Edição 112

Uma noite trágica na Capital da Esperança

No Espresso de hoje, você vai ver:
1. A repercussão internacional das explosões em Brasília;
2. Florença dá adeus às caixinhas de chave dos prédios da cidade;
3. Famoso jornal britânico se despede do X;
4. O dinheiro fala — mas também precisa ouvir.

Tour das manchetes

💣 Explosões em BSB. A ex-mulher do autor do ataque na Praça dos Três Poderes depôs à Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, revelando que Francisco Wanderley Luiz tinha a intenção de matar o ministro do STF, Alexandre de Moraes.

⚖️ Resposta do Tribunal. A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou para rejeitar um recurso do ex-presidente Fernando Collor, mantendo a pena de oito anos e dez meses de prisão imposta ao político.

🚢 Expansão chinesa. O presidente da China, Xi Jinping, junto à presidente peruana Dina Boluarte, inaugurou o megaporto de Chancay. Localizado a cerca de 80 km de Lima, o projeto bilionário busca transformar a área em um hub logístico estratégico para a América do Sul, facilitando as exportações chinesas e fortalecendo a presença de Pequim na região.

💸 Bolada. A União Europeia multou a Meta em 798 milhões de euros (cerca de R$ 4,8 bilhões) por práticas anticompetitivas no mercado de publicidade online. Segundo a Comissão Europeia, a punição ocorreu porque a holding de Zuckerberg vinculou o Facebook Marketplace à rede social Facebook.

💉 Haja insulina. O número de adultos com diabetes tipo 1 ou tipo 2 no mundo ultrapassou os 800 milhões, um salto impressionante comparado aos 198 milhões registrados em 1990.

🎬 Viva o cinema nacional. O filme "Ainda Estou Aqui", protagonizado por Fernanda Torres e dirigido por Walter Salles, já ultrapassou meio milhão de espectadores nos cinemas brasileiros. Com 588.399 ingressos vendidos, a bilheteria acumula uma arrecadação de R$ 12.382.416.

A repercussão internacional das explosões em Brasília

| Brasil

(Band)

Brasília, 13/11. Na noite de ontem, duas explosões sacudiram o coração político do país, colocando as autoridades em alerta, especialmente com o Brasil prestes a atrair atenção internacional durante a cúpula do G20, no Rio.

A cronologia dos fatos

(1) Por volta das 19h30, um carro explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. No porta-malas, foram encontrados fogos de artifício e tijolos.

(2) Vinte segundos depois, uma nova explosão aconteceu na Praça dos Três Poderes, causando a morte de um homem.

Vale destacar que, momentos antes, ele tentou entrar no STF, mas foi barrado. Persistente, lançou um explosivo sob a marquise, exibiu artefatos presos ao corpo para um vigilante e, numa ação final, deitou-se e detonou um explosivo posicionado na nuca.

Com o ocorrido, as sessões na Câmara e no Senado foram prontamente suspensas. No STF, as atividades já haviam sido encerradas, garantindo a saída segura de ministros e servidores.

De olho no mundo. A repercussão foi imediata na imprensa internacional, e o Espresso destaca os principais desdobramentos para você:

🗽 New York Times_ Chamou o incidente de "bombardeio solitário" perto do STF, destacando a morte de uma pessoa e a visão de parte da direita brasileira que vê o Tribunal como uma ameaça.

🥘 El País_ Enfatizou o "alerta máximo" no centro político do Brasil, relembrando o ataque de 8 de janeiro e o clima tenso em Brasília.

🥐 Le Monde_ Apontou que as explosões "levantam temores de ataque" às instituições, mencionando a ligação do homem morto ao bolsonarismo e a polarização política.

The Guardian_ Ressaltou as "preocupações de segurança" do Brasil com a chegada de líderes globais para o G20.

💃 La Nación_ Informou sobre uma "forte operação" no país, lembrando o ataque de janeiro e o esforço das autoridades em entender as motivações.

🏜️ Al Jazeera_ Destacou a "morte perto do STF" e o contato entre líderes dos três poderes para garantir a segurança no evento.

🥨 Deutsche Welle_ Reportou que "um homem se matou com uma bomba" após tentar entrar no STF, sublinhando o aumento das tensões institucionais com o G20 próximo.

Florença dá adeus às caixinhas de chave dos prédios da cidade

| Mundo

(Florence Daily News)

Visita boa é visita breve? Bem, acho que não para Florença. Depois de Barcelona, Veneza e Lisboa, chegou a vez do berço do Renascimento reavaliar quem acolhe em casa.

  • Isso porque, assim como em outras regiões da Itália e ao redor do mundo, o número de turistas na cidade aumentou drasticamente nos últimos anos.

Para você ter uma ideia, só em 2024, as autoridades informaram que a capital da Toscana — que, convenhamos, não é um lugar grandejá recebeu 7,8 milhões de visitantes.

⚿ E tudo termina em… uma caixinha. Com essa explosão de turistas (e a consequente demanda por aluguéis BBB — bons, bonitos e baratos), muitos moradores estão sendo afetados e, claro, ficam bastante incomodados com a situação.

Alguns, para expressar seu descontentamento, começaram a vandalizar as famosas caixinhas usadas por proprietários de aluguéis de curto prazo para armazenar chaves e facilitar o check-in dos hóspedes.

Por conta desse cenário, a prefeitura está introduzindo restrições, incluindo a proibição dessas caixas e de alto-falantes para guias turísticos — o que, a julgar pelas reclamações dos florentinos, vem se tornando insustentável.

Também serão impostas limitações a veículos atípicos, como os carrinhos de golfe, cada vez mais populares entre guias para transportar turistas em áreas em que o tráfego de carros é restrito.

🔎 Zoom out. As novas medidas buscam transformar a capital da Toscana em uma “cidade viva e única” para visitantes e moradores.

  • O objetivo, pelo que foi noticiado pela imprensa italiana, é preservar a qualidade de vida e a identidade local, cada vez mais ameaçadas pela pressão do turismo intenso.

Afinal, Florença tem lidado com incidentes de mau comportamento de turistas recentemente. Neste verão, por exemplo, uma visitante foi flagrada simulando um ato sexual na estátua de Baco.

Em janeiro, a diretora do museu Galleria dell’Accademia, fez uma crítica contundente, afirmando que a cidade se tornou uma "prostituta" ao ceder ao turismo em excesso: “uma vez que uma cidade se torna prostituta, é difícil voltar a ser virgem.”

Famoso jornal britânico se despede do X

| Mídia

(Variety)

Vamos sair dessa plataforma tóxica. Com essa declaração, o The Guardian reconhecido por seu jornalismo investigativo  anunciou que não publicará mais notícias no X.

  • A decisão do veículo britânico parece estar ligada à onda de desinformação propagada pela plataforma e, especialmente, ao impacto dela nas eleições americanas, em que o jornal apontou uma clara influência na vitória republicana.

🚪 A porta da rua é a serventia do… usuário. Segundo o editorial do Guardian, os benefícios de estar no X foram superados por problemas como discursos extremistas, teorias da conspiração e a falta de controle sobre o conteúdo promovido.

E como o veículo é financiado diretamente por seus leitores, não depende de algoritmos para viralizar conteúdos – a prioridade agora é que o público acesse o site diretamente. It's also about the audience.

Próximos passos. O jornal inglês gerencia mais de 80 contas no X, somando cerca de 27 milhões de seguidores. Agora, com a decisão, esses usuários vão deixar de receber o conteúdo direto no feed da plataforma.

No entanto, os repórteres ainda poderão usar suas contas pessoais para compartilhar matérias e fazer coberturas, e o próprio The Guardian poderá incorporar postagens da rede em notícias no site.

🌎 Lá e cá. No Brasil, a Folha de S. Paulo tomou uma medida semelhante e pausou as postagens no Facebook de 2018 a 2021, alegando que o algoritmo da plataforma priorizava conteúdo sensacionalista e discursos de ódio.

O dinheiro fala — mas também precisa ouvir

| Patrocinado por Beon ESG  Direto da COP29

(Nexo Jornal)

A COP29, conhecida como COP das Finanças, vem com uma missão de fazer com que o dinheiro finalmente escute.

  • De um lado, há o chamado da natureza e das comunidades tradicionais; do outro, a voz da sociedade civil e da ciência.

O evento carrega o objetivo ambicioso de firmar um acordo global para captar recursos que ajudem os países em desenvolvimento a enfrentar as mudanças climáticas, alinhado às metas do Acordo de Paris.

Considerando isso, é fundamental que as nações mais ricas ampliem o apoio aos mais vulneráveis e que o setor privado mobilize capital em uma escala inédita.

Hoje, a ajuda anual dos big guys está em torno de US$100 bilhões, mas as necessidades já apontam para cerca de US$1 trilhão.

📈 E como a Faria Lima pode ajudar? Bem, é essencial que as empresas do condado integrem os riscos socioambientais em suas estratégias de negócio.

  • Em um mundo moldado pelas mudanças climáticas, o crescimento sustentável depende de uma gestão comprometida com os impactos ambientais e sociais.

Direto da COP29

No painel da CNI sobre finanças sustentáveis, especialistas destacaram como o setor financeiro pode liderar iniciativas, desde a recuperação de áreas degradadas até a criação de infraestruturas resilientes, posicionando o Brasil como protagonista na agenda climática.

Entretanto, para que essa transformação ocorra, o diálogo precisa se ampliar e incluir ainda mais vozes.

Governos, por exemplo, também devem buscar formas inovadoras de financiamento que unam preservação das florestas e desenvolvimento social.

  • Nesse sentido, o Tocantins deu um passo relevante ao submeter seu sistema REDD+ ao padrão ART TREES, esperando gerar até R$ 2,5 bilhões em créditos de carbono até 2030.

Bottom-line. A COP29 não pretende apenas discutir finanças. Ela quer que o dinheiro ouça e responda aos que têm muito a ensinar, construindo um futuro em que a sustentabilidade e economia caminhem juntas.

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