Edição 232 - 02/05/2025

Modo avião ativado

Com os celulares de castigo nas mochilas e armários, os alunos brasileiros estão redescobrindo um mundo sem filtros, onde as páginas viradas são mais interessantes do que os posts rolados pelo feed.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Estão faltando jovens nos Estados Unidos;

🟡 Com celulares proibidos, é hora de voltar aos livros e brincadeiras nas escolas;

🔴 A IA pode estar substituindo as conversas no trabalho;

🔵 O fundador da OpenAI quer comprar o seu olho;

🟣 Os investidores estrangeiros estão caindo fora do mercado americano.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Pequenas oportunidades são frequentemente o início de grandes empreendimentos - Demóstenes

Estão faltando jovens nos Estados Unidos

| Mundo

📉 “Precipício demográfico”: É assim que vem sendo chamada a situação da maior potência do mundo quando o assunto é a queda na taxa de natalidade.

Basicamente, os EUA estão passando por um apagão de bebês desde 2007 e, agora, o impacto da falta de jovens de 18 anos está começando a preocupar a economia.

• Em 2027, o número de americanos que completam 65 anos deve ultrapassar, pela primeira vez, o número de pessoas que completam 16 anos na Terra do Tio Sam.

🇺🇸 Why it matters: Em menos de 10 anos, pode faltar cerca de 6 milhões de trabalhadores no país. Ao mesmo tempo, muita gente vai se aposentar — ou seja, mais gente saindo do que entrando no mercado de trabalho.

Com menos jovens se formando no ensino médio, as universidades já estão vendo a queda no número de alunos, prejudicando as profissões que exigem qualificação.

💰 O que pode acontecer? O PIB americano pode ficar estagnado e a baixa mão de obra pode fazer com que os salários aumentem — fazendo com que as empresas repassem os custos aos consumidores.

• O problema já chegou na Casa Branca e, como solução, Trump defende fazer com que as famílias tenham mais filhos, cogitando até dar isenções fiscais e bônus em dinheiro para isso.

🌎 Não é só uma questão americana… Pela 1ª vez na história, as taxas de fertilidade globais atingiram o limite da taxa de reposição global, que é de 2,1 filhos por mulher.

Com celulares proibidos, é hora de voltar aos livros e brincadeiras nas escolas

| Brasil

Desde o começo do ano, o ensino no nosso país está passando por uma nova dinâmica com a implementação da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas.

📵 O que mudou com isso? Sem os smartphones por perto, o jeito foi voltar ao analógico e, com isso, os alunos redescobriram o gosto por livros, jogos de tabuleiro e brincadeiras ao ar livre.

• Colégios estão observando um aumento de até 40% no movimento nas bibliotecas. Alguns alunos chegaram a alugar o triplo de livros que tinham lido na época em que os celulares eram permitidos.

Além disso, especialistas apontam que escolas das redes municipais tiveram, em média, 53% mais alunos no nível adequado em matemática após a proibição.

Se tem lousa, não tem tela. As únicas exceções da lei são para atividades específicas e para estudantes com deficiência que dependem de dispositivos para participar das aulas ou monitorar o estado de saúde.

A medida foi inspirada num relatório da ONU que sugeriu a proibição e alertou sobre os efeitos negativos dos celulares na concentração e no aprendizado dos alunos.

🔄 O outro lado da história: Uma diferente corrente de especialistas diz que esse “medo de smartphones” é o mesmo que foi sentido com novas tecnologias no passado, como televisão e videogames.

A IA pode estar substituindo as conversas no trabalho

| Tecnologia

Sem medo de julgamento: Com o avanço da inteligência artificial em basicamente todas as áreas das nossas vidas, um estudo mostrou que cada vez mais funcionários preferem pedir ajuda à tecnologia.

• Quase 20% dos profissionais admitiram que, sempre quando surge uma dúvida, eles preferem consultar um chatbot do que pedir ajuda para o colega que está sentado do lado.

O grande diferencial: Para além da qualidade das respostas e de estar disponível 100% do tempo, as IAs dão soluções rápidas e sem críticas — o que atrai aqueles funcionários mais tímidos e envergonhados.

Especialistas, no entanto, alertam que isso pode ser perigoso, já que grande parte da felicidade no trabalho depende de ter boas relações com os colegas — e não de fugir do contato humano.

💼 A relevância: O trabalho é uma parte crucial da vida de de qualquer pessoa. Em média, o ser-humano passa quase 1/3 da sua vida trabalhando.

🔜 Looking forward: Até 2030, 70% das empresas vão utilizar IA no dia a dia. Olhando para os próximos 3 anos, elas esperam que 20% dos seus funcionários saibam usar algum tipo de inteligência artificial.

Aquele tour para você chegar no final de semana bem informado

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O fundador da OpenAI quer comprar o seu olho

| Negócios

👁️ O Sam Altman quer olhar no olho dos EUA: Uma ideia futurista do fundador da OpenAI, batizada de World ID, acaba de chegar a seis cidades americanas — com previsão de estar presente em todo o país em breve.

A ideia é simples, as pessoas escaneiam seus olhos e, em troca, recebem uma recompensa em worldcoins, uma criptomoeda criada pelo projeto.

• O que está por trás disso? A proposta do escaneamento de íris é criar um “passaporte de humanidade”, que seria o único método 100% eficaz de diferenciar humanos de robôs na internet.

Basicamente, o projeto quer fazer com que as pessoas consigam comprovar que são, de fato, seres humanos, só com o simples gesto de aproximar o olho de uma câmera.

Só é novidade para os americanos: O World ID foi lançado oficialmente em 2023. Aqui no Brasil, no final do ano passado, algumas estações de escaneamento ficaram com filas gigantescas.

• Foram mais de 100 mil registros em dois meses no nosso país. Com as worldcoins de recompensa, cada brasileiro recebeu, em média, R$ 500 pelo processo.

👀 Tem que ficar de olho nisso aí… Apesar da empresa de Sam Altman garantir que o processo é seguro, muita gente tem criticado a ideia de entregar um dado tão íntimo às mãos de uma BIG TECH.

Os investidores estrangeiros estão caindo fora do mercado americano

| Economia

Cada vez mais investidores globais, tanto individuais como fundos de pensão e grandes fundos soberanos, estão começando a repensar suas decisões de investimentos quando o assunto é os EUA.

💰 O potencial caos: Se esses agentes decidirem reduzir seus investimentos em 2% nas ações e 2% nos títulos dos EUA, isso poderia resultar em uma saída de US$ 1,2 trilhão do mercado americano.

• E esse movimento já começou. Desde março, investidores de outros países venderam mais de US$ 60 bilhões em ações americanas.

Estrangeiros também venderam títulos do Tesouro dos EUA — por muito tempo considerado os mais seguros do mundo. O Japão, por exemplo, liquidou US$ 20 bilhões em abril.

Já há sinais de que os investidores estão buscando alternativas, como ações da Europa e do próprio Japão, que tiveram entradas significativas de capital nos últimos meses.

💭 Você já pode imaginar o motivo… Economistas dizem que há uma desconfiança crescente em relação aos EUA, principalmente devido às tarifas de importação impostas por Trump.