Edição 250 - 28/05/2025

O trabalho remoto virou trabalho espião

Se você já desconfiou daquele colega de home-office que nunca abre a câmera nas calls, saiba que ele pode estar fugindo de mais coisa do que as reuniões cansativas. Hoje, te contamos dos agentes infiltrados da Coreia do Norte no meio das empresas.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 A paciência de Trump com o Putin está acabando…;

🟡 Com bilhões em dívidas, o jeito para a Azul foi pedir recuperação judicial;

🔵 Aquele seu colega de home-office pode, na verdade, ser um espião norte-coreano;

🔴 Quando o assunto é IA, a pressa é mesmo a inimiga da perfeição…;

🟣 “Crédito, débito ou Bitcoin?”.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas - Mário Quintana

A paciência de Trump com o Putin está acabando…

| Mundo

⚠️ Alerta de sanções chegando: Donald Trump está considerando seriamente aplicar novas punições contra a Rússia já nos próximos dias.

• Por trás desse movimento está a frustração crescente que o POTUS vem sentindo em relação a Vladimir Putin — que ele inclusive chegou a chamar de “absolutamente louco”.

Dessa vez, Trump disse que o líder russo está “brincando com fogo” ao continuar lançando ataques contra a Ucrânia enquanto os EUA tentam negociar um acordo de paz.

🇺🇸🇷🇺 Um panorama das sanções: Desde a invasão russa em 2022, os EUA já aplicaram vários bloqueios contra bancos russos, proibiram a importação de petróleo e cortaram o acesso à tecnologia militar americana.

• Para os próximos capítulos dessa história, a Casa Branca considera punir países que compram petróleo russo — como a China e a Índia — com tarifas altíssimas de até 500%.

Ao mesmo tempo, senadores dos dois partidos do Congresso americano apoiam um projeto de lei que endurece ainda mais as sanções que já estão vigentes.

💰 Mas será que faz efeito? Os dados do Kremlin dizem que o PIB russo cresceu 4,1% em 2023 e mais 4,3% em 2024 — embora especialistas tenham dúvidas sobre a confiabilidade dos números de Moscou.

Com bilhões em dívidas, o jeito para a Azul foi pedir recuperação judicial

| Brasil

📉 Mayday, mayday! A Azul, uma das maiores companhias aéreas do Brasil, entrou com um pedido de recuperação judicial nos EUA — o famoso Chapter 11.

• Isso não quer dizer que ela vai parar de funcionar, muito pelo contrário. O objetivo é renegociar as dívidas e continuar operando normalmente enquanto isso.

✈️ Qual é o cenário atual? A Azul acumulou dívidas bilionárias, especialmente por causa dos prejuízos durante a pandemia da Covid-19.

A empresa já vinha tentando resolver a situação, mas fatores como a alta do dólar, problemas com peças de aviões e juros altos dificultaram ainda mais.

💰 O saldo final: A dívida da companhia alcançou R$ 31,35 bilhões no primeiro trimestre desde ano — uma alta de 50,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

• Agora, a empresa quer cortar pelo menos US$ 2 bilhões do que deve e, para isso, vai reduzir a frota em 35% — de 181 para cerca de 120 aeronaves —, e pegar US$ 1,6 bilhão em empréstimos.

🇺🇸 Tá, e por que o pedido de RJ foi lá nos EUA? O processo de recuperação na Terra do Tio Sam é mais rápido e flexível, permitindo que a companhia negocie com credores internacionais.

🔜 Looking forward: O governo federal diz ter “confiança” na recuperação judicial da Azul e garantiu que tem atuado para fortalecer o setor aéreo do país.

Aquele seu colega de home-office pode, na verdade, ser um espião norte-coreano

| Negócios

👨‍💻 Esse trabalho tá remoto até demais… A Coreia do Norte criou um esquema engenhoso para burlar sanções internacionais e, além disso, ganhar bastante dinheiro.

O país está usando identidades falsas para fazer com que espiões consigam empregos em home-office em empresas dos EUA — contando, muitas vezes, com a ajuda dos próprios americanos.

• Segundo as investigações, os norte-coreanos infiltrados trabalham para mais de 300 empresas americanas, incluindo gigantes do Vale do Silício e até uma grande montadora de carros.

🔎 Como funciona o golpe? Os agentes montaram “fazendas de notebooks”, em que vários computadores ficam ligados tentando entrar em processos seletivos de companhias dos EUA.

Depois disso, os espiões usam documentos falsos dos EUA e muita inteligência artificial para enganar os recrutadores. Uma vez dentro das empresas, a ideia é hackear e espionar os dados e documentos internos.

Para se ter ideia, em um dos casos, a equipe de uma campanha eleitoral contratou, sem saber, um freelancer norte-coreano que desenvolveu 100% do site do candidato.

🇰🇵 Para onde vai o dinheiro? O FBI suspeita que esse esquema renda centenas de milhões de dólares por ano à Coreia do Norte — que usa a verba para financiar seu programa de armas nucleares.

Agora, as empresas estão reforçando os seus sistemas de verificação de identidade, mesmo que o esquema ainda seja difícil de detectar.

Então vamos de tour das manchetes

🇺🇸📚 Trump X Universidades: EUA suspendem vistos de estudante e querem vasculhar redes sociais de candidatos

🥶🧣 Onda congelante vindo aí… Oito capitais devem registrar recorde de frio nesta semana

👮‍♂️🚔 “Comando C4”: PF prende grupo que cobrava R$ 250 mil para monitorar e matar ministros do Supremo

🤖🤝 “Mais recursos na nuvem: Salesforce compra Informatica por US$ 8 bi para impulsionar produtos de IA

👨‍⚖️🗣️ Julgamento de P. Diddy: Ex-assessora relata sequestro e ameaça de morte no primeiro dia de trabalho

❌🛂 Alexandre de Moraes deve ser alvo: EUA vão restringir visto a autoridades que “censuram americanos”

Quando o assunto é IA, a pressa é mesmo a inimiga da perfeição…

| Tecnologia

… pelo menos é isso o que pensa a maioria dos americanos. Enquanto as grandes empresas de tecnologia correm para criar IAs cada vez mais poderosas, o melhor caminho pode ser ir com calma.

• Uma pesquisa mostrou que 77% da população dos EUA prefere que as empresas desenvolvam a inteligência artificial mais devagar, mas da forma certa, mesmo que isso atrase novas descobertas.

• Por outro lado, só 23% são a favor de acelerar tudo, mesmo que isso signifique correr o risco de lidar com erros.

🤔 Podemos chamar de consenso? Esse cuidado é compartilhado por pessoas de todas as idades — até os mais jovens.

Entre as gerações mais velhas, como os “boomers”, o apoio à cautela chega a 91%. Já entre a Geração Z — historicamente mais ligada à tecnologia —, 74% preferem um desenvolvimento mais lento e seguro.

🤖 O que está por trás disso? Muita gente não compra a ideia de que estamos numa “corrida da IA”, como dizem empresas e governos.

“Crédito, débito ou Bitcoin?”

| Economia

Parece algo bem distante, mas pode ser que essa pergunta se torne cada vez mais comum no seu dia a dia já nos próximos meses.

🤿 Aprofundando: Cada vez mais empresas mundo afora estão aceitando o Bitcoin como meio de pagamento para pequenas compras do dia a dia.

• A ideia é que, em vez de um cartão, o cliente escaneie um QR Code e consiga pagar pelo que consumiu usando as suas reservas da criptomoeda.

Cada vez mais startups que processam pagamentos em Bitcoin quase instantaneamente, sem demora e com taxas baixíssimas estão recebendo investimentos para acelerarem seus negócios.

• Entre redes de fast-food, lojas de roupas e calçados, mais de 4 milhões de comerciantes devem aceitar a cripto como forma de pagamento até o final do ano.

💳 Por que isso é importante? Faz anos que um grupo restrito de bandeiras de cartões de crédito domina o mercado de pagamentos.

Com o Bitcoin, a ideia é dar mais uma opção de pagamento para pequenos negócios — seja para quem quer receber em cripto, seja

para quem prefere converter tudo automaticamente na moeda oficial.