Edição 219 - 15/04/2025

Trabalho Fashion Week?

Lembra daquele moletom que virou seu uniforme no home office? Ele está prestes a ser demitido. Agora, as marcas perceberam que é preciso relembrar as pessoas sobre o que é dress code e, para isso, querem fazer do escritório uma passarela.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Justiça trava plano de Trump para deportar meio milhão de latinos;

🟡 A violência está cada vez mais presente nas escolas brasileiras;

🔴 Pela 1ª vez, Nvidia vai ter fábricas de IA em solo americano;

🔵 As marcas de moda estão de olho no dress code dos escritórios;

🟣 EUA podem perder bilhões com a “fuga dos turistas”.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

O sucesso não é definitivo, o fracasso não é fatal: é a coragem de continuar que conta - Winston Churchill

Justiça trava plano de Trump para deportar meio milhão de latinos

| Mundo

🧑‍⚖️ “Not so fast, Mr. Trump…”: Um juiz federal anulou um plano do governo Trump que cancelaria o status legal de 530 mil imigrantes vindos de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela.

⏸️ Uma pausa para o contexto: Esse meio milhão de imigrantes só conseguiu entrar legalmente em território americano graças a um decreto do governo Biden.

O ex-presidente autorizou que pessoas desses quatro países entrassem nos EUA com o apoio de um patrocinador — leia-se um chefe americano — para trabalharem por pelo menos 2 anos.

Os dois lados da moeda:

• A atual oposição diz que o programa reduz a imigração ilegal ao oferecer uma alternativa segura e organizada que envolve o mercado de trabalho;

• Já o governo diz que a medida de Biden é ilegal, já que a permissão de trabalho deve ser concedida caso a caso, e não em massa como aconteceu.

🔜 Olhando para frente: A Casa Branca já disse que vai recorrer, e muito provavelmente essa iniciativa de deportação em massa vai acabar sendo decidida pelos juízes da Suprema Corte.

A violência está cada vez mais presente nas escolas brasileiras

| Brasil

⚠️ Bateu o sinal de alerta: Nos últimos 10 anos, os casos de violência escolar no nosso país mais do que triplicaram — passando de 3,7 mil para mais de 13 mil ocorrências em 2023.

🏫 Destrinchando os números: 50% dos episódios envolvem violência física. Na sequência, 23,8% estão ligados a violência psicológica e outros 23,1% são relacionados à agressão sexual.

Além do número de agressões, cresceu também a sensação de insegurança entre os alunos brasileiros:

• Entre 2009 e 2019, o percentual de estudantes que deixaram de frequentar a escola por medo quase dobrou: de 5,4% para 11,4%;

• O bullying também se intensificou: a prática afetava 30% dos alunos em 2009 e passou a ser uma realidade na vida de mais de 40% deles em 2019.

👨‍🏫 Por que está acontecendo? Os motivos vão desde a falta de valorização dos professores e infraestrutura precária nas escolas até a normalização dos discursos de ódio.

O aumento na violência doméstica também foi um fator que chamou a atenção. Enquanto menos de 10% dos alunos diziam ter sido agredidos por algum familiar em 2009, esse número passa dos 16% hoje em dia.

Então o que pode ser feito? Além do combate ao bullying e ao discurso de ódio, especialistas batem na tecla da importância do acompanhamento psicológico dentro das escolas.

Pela 1ª vez, Nvidia vai ter fábricas de IA em solo americano

| Tecnologia

🤝 Apertando a mão do Tio Sam: Numa mudança de estratégia histórica, a maior fabricante de chips semicondutores do mundo decidiu mudar sua produção para os EUA.

Como já era de se esperar, a transição não vai sair barato e a Nvidia vai desembolsar US$ 500 bilhões pelos próximos 4 anos para levar as suas máquias de IA para o território americano.

• A produção em massa já deve começar no ano que vem nos mais de 1 milhão de m² que a companhia alugou nos estados do Arizona e Texas.

👀 O que está por trás disso? A BIG TECH costuma terceirizar sua produção fora dos EUA, mas uma tarifa — sempre elas — que a Casa Branca vai impor sobre a importação de tecnologia feita com semicondutores está se aproximando.

Não à toa, o governo americano comemorou a decisão da Nvidia, dizendo que se trata de um exemplo do “efeito Trump em ação”, já que o presidente quer ver o “renascimento da manufatura americana”.

A guerra fria agora é dos chips 🤖

Com a demanda por IA explodindo, sai na frente quem depender menos de outros países para a produção dos chips semicondutores e dos supercomputadores — que são o “cérebro” da tecnologia.

🌏 Domínio oriental: Atualmente, a Taiwan Semiconductor Manufacturing é a maior fabricante de chips do mundo, seguida pela sul-coreana Samsung e outras empresas chinesas.

Looking forward: A companhia acredita que o investimento de meio trilhão de dólares pode gerar centenas de milhares de empregos para os americanos e movimentar trilhões de dólares nos próximos anos.

O que mais é notícia ao redor do mundo?

👑📈 Mudança rara no trono: Hermès ultrapassa LVMH e assume a liderança do setor de luxo

🇨🇳✈️ Quem tá sorrindo é a Embraer… China ordena que companhias suspendam compra de aviões da americana Boeing

💉🏥 Saúde quer incorporar no SUS: Anvisa aprova vacina contra chikungunya do Instituto Butantan

💰🤝 Não é para alterar o controle acionário. Fundos do BTG assumem participação de 5,69% no Inter

📃✍️ Não significa que já vai ser votado: PL apresenta na Câmara pedido de urgência do projeto da anistia

🇮🇱🪖 10 reféns por centenas de prisioneiros: Hamas estuda nova proposta de Israel para cessar-fogo

As marcas de moda estão de olho no dress code dos escritórios

| Negócios

💼 Escritório ou passarela? À medida que cada vez mais empresas exigem que os funcionários voltem aos escritórios, as calças de moletom e bermudas deixaram de ser os trajes oficiais das reuniões corporativas.

• Quem está de olho nisso são as marcas de moda, que passaram a investir numa demanda reprimida de trabalhadores que, basicamente, esqueceram como se vestir para o trabalho presencial.

👠 Onde está o potencial: Além das roupas de trabalho terem se misturado com as de ficar em casa, muitos jovens que entraram no mercado recentemente nunca precisaram comprar looks para o escritório.

Com isso, grifes do mundo da moda estão lançando novas linhas para o horário corporativo, apostando em visuais básicos com o uso de blazers, gravatas, calças sociais, polos e outros trajes formais.

Por exemplo…

• A Prada fez uma campanha que só mostra pessoas em escritórios com ternos e roupas sociais;

• Blazers e calças de alfaiataria são o foco da nova linha da Balenciaga;

• A nova coleção da Ferrari foi chamada de “Officina”, apresentando itens básicos de escritório masculinos e femininos;

• Stella McCartney criou uma linha que mistura o visual profissional com o estilo de balada para mulheres empreendedoras.

💰 Zoom out: O mercado global de “moda corporativa” deve crescer dos atuais US$ 375 bilhões para mais de US$ 620 bi em 2032.

EUA podem perder bilhões com a “fuga dos turistas”

| Economia

🗽 “Prefiro ver pelo Google Earth…”: Se 2025 era o ano em que os americanos esperavam ver uma retomada do turismo no pós-pandemia, a realidade chegou e ela não está nada parecida com as previsões.

• O fluxo de turistas estrangeiros para os EUA caiu mais de 10% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado — a maior queda desde as restrições de viagens que vieram com a Covid-19.

💵 O impacto nas cifras: A tendência de enfraquecimento da indústria de viagens no país — que movimenta mais de US$ 1 trilhão — pode gerar perdas de até US$ 90 bilhões no PIB americano só neste ano.

Passagens aéreas, hotéis e aluguel de carros já estão mais baratos por falta de demanda, e empregos na área de hospedagem estão ameaçados.

Por que estão dizendo “bye-bye”? Na visão de especialistas, as questões políticas parecem ser o principal motivo para a queda no número de visitas.

🇨🇦 O grande vizinho do Norte: Não por acaso, as viagens de canadenses à Terra do Tio Sam caíram 70% — e são justamente eles os maiores visitantes estrangeiros no país.

No pior dos casos, a Casa Branca espera uma retomada no ano que vem com a Copa do Mundo, mas, enquanto ela não chega, destinos como Bermudas e Europa estão vendo um aumento nas reservas de passagens feitas por turistas que antes iriam aos EUA.