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Edição 245 - 21/05/2025

Um escudo para a Terra do Tio Sam
No seu anúncio mais recente, Trump disse que quer dar aos EUA um sistema de defesa digno de Star Wars. Daqui a pouco, todos os americanos vão ter um grande escudo sobre as suas cabeças — e isso não vai sair nada barato.
Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:
🟠 Trump quer colocar um escudo de R$ 1 trilhão sobre os EUA;
🟡 Daqui a pouco a reeleição pode virar coisa do passado;
🔴 Pode ser que o seu próximo celular seja um pouco mais “burro”;
🔵 Os americanos descobriram o “parcela em 12x” — mas esqueceram que têm que pagar;
🟣 Economia escapa da freada brusca e engata a 1ª em 2025.
🥠 Seu biscoitinho da sorte
É preciso coragem para levantar-se e falar, mas também é preciso coragem para sentar-se e ouvir - Winston Churchill
Trump quer colocar um escudo de R$ 1 trilhão sobre os EUA
| Mundo

(Reuters)
🇺🇸🔜 O “Domo de Ouro” está chegando: É assim que o presidente americano batizou o mais novo projeto de defesa do país, que deve sair pela bagatela de US$ 175 bilhões — cerca de 1 trilhão de reais.
Se o nome te pareceu familiar, saiba que não é uma coincidência. A inspiração veio do “Domo de Ferro”, um escudo de defesa usado em Israel que intercepta foguetes no ar.
🛰️ E como vai ser a versão americana? A ideia da Casa Branca é que o sistema use centenas de satélites e sensores espalhados tanto pelo espaço quanto pela Terra para rastrear e destruir mísseis.
Star Wars da vida real? O projeto pode ser o sistema de defesa mais caro e avançado do mundo — mudando o equilíbrio de poder global e acelerando a militarização do espaço.
Trump quer que a tecnologia esteja 100% pronta até 2029, sendo capaz de frustrar qualquer tipo de ataque aéreo inimigo contra os EUA — desde antes do lançamento até os momentos antes de tocar o solo.
Quem está por trás da construção? Empresas como a SpaceX — de Elon Musk —, Palantir, Anduril, Lockheed Martin e RTX estão disputando os contratos para construir partes do sistema.
Acontece que o Congresso ainda não aprovou o orçamento. Enquanto republicanos querem liberar US$ 25 bi de imediato, democratas resistem e dizem que o prazo de 5 anos é muito curto.
Daqui a pouco a reeleição pode virar coisa do passado
| Brasil

(Folha)
🔁 “Chega de replay”: A Comissão de Constituição e Justiça — a famosa CCJ — do Senado aprovou uma proposta que acaba com a reeleição para presidentes, governadores e prefeitos.
Para prefeitos, a regra passaria a valer em 2028 e, para governadores e presidentes, a partir de 2030;
Já vereadores, deputados e senadores vão continuar podendo se reeleger quantas vezes quiserem.
⏰ Calma que tem mais mudança: Outro ponto da proposta fala sobre o tempo dos mandatos. Como presidente, governadores e prefeitos não vão poder se reeleger, o mandato deles vai ser maior — de 5 anos.
Deputados e vereadores também passariam de 4 para 5 anos de cargo. Além disso, quem ficaria meia década no posto são os senadores — que hoje têm um mandato de 8 anos no Congresso.
🗳️ Acha que acabou? Pelo projeto, a partir de 2034 o Brasil passaria a ter todas as eleições feitas no mesmo dia e a cada 5 anos — para todos os cargos, de vereador a presidente.
Hoje, as eleições municipais e as gerais acontecem em anos diferentes, com 2 anos de intervalo entre elas.
Tá, mas por que querem mudar tudo isso 🤔?
A ideia é evitar que governantes fiquem muito tempo no poder e em estado de “campanha permanente” — focando só em projetos que podem dar votos para a próxima eleição.
🔙 Hora do #TBT em plena quarta-feira: A reeleição foi criada em 1997, durante o governo FHC. Desde então, todos os presidentes no 1º mandato conseguiram se reeleger — com exceção de Bolsonaro.
Acontece que 23 anos depois, o próprio FHC classificou a mudança como um “erro”.
🔜 O que acontece agora? A proposta ainda tem um longo caminho pela frente no Congresso, precisando ser votada no plenário do Senado e, depois, aprovada também na Câmara.
Pode ser que o seu próximo celular seja um pouco mais “burro”
| Tecnologia

(Silicon)
📞 Saudades do Nokia tijolão ou do icônico V3? Enquanto as BIG TECHs lutam para ver quem têm mais funções de IA e tecnologias avançadas nos celulares, muita gente tem escolhido o caminho oposto.
Um número crescente de consumidores — puxados pela Geração Z — está abrindo mão dos smartphones para ficarem com aparelhos bem mais simples.
🫏 São os chamados dumbphones: A ideia do movimento de "appstinência” é fazer com que as pessoas façam uma desintoxicação das redes sociais usando celulares que nem sequer se conectam à internet.
Para muita gente, essa desconexão das notificações e dos feeds infinitos significa ter mais foco, dormir melhor, se sentir menos ansioso e até melhorar as relações sociais.
🫰 Acabou virando business: Entre 2023 e 2024, empresas que vendem esses celulares desconectados viram as vendas mais do que triplicarem — inclusive lançando novos modelos.
Legal, mas… Por conta de facilidades — como pedir carros de aplicativo e delivery —, muitos adeptos da “appstinência” não abandonam totalmente a tecnologia, se rendendo aos smartphones em algum momento do dia.
Embora o número de jovens dependentes dos celulares esteja caindo, só 1% deles diz usar um dumbphone. 📵
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| Programa de Indicação
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Os americanos descobriram o “parcela em 12x” — mas esqueceram que têm que pagar
| Negócios

(Celcoin)
💳 O “pagar depois” virou “não pagar nunca”: Pra gente isso já é bem comum, mas no resto do mundo a prática de pagar parcelado e sem juros é coisa rara.
Ou pelo menos era… Com um cenário de inflação recorde no pós-pandemia, os EUA descobriram de vez o pagamento parcelado. Entre 2019 e 2021, o uso do serviço aumentou 1.000%.
Hoje, quase metade dos americanos estão parcelando suas compras graças a empresas que oferecem esse serviço de buy now, pay later — ou BNPL, como ficou conhecido por lá.
🫰 Ok, but… A Klarna, uma das maiores empresas do segmento, está lidando com um problema cada vez maior: os famosos calotes.
No 1º trimestre deste ano, as perdas com as parcelas não pagas aumentaram 17%, somando perdas de US$ 136 milhões. Ou seja, mais gente está comprando parcelado e não conseguindo pagar depois.
Muita gente está usando o BNPL para comprar itens básicos, como comida. Nos EUA, 25% dos usuários pegaram empréstimos para mercados, contra 14% no ano passado.
💰 Ao mesmo tempo: A dívida total dos consumidores americanos bateu um recorde, chegando a US$ 18,2 trilhões.
Mesmo adiando os planos de abrir seu capital na bolsa de valores por causa da instabilidade econômica, a Klarna continua operando no azul, com mais de 100M de usuários e alta de 15% no faturamento.
Foi aqui que pediram um tour de manchetes?
🦾🤖 De luvinha e tudo: Startup chinesa vai fazer torneio de boxe para robôs humanoides
🇺🇦🚔 Ex-deputado ucraniano: Rival de Zelensky é assassinado a tiros na Espanha
📈🔜 Cerca de 1 bilhão de pessoas: 1 em cada 4 adolescentes terá obesidade ou transtorno mental até 2030
💡✍️ Até 60 milhões beneficiados: Lula assina isenção da conta de luz para consumidores mais pobres
💰📲 O que será que vem por aí? OpenAI compra startup de designer do iPhone e iPod por US$ 6,5 bilhões
Economia escapa da freada brusca e engata a 1ª em 2025
| Economia

(Annelise Capossela)
O Brasil começou 2025 surpreendendo: a economia cresceu 1,3% nos primeiros três meses do ano — mais do que os analistas previam.
O crescimento foi impulsionado por 4 fatores principais:
👨🌾 Supersafra no agro: A produção agrícola foi muito forte por conta do clima favorável, com boas chuvas desde o fim do ano passado que ajudaram a colher mais soja e grãos.
💼 Mercado de trabalho: O desemprego está baixo, e os salários estão nos maiores níveis em anos — ajudando as pessoas a continuarem comprando.
💵 Mais crédito: Mesmo com os juros altos — em 14,75% ao ano —, os bancos continuaram oferecendo crédito, com destaque para os empréstimos consignados.
🏭 Serviços firme e indústria estável: Além da agropecuária, os serviços — como comércio e transporte — seguiram fortes, e a indústria, que vinha mais fraca, não piorou tanto quanto se esperava.
Como consequência, analistas começaram a rever para cima suas projeções para o ano. O governo, por exemplo, aumentou sua previsão do PIB para 2,4%.
👀 Pra ficar esperto: A desaceleração que todo mundo esperava foi adiada, mas ainda pode chegar no 2º semestre graças aos juros e às incertezas no cenário internacional com a guerra comercial.
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