Edição 227 - 25/04/2025

Quando o diagnóstico vem dos stories

Se, quando a avó dizia que chá de boldo curava tudo, os jovens riam, agora, basta um influencer falar o mesmo para a Gen Z já preparar a xícara e postar no TikTok. Na edição de hoje, a gente te conta sobre a nova realidade que troca jalecos por likes.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Parece que a relação de Trump com Putin acabou azedando;

🟡 Menos de 50% das empresas que testaram a semana de 4 dias decidiram continuar;

🔴 A Gen Z está trocando as orientações médicas pelos conselhos de influencers;

🔵 Apple dá bye-bye para a China e agora aposta no “made in India”;

🟣 Na visão de Trump, Brasil ficou rico às custas dos Estados Unidos.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo - Martin Luther King

Parece que a relação de Trump com Putin acabou azedando

| Mundo

Se o governo Trump começou com diversas declarações favoráveis sobre Vladimir Putin e a Rússia, agora o tom mudou de vez.

🗣️ “Vladimir, STOP!”: Foi assim que o presidente americano reagiu a um bombardeio russo que atingiu a capital ucraniana, matando pelo menos 12 pessoas.

• Subindo ainda mais o tom, Trump disse que “coisas vão acontecer” se a Rússia não parar com seus ataques à Ucrânia.

O que fez o clima esquentar? Se antes o presidente americano falava que era Zelensky que estava impedindo um acordo de cessar-fogo, agora ele diz que é Putin que está passando por cima das negociações.

Isso porque os EUA têm atuado como principal mediador para uma possível pausa no conflito no Leste Europeu. Nos últimos dias, um enviado de Trump já se reuniu 4 vezes com o presidente russo.

🔜 Looking forward: As negociações devem continuar durante o fim de semana e, se depender do lado ucraniano, o acordo só vai ser assinado caso a Rússia devolva os territórios ocupados durante a guerra.

Menos de 50% das empresas que testaram a semana de 4 dias decidiram continuar

| Brasil

🗓️ Quinta é a nova sexta? Depois de um ano testando a semana de trabalho de 4 dias, menos da metade das empresas brasileiras que participaram do projeto-piloto decidiram continuar com o modelo.

• Das 21 companhias que começaram, 19 terminaram o teste e 9 decidiram adotar o modelo 4x3 em definitivo.

Para os funcionários, foi positivo: Durante o projeto, 84% dos colaboradores relataram melhora na saúde mental e quase 90% disse que passou a se sentir mais satisfeito no trabalho.

No entanto, para os chefes das empresas participantes, o assunto ficou longe de ser unanimidade — ao contrário do que aconteceu em países como Reino Unido e Islândia.

🤔 Como funcionou? Foram três possibilidades: tirar a segunda-feira como dia útil; tirar a sexta-feira e “sextar” na quinta; reduzir um pouco da carga horária de todos os outros dias úteis da semana.

• 👍 Quem defende a redução bate na tecla da saúde mental, qualidade de vida e menos funcionários doentes.

• 👎 Quem é contra fala em mais trabalho pra ser feito em menos tempo, queda na produtividade e dificuldade de implementação.

Looking forward: O próprio Ministério do Trabalho do nosso país já defendeu a semana de 4 dias. Acontece que, para ela entrar em vigor, seria necessária uma discussão ampla no Congresso Nacional.

A Gen Z está trocando as orientações médicas pelos conselhos de influencers

| Tecnologia

🤳 Menos jalecos e mais likes: Jovens adultos ao redor do mundo estão cada vez mais confiando em amigos, parentes e influencers das redes sociais para tomar decisões sobre saúde.

Embora ainda confiem nos médicos, uma pesquisa mostrou que a Geração Z prefere ignorá-los completamente ao se deparar com alguma possível complicação.

Vamos aos números:

• 38% dos nascidos entre 1995 e 2010 já ignoraram o conselho de um médico para seguir informações que viram nas redes sociais;

• 45% dos jovens preferem escutar pessoas próximas, como amigos e familiares, em vez de profissionais de saúde;

• Quase metade da Gen Z acha que uma pessoa comum com internet pode saber tanto sobre saúde quanto um médico formado.

🩺 Por que isso acontece? Todos esses números tiveram crescimentos de mais de 10% depois da pandemia — que foi o período em que muitos dos jovens atingiram a maioridade.

Ok, mas… Como já era de se esperar, se consultar com pessoas que não têm nenhuma formação na área médica traz diversos riscos, tanto é que quase 60% da Gen Z diz ter se arrependido de ter feito isso. 🤒

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Apple dá bye-bye para a China e agora aposta no “made in India”

| Negócios

🧳 Fazendo as malas: Até o fim de 2026, a Apple quer que todos os seus iPhones vendidos nos EUA sejam fabricados na Índia — mudando drasticamente a linha de produção que hoje é, em sua maioria, chinesa.

Para a surpresa de poucos, o motivo dessa estratégia é a guerra comercial entre China e EUA. Com Trump na Casa Branca, produtos “made in China” passaram a pagar taxas extras para entrar em solo americano.

• 🇮🇳 Por que a Índia? O país é uma alternativa mais barata, estável e que conta com incentivos do governo para se tornar um grande polo industrial.

Hoje em dia, a Apple já produz alguns de seus smartphones por lá — cerca de 20% do total — e tem parcerias com empresas locais para construir mais fábricas.

🇺🇸 E por que não os EUA? Fazer um celular da maçã na Terra do Tio Sam pode fazer com que o preço do aparelho triplique — graças à mão de obra mais cara e da falta de componentes para as peças do smartphone.

🫰 Tim Cook abrindo a carteira: A Apple já investiu mais de US$ 1 bilhão em fábricas indianas e, embora montar iPhones por lá ainda seja de 5% a 10% mais caro, as tarifas americanas compensam o custo.

Na visão de Trump, Brasil ficou rico às custas dos Estados Unidos

| Economia

Em uma entrevista à revista Time, Donald Trump defendeu a sua política de tarifas e disse que países como Brasil, China e Índia “ficaram ricos” cobrando taxas de produtos americanos.

• O que está por trás disso? A política econômica definida por Trump tem como base a sua convicção de que os EUA são taxados demais e taxam de menos.

Ainda na mesma entrevista, o presidente americano disse que os impostos que o Brasil cobra sobre os produtos americanos são o que fazem o nosso país “sobreviver” economicamente.

💰 Mas, afinal, quais são os números? Nos últimos 15 anos, os EUA registraram superávits comerciais em bens e serviços com o Brasil.

Neste ano, a nossa terra fechou o 1º trimestre com saldo negativo de US$ 650 milhões na balança comercial com os americanos.

🇺🇸🇧🇷 O que isso quer dizer? Isso significa que, historicamente, os EUA vendem mais ao Brasil do que compram bens e serviços do nosso país — e é justamente sobre essas taxas das vendas que Trump vem reclamando.