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Edição 215 - 09/04/2025

Olho por olho, dente por dente
Seja para uma mãe arrancar a confissão de um filho bagunceiro ou para os melhores jogadores de poker da mesa, o blefe é uma tática milenar — ou pelo menos era. Na guerra comercial, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come.
Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:
🟠 Direita e esquerda acabam apertando as mãos na Alemanha;
🟡 Projeto que limita supersalários pode acabar aumentando os gastos;
🔴 O luxo agora é voltar a morar nas “casas do passado”;
🟣 É… parece que nem Xi Jinping e nem Trump estão blefando;
🔵 Prepare-se para usar de novo aquilo que você vestia nos anos 2000.
🥠 Seu biscoitinho da sorte
A vida é 10% o que acontece com você e 90% como você reage a isso - Charles R. Swindoll
Direita e esquerda acabam apertando as mãos na Alemanha
| Mundo

(Reprodução)
🤝 Habemus acordo: Mesmo com as eleições terminando em fevereiro, a Alemanha ainda não tinha chegado a um consenso sobre qual partido passaria a governar o país pelos próximos anos.
Quem venceu uma das votações mais polarizadas dos últimos tempos foi o partido conservador de centro-direita União Democrata Cristã, que teve cerca de 30% dos votos.
Então por que eles não ficaram no poder logo? A sigla vencedora não conseguiu eleger a maioria dos assentos do Budestag — o Parlamento da Alemanha. Ou seja, precisou sair procurando por aliados.
No fim das contas, numa aliança um tanto quanto improvável, o partido da centro-direita decidiu fazer um acordo com o partido da centro-esquerda para formar o novo governo de coalizão.
🤨 E quem vai tomar as decisões? O político Friedrich Merz, da UDC, vai assumir o posto mais importante da política alemã — tendo o poder de dar prioridade a certos assuntos.
No entanto, a centro-direita não vai conseguir aprovar nada se não contar com o apoio da centro-esquerda e vice-versa.
🇩🇪 Onde eles concordam: A coalizão concordou que os principais desafios da maior economia da Europa são: risco de recessão, guerra comercial e tensões na Ucrânia.
Entre os pontos de intersecção, o próximo governo deve aumentar gastos militares, dificultar a entrada de refugiados, diminuir as emissões de poluentes, diminuir o preço da energia e tentar acordos de livre comércio com os EUA.
Projeto que limita supersalários pode acabar aumentando os gastos
| Brasil

(O Globo)
Um projeto de lei que era pra ajudar a controlar os chamados supersalários no serviço público pode, na verdade, acabar fazendo o oposto: aumentar os gastos em R$ 3,4 bilhões.
⏸️ Antes, uma pausa para o contexto: Na teoria, o teto do salário de um funcionário público é de R$ 46 mil mensais. Acontece que, com os penduricalhos, a remuneração real pode passar dos R$ 200 mil/mês.
Pense em você, que tem seu salário + VR, VA, férias e folgas. A diferença é que alguns servidores têm também auxílio-moradia, auxílio-educação, auxílio-creche, auxílio-paletó e por aí vai.
A relevância: O Brasil economizaria quase R$ 4 bilhões nas contas públicas todos os anos se o pagamento dos supersalários chegasse ao fim.
▶️ Voltando ao projeto… O PL, que hoje está no Senado e visa limitar esses pagamentos, acaba criando 32 exceções que permitem pagar extras sem desconto no teto.
Segundo um grupo de entidades da sociedade civil, só 4 dessas exceções já poderiam causar um gasto extra de R$ 3,4 bi. Outras 14 estariam sendo tratadas como “reembolsos” — que não entram no teto.
💵 Qual seria a solução? Na visão das organizações, o certo seria classificar as remunerações — que respeitam o teto — e as indenizações — que só valeriam caso comprovadas e autorizadas por lei.
O luxo agora é voltar a morar nas “casas do passado”
| Tecnologia

(Daniel Downey)
💡 Quando bate a saudade de apertar um interruptor de verdade… Quando o assunto é moradia, a (nem tão) nova moda entre os milionários americanos é, literalmente, voltar ao básico.
As casas do futuro se tornaram uma indústria de mais de US$ 100 bilhões nos últimos anos e, agora, devem crescer ainda mais com a chegada da inteligência artificial nos sistemas residenciais.
Luzes ativadas por palmas ou pela voz, portas que só abrem com digital e senha, mesas que sobem e descem sozinhas e até geladeira que faz post no X — tudo que parecia coisa de filme hoje é realidade.
🙄 Mas também já está enchendo o saco… Corretores de imóveis de luxo estão ouvindo cada vez mais pedidos para que as moradias de seus clientes não tenham nada de “futuro”, mas sim o bom e velho tradicional.
Em vez de ligar as luzes e abrir as cortinas pelo celular ou comando de voz, os compradores estão procurando por um interruptor de verdade — o que está ficando cada vez mais raro de se encontrar.
Não à toa, designers que trabalham nos bairros mais caros de Los Angeles estão comandando reformas que passam dos US$ 100 mil apenas para incluir botões e controles manuais nas casas de milionários.
O off-line virou luxo: Basicamente, a ideia é fugir dos riscos de ficar sem bateria ou até mesmo esquecer as diversas senhas para abrir portas e ligar as luzes.
Enquanto isso, o que parece ser moderno de verdade são as casas autossustentáveis — aquelas com aquecimento solar, paredes que regulam a temperatura e ventilação eficaz. Em NY e LA, são esses os novos principais pedidos dos compradores. 🏠
Hora da volta pelas manchetes mundo afora
⛈️☔️ Vem água por aí… Defesa Civil emite alertas para chuvas fortes no Sudeste nos próximos dias
🇻🇪🚨 Efeito Trump. Maduro assina decreto de emergência econômica na Venezuela
🇧🇷✍️ Ministério das Comunicações: Exoneração de Juscelino Filho é oficializada pelo governo após pedido de demissão
🤝🇦🇷 Essa deixou o Milei feliz: FMI e Argentina chegam a acordo de linha de crédito de US$ 20 bi
🏘️🌆 A maioria nem sentiu… Terremoto de magnitude 2,3 é registrado na Bahia
🏥🇩🇴 República Dominicana: Sobe para 124 número de mortos por desabamento de teto de discoteca
É… parece que nem Xi Jinping e nem Trump estão blefando
| Economia

(CNN)
⚔️ Com vocês, uma guerra comercial: Na edição de ontem nós te contamos — com direito a linha do tempo e tudo — que EUA aumentaram as tarifas de importação contra a China para 104%. Relembre aqui.
Isso aconteceu depois que o governo chinês disse que iria “revidar até o fim” contra o tarifaço de Trump e decidiu colocar uma taxa de 34% sobre os EUA
Tá pensando que acabou? Acontece que num novo capítulo da saga “Guerra das Tarifas”, a China escolheu não ficar tão para trás assim no placar, e aumentou em 50 pontos percentuais a tarifa contra os americanos.
Essa foi a grande notícia que movimentou os mercados durante a manhã de hoje: EUA cobrando 104% de importações da China e China taxando os EUA em 84%.
Ok, então agora acabou, né? Nananinanão. Pouco tempo antes dessa linda newsletter chegar no seu e-mail, Trump deu um all-in e aumentou a tarifa contra a China para inéditos 125% com efeito imediato.
🇺🇸🇨🇳 Por que isso importa? Com esse “me taxa que eu te taxo”, o comércio entre EUA e China pode diminuir em até 80% — gerando uma perda de 7% no PIB do planeta todo no médio e longo prazo.
Um respiro para todo mundo… menos para os chineses 😮💨
Para um alívio dos mercados mundo afora, Donald Trump anunciou uma pausa de 90 dias para todas as tarifas recíprocas que os EUA impuseram na semana passada.
Com isso, as taxas cobradas serão de “apenas” 10% para todos os países. A exceção? Adivinhe só: China. Para os chineses, a taxa de 125% continua valendo e sem previsão de ser cancelada.
Prepare-se para usar de novo aquilo que você vestia nos anos 2000
| Negócios

(BoF)
De volta para o futuro? Não são só as câmeras analógicas que voltaram ao hype, as marcas de roupas que bombavam no começo do século também estão caindo nas graças da Geração Z.
A diferença é que em vez de copiar o que já fizeram no passado recente, a aposta da vez é no conceito de “newstalgia” — uma mistura entre nostalgia e as novidades da moda moderna.
🛍️ Por que isso faz sentido? Especialistas do mercado dizem que a moda funciona em ciclos, onde a cada 20 ou 30 anos as tendências do passado retornam — o que dá exatamente o timing para a volta dos anos 2000.
Além disso, em um mundo tomado por uma avalanche de conteúdos nas redes sociais e por IAs que já fazem de tudo, as novas gerações buscam por marcas que têm uma história e credibilidade.
Inconscientemente, a volta de algumas marcas que faziam sucesso no passado traz lembranças de uma época em que nem tudo estava on-line o tempo todo.
Ironicamente, a moda dos anos 2000 virou trend no TikTok — o que ajudou as vendas de calças e blusas com estampas que remetem à época cresceram 80% nos EUA em comparação com o ano passado.
🤔 O que isso nos mostra? Assim como a moda, o marketing muitas vezes não vive só de novas tendências. Pode ser que olhar para o passado com inteligência seja o melhor jeito de seguir em frente.
Segundo os executivos dessas marcas que voltaram ao hype, não se pode apostar todas as fichas no que já se passou — por isso a newstalgia faz questão de incorporar elementos do presente nas peças.
Ei, não precisa fazer da gente um segredo
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