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Edição 233 - 05/05/2025

Os CEOs estão dando bye-bye
Na troca do paletó e da gravata pelo chinelo e bermuda, cada vez mais cargos de liderança estão ficando com o famoso selo de #OpenToWork nos EUA. Nessa onda de demissões, um número recorde de CEOs simplesmente cansou da vida de chefe.
Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:
🟠 Israel aprova plano para ocupar todo o território de Gaza;
🟡 Faz 7 anos que o nosso país não melhora a taxa de analfabetismo funcional;
🔴 Os robôs chegaram às fábricas — e eles não vieram para brincar;
🔵 CEOs estão embarcando na onda da “aposentadoria antecipada”;
🟣 Pode ser que as contas da Previdência tenham que ser revistas.
🥠 Seu biscoitinho da sorte
Se você não pode explicar algo de forma simples, então você não entendeu muito bem o que tem a dizer - Albert Einstein
Israel aprova plano para ocupar todo o território de Gaza
| Mundo

(Oliver Pitoussi)
🗣️ “O objetivo supremo é derrotar os inimigos”: Foi com essas palavras que o governo israelense deu sinal verde para um plano que vai expandir a sua operação na Faixa de Gaza.
A ideia é ocupar ainda mais partes do território de Gaza e manter o controle por tempo indeterminado. Para isso, milhares de reservistas israelenses vão ser convocados para o exército.
🇮🇱 O que está por trás disso? Israel diz que a medida é necessária para pressionar o Hamas a libertar todos os reféns. Dos 251 israelenses capturados em outubro de 2023, 59 continuam em poder dos terroristas — sendo 24 vivos.
Do outro lado, moradores, entidades de direitos humanos e refugiados na Faixa de Gaza afirmam que a grande maioria dos mortos da guerra é civil, e que os ataques de Israel são crimes de guerra.
🔜 Como os próximos dias devem ser: O exército israelense deve deslocar todos os civis de Gaza para o sul do território. Depois disso, o bloqueio de ajuda humanitária — que dura 9 semanas — deve ser suspenso.

(BBC)
Ao mesmo tempo, facções rebeldes do Iêmen que apoiam o Hamas anunciaram que vão atacar aeroportos de Israel — aumento ainda mais o risco da guerra se espalhar pelo Oriente Médio.
Zoom out: Mesmo com a permanência planejada de tropas permanentes em Gaza, a comunidade internacional continua pressionando por um cessar-fogo na guerra que já deixou mais de 50 mil mortos.
Faz 7 anos que o nosso país não melhora a taxa de analfabetismo funcional
| Brasil

(Agência GOV)
🤔 Receber um bilhete com instruções simples ou precisar calcular o troco de uma compra é um grande desafio para pelo menos 29% dos brasileiros entre 15 e 64 anos.
Essas pessoas são as consideradas analfabetas funcionais.
Ou seja, elas até sabem ler, mas não conseguem interpretar frases longas, entender notícias e instruções ou resolver problemas do dia a dia com matemática básica.
🇧🇷 A relevância: Essa taxa atual, de quase 3 em cada 10 brasileiros, continua a mesmo desde 2018. A última vez em que o Brasil viu uma diminuição no analfabetismo funcional foi em 2009.
Além disso, nem todos que chegam ao ensino superior têm boa leitura e escrita. Somente 6 em cada 10 universitários conseguem entender textos mais complexos.
Quem mais sofre: O analfabetismo funcional é mais comum entre pessoas com mais de 50 anos, pretas e pardas e em regiões como o Nordeste — que concentra 37% dos analfabetos funcionais do país.
Os pesquisadores apontam que a pandemia piorou a situação do país, principalmente devido ao ensino remoto e do contato menor com atividades de leitura e escrita no dia a dia.
Por que importa? A dificuldade com leitura e números impacta diretamente a vida das pessoas, resultando em salários menores, maior dificuldade para arrumar emprego e menos oportunidades num mundo cada vez mais digital.
🤳 E por falar em digital… A pesquisa ainda mostrou que só 1 em cada 4 brasileiros tem altas habilidades digitais. Ao mesmo tempo, 56% dos alfabetizados têm dificuldade em compras on-line e troca de mensagens.
Os robôs chegaram às fábricas — e eles não vieram para brincar
| Tecnologia

(Lindsey Bailey)
🤖 “Isso é muito Black Mirror…”: Se ainda restam dúvidas de que os robôs estão presentes no dia a dia da humanidade, saiba que grande parte deles só não é vista ainda.
Isso porque cada vez mais robôs — inclusive alguns com aparência humanas — estão ocupando postos de trabalho no setor industrial em todo o mundo.
🏭 Fazem de tudo: Grandes empresas estão confiando na tecnologia para diferentes tarefas como carregamento de peças, instalação de componentes em carros, separação de encomendas e até checagem da linha de montagem.
Pense que os robôs não recebem salário — e muito menos pedem aumento —, então as empresas economizam milhões ao colocá-los no chão de fábrica.
Para se ter ideia, a mão de obra pode ficar US$ 100 mais barata para cada carro produzido nas montadoras automatizadas — o que faz uma grande diferença quando se produz meio milhão de veículos por ano.
👷♂️ E como a gente fica nessa história? Nesse primeiro momento, os seres humanos não devem ser totalmente substituídos. A ideia é que mais pessoas aprendam a comandar os robôs para não sumirem do mercado.
Até 2030, as estimativas dizem que mais de 20M de empregos nas fábricas sejam substituídos por robôs. Já até 2050, cerca de 1 bilhão de robôs humanoides devem estar em atividade no planeta — a maioria em indústrias.
Um tour de manchetes para começar a semana
🏆🏐 Ponteira do Osasco: Tifanny faz história como primeira atleta trans campeã da Superliga Feminina de Vôlei
👋💰 O “Pelé dos investimentos: Aos 94 anos, Warren Buffett anuncia aposentadoria da Berkshire Hathaway
👨⚖️🇺🇸 Festas abusivas e organização criminosa: Julgamento de P. Diddy começa hoje e pode acabar em prisão perpétua
👨🏫📚 Nas escolas públicas: Oito em cada 10 professores brasileiros já presenciaram atos de bullying em sala de aula
💸✈️ Auxílio de mil dólares + passagem: Governo Trump oferece benefícios para a saída voluntária de imigrantes
🚔💣 Mais de 2M em Copacabana: PF descobriu plano de atentado a bomba durante show de Lady Gaga
CEOs estão embarcando na onda da “aposentadoria antecipada”
| Negócios

(Lindsey Bailey)
😳 O cargo dos sonhos virou pesadelo? Com avaliações cada vez mais duras sobre como estão performando e se comportando nas funções de chefia, os principais CEOs dos EUA estão deixando os cargos em peso.
No ano passado, 373 CEOs de empresas de capital aberto saíram de suas companhias — 24% a mais do que em 2023;
Já entre os negócios americanos com pelo menos 25 funcionários, mais de 2.220 executivos-chefes se despediram — um recorde histórico.
👋 Por que isso está acontecendo? Mesmo com uma média salarial de US$ 16 milhões/ano, muitos executivos dizem que a remuneração não compensa a pressão e o estresse do dia a dia no trabalho.
Depois da pandemia, os líderes corporativos se depararam com uma série de novos desafios como a IA, tensões na economia global, novas regras sobre diversidade, riscos de recessão e por aí vai.
Como consequência… Vontades de desacelerar, viajar e aproveitar com a família, assim como estresse e burnout, estão no topo da lista de motivos para a demissão desses CEOs.
Ao mesmo tempo, os profissionais mais jovens — principalmente os da Geração Z — não costumam ter o sonho de subir na hierarquia para virarem grandes líderes no mundo corporativo.
💼 O resultado disso: Essa “grande renúncia executiva” gera uma falta de funcionários prontos para assumir posições de comando, o que pode deixar as empresas — e até a economia — mais instáveis.
Pode ser que as contas da Previdência tenham que ser revistas
| Economia

(Tiffany Herring)
❄️ Uma grande bola de neve… Se a Previdência Social fosse um grande cofrinho onde os trabalhadores colocam dinheiro para pagar as aposentadorias, esse porquinho estaria prestes a ficar vazio.
🔢 Vamos aos números: Nos anos 1980, o Brasil tinha 9 trabalhadores ativos para cada aposentado. Hoje, esse número caiu pela metade — 4,5 para 1.
Ou seja, a torneira está secando com cada vez menos gente contribuindo para o sistema. Em 30 anos, os gastos do orçamento BR com a Previdência passaram de 19% para + 50%.
Ampliando a visão: Consequentemente, o impacto chega nas políticas públicas. Afinal, com as aposentadorias pesando mais no orçamento, outras áreas como saúde e educação ficam com menos verba.
Especialistas dizem que a solução para esse problema não está em aumentar a idade para se aposentar, mas em pensar num modelo que leve em conta quem tem renda mesmo sem vínculo formal.
Além de cada vez mais gente trabalhando por apps ou como PJ, jovens da Gen Z preferem trabalhos flexíveis e sem carteira assinada.
Não diga que nós não te avisamos se, nos próximos meses, discussões complexas sobre reformas na Previdência surjam não só no Brasil, como no mundo inteiro.
👴 Olhando para frente: Até 2050, 1 em cada 6 pessoas vai ter mais de 65 anos no mundo — em 2019, era 1 em 11. No Brasil, até 2035 devemos ter mais gente se aposentando do que entrando no mercado.
Ei, não precisa fazer da gente um segredo
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