Edição 261 - 12/06/2025

“Personagens, uni-vos!”

Como se fossem super-heróis, dois gigantes do cinema decidiram deixar a rivalidade de lado para se unirem contra um inimigo em comum. Nessa história que vamos te contar na edição de hoje, o vilão só tem duas letras: IA.

⚠️ Um rápido lembrete…

| Programa de indicação

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Desde a Segunda Guerra que a Alemanha não se arma tanto assim;

🟡 STF decide que redes sociais são responsáveis por conteúdos ilegais;

🔴 Os gadgets do futuro vão disputar o seu olhar;

🔵 Hollywood decidiu se unir contra um inimigo em comum;

🟣 Agora é oficial: o governo mudou as regras do IOF.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo - Martin Luther King

Desde a Segunda Guerra que a Alemanha não se arma tanto assim

| Mundo

🪖 Os tempos mudaram: Depois de décadas passando bem longe de grandes investimentos militares no pós-Segunda Guerra, a Alemanha decidiu abrir o cofre para montar um exército poderoso — e assustador.

• A mudança começou em 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia. Desde então, o governo alemão passou a gastar pesado com armas, tanques e tecnologia militar.

⚔️ O grande objetivo: A ideia é ter mesmo a maior força militar de toda a Europa e, para isso, os alemães estão dispostos a aprovar um orçamento que pode chegar a mais de 200 bilhões de euros por ano.

• Como se não bastasse, os gastos com defesa devem chegar a 3,5% do PIB alemão já neste ano — hoje em dia, a porcentagem máxima é de 2%.

Um exemplo dessa nova fase é a criação de uma brigada permanente na Lituânia, com 5 mil soldados. Essa vai ser a primeira vez que a Alemanha mantém tropas fixas fora do país desde a década de 1940.

📸 The big picture: A Alemanha quer ser o carro-chefe da Otan e até bater de frente com potências como EUA, China e Rússia quando o assunto é defesa. Afinal, num mundo mais instável, a segurança virou prioridade.

STF decide que redes sociais são responsáveis por conteúdos ilegais

| Brasil

👨‍💻 BIG TECHs na mira: O Supremo Tribunal Federal decidiu que, no Brasil, as empresas por trás das diferentes redes sociais são, sim, responsáveis por conteúdos criminosos publicados por usuários.

Até então, essas plataformas só eram obrigadas a remover algo do ar se a Justiça mandasse — algo que previsto no Marco Civil da Internet, uma lei de 2014.

🧑‍⚖️ O que muda? Com a decisão da maioria dos ministros tomadas, as BIG TECHs vão ter a obrigação de apagar certos conteúdos assim que forem avisadas pelos órgãos responsáveis.

• ✅ Segundo os ministros, essas plataformas já controlam o que aparece nelas, então também devem ser responsáveis quando não agem diante de conteúdos perigosos.

• ❌ Já quem é contra a decisão teme que as redes sociais acabem apagando postagens legítimas por medo de punição, o que pode afetar a liberdade de expressão.

💬 Deu o que falar… O Google afirmou que responsabilizar as redes não vai impedir a propagação de conteúdo ilegal, enquanto empresas como Meta e TikTok falaram sobre o risco de censura prévia.

Os gadgets do futuro vão disputar o seu olhar 👀

| Tecnologia

😎 Lembra dele? A Snap, dona do Snapchat, confirmou que vai entrar na briga dos óculos inteligentes e lançar, no ano que vem, os Specs — uma espécie de “smartphone invisível de realidade aumentada”.

• A ideia é que, com IA e realidade aumentada (AR), os óculos consigam traduzir placas e rótulos, ler para onde a pessoa está olhando e até interagir com o mundo real por meio de uma tela nas lentes.

👁️ O que está por trás disso: Caso o produto seja de fato lançado dentro do cronograma, a Snap pode ser a primeira entre as gigantes da tecnologia a colocar no mercado um óculos com realidade aumentada.

Hoje, o principal concorrente são os Ray-Ban inteligentes da Meta, que tiram fotos, filmam e respondem por voz, mas ainda não têm realidade aumentada.

🫰 Abrindo o bolso: A Snap investiu US$ 3 bilhões nessa tecnologia e acredita que um óculos com tela na lente — como os Specs — têm mais futuro do que os sem tela — como os Ray-Ban da Meta.

👓 Zoom out: O mercado de óculos inteligentes, que hoje movimenta mais de US$ 5 bilhões, deve passar dos US$ 10 bi até 2029.

O nosso bom e velho tour das manchetes chegou

✈️🇮🇳 Tragédia na Índia: Homem que diz ser sobrevivente de queda de avião contou ter saído andando de aeronave

👮‍♂️🇮🇹 Pedido de extradição: Carla Zambelli pode ser presa a qualquer momento, diz embaixador brasileiro na Itália

🗳️🇮🇱 Oposição queria nova eleição: Parlamento de Israel rejeita dissolução e Netanyahu continua no governo

🛍️⚱️Raridades on-line: Facebook Marketplace tem ofertas de antiguidades sírias saqueadas de 2.000 anos

🎓❌ Todo mundo achando que é o Steve Jobs… Movimento do Vale do Silício faz com que jovens não queiram entrar na faculdade

👁️🪙 Passa a retina e ganha criptomoeda: Startup de escaneamento ocular de Sam Altman é lançada no Reino Unido

Hollywood decidiu se unir contra um inimigo em comum

| Negócios

🎬 A revolta dos estúdios: Pela primeira vez, dois gigantes de Hollywood — Disney e NBCUniversal — entraram na Justiça contra uma empresa de inteligência artificial.

• Na mira está a Midjourney, uma ferramenta de IA que cria imagens e vídeos a partir de textos.

🎥 O que pode ter de errado nisso? A grande questão é que, segundo os estúdios, ela foi treinada com imagens de filmes famosos sem autorização.

• Basicamente, o processo diz que a IA se apropriou de personagens icônicos como Darth Vader, Shrek, os Minions, os Vingadores, Sima do Rei Leão, Elsa de Frozen e por aí vai.

Ou seja, a Midjourney estaria permitindo que qualquer pessoa crie versões desses personagens com apenas alguns cliques — sem permissão dos estúdios que os criaram e sem pagar nada por isso.

🤖 A relevância: É a primeira vez que grandes estúdios de cinema processam uma empresa de IA por esse tipo de violação.

Até agora, as brigas com as tecnologias eram mais individualizadas, ligadas principalmente a atores e roteiristas tentando proteger sua imagem.

🧑‍⚖️ Looking forward: Por enquanto, a empresa de IA ainda não se manifestou. De qualquer forma, o julgamento pode definir como a tecnologia generativa será regulada no futuro em relação ao cinema.

Agora é oficial: o governo mudou as regras do IOF

| Economia

🤝 Martelo batido: Depois de muitas reuniões e conversas com parlamentares, o governo enviou ao Congresso a medida provisória que muda alguns impostos e anula o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras.

O que acontece agora? A MP já está valendo, mas precisa ser votada pelos deputados e senadores em até 120 dias — correndo o risco de perder a validade se passar desse período.

Então vamos às mudanças 👇…

• 🔁 Redução do IOF: O governo vai cortar boa parte das cobranças. Por exemplo, no chamado “risco sacado”, muito usado por empresas que antecipam pagamentos com bancos, a alíquota cairá 80%;

• 💸 Apostas online: As bets vão pagar mais imposto. A alíquota sobe de 12% para 18% sobre o faturamento líquido;

• 🏠 Investimentos em renda fixa: Esses títulos, como LCI e LCA, que antes eram isentos de imposto de renda, vão passar a pagar 5% de IR a partir de 2026.

• 🏦 Imposto para fintechs e bancos: Hoje, algumas instituições financeiras pagam menos imposto sobre o lucro. Agora, todas vão pagar entre 15% e 20%, como os grandes bancos.

• 🪙 Criptomoedas taxadas: Ganhos com Bitcoin e outras criptomoedas terão IR de 17,5% para pessoas físicas e empresas isentas ou do Simples.

Bottom-line: Com a mudança no IOF, a arrecadação deve cair para cerca de R$ 7 bilhões com as novas medidas.