde visitas às propriedades até a contratação de empreiteiros e a temida burocracia italiana.

🔎 Zoom out. A inquietação dos americanos não passou despercebida após a eleição de Trump. Dados do Google revelaram que buscas por "mudar para o Canadá" dispararam 1270% nas 24 horas seguintes ao fechamento das urnas no leste dos EUA, em 5 de novembro.

  • Além disso, a procura por mudanças para a Nova Zelândia e Austrália também teve um salto impressionante, com aumentos de quase 2000% e 820%, respectivamente.

A Reuters informou que o site de imigração da Nova Zelândia recebeu cerca de 25 mil novos usuários dos EUA em 7 de novembro. Para efeito de comparação, no mesmo dia do ano anterior, esse número foi de apenas 1500.

TikTok quer dominar o streaming de séries curtas

| Tech

(The Information)

Vai rivalizar com as produções da Vênus Platinada? O TikTok está planejando trazer séries curtas, com episódios de 1 a 3 minutos, para sua plataforma, com o objetivo de atrair um público mais diverso e manter sua base fiel engajada.

  • A inspiração para esse investimento vem do Douyin, o "irmão" chinês do TikTok. Os minidramas da plataforma já acumulam mais de 1 bilhão de visualizações e 400 minisséries desde 2022, consolidando seu sucesso em audiência e receita.

Agora, a ByteDance, dona do aplicativo das dancinhas, busca expandir esse formato para o resto do mundo, com foco especial nos Estados Unidos.

🪨 Como diria Drummond, tem uma pedra no meio do caminho. Grandes plataformas como Facebook, YouTube e Quibi já tentaram apostar em conteúdos curtos e, de certa forma, premium. Mas, como não são lembradas por isso, dá para entender o sucesso que (não) tiveram.

Espresso, antes de seguir, o que é Quibi? Se o nome não soa familiar, não se preocupe. Quibi foi uma plataforma de streaming lançada em 2020, voltada para vídeos curtos, com episódios de até 10 minutos.

Criada com o apoio de grandes nomes de Hollywood, a ideia era combinar a qualidade do cinema com a praticidade do celular. No entanto, mesmo com o hype inicial e os quase US$ 2 bi levantados, a plataforma fechou em menos de um ano, derrubada por preços altos e pouca conexão com o público.

📱 Voltando ao que importa. Embora outras redes não tenham conseguido avançar no desenvolvimento do formato, o TikTok parece ter encontrado a fórmula ideal.

O plano inclui produção própria, licenciamento de conteúdos de plataformas como ReelShort, que registrou 7 milhões de downloads nos EUA no último ano, e Inkitt, além de parcerias com estúdios de Hollywood.

  • A estratégia segue o modelo do Douyin, oferecendo os primeiros episódios gratuitamente e cobrando pelos demais.

📊 O mercado está pronto? Sem dúvida. Apenas na China, os microdramas movimentaram mais de US$ 5 bilhões no ano passado, com projeções de alcançar US$ 15 bilhões até 2027.

Fora do gigante asiático, relatórios apontam que esse mercado pode superar os US$ 10 bilhões em breve, com os Estados Unidos liderando a demanda.

O que você achou da edição de hoje?

Se quiser, pode explicar o motivo depois de votar.

Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas.

That’s all, folks!

De segunda a sexta, no final da tarde, separamos as principais manchetes e uma seleção das informações mais relevantes do Brasil e do mundo. Em poucas palavras, enviamos o essencial, sem rodeios.