Edição 201 - 20/03/2025

O som do martelinho vai ecoar bastante

Se engana quem pensa que leilão só serve para antiguidades e quadros. Nos próximos anos, é o nosso país que vai ser palco de leilões com investimentos bilionários. Agora, dou-lhe uma, dou-lhe duas e dou-lhe três pra você ler a edição de hoje.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Com Canadá e UE se aproximando, a OTAN pode virar coisa do passado;

🟡 Está tudo certo para o Congresso enfim votar o orçamento;

🔴 Sim, os anúncios que você vê na internet emitem gás carbônico;

🔵 A inflação está fazendo os americanos serem mais saudáveis à força;

🟣 É melhor o Brasil se acostumar ao “dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três!”.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

A sabedoria suprema é ter sonhos bastante grandes para não se perderem de vista enquanto os perseguimos - William Faulkner

Com Canadá e UE se aproximando, a OTAN pode virar coisa do passado

| Mundo

(Albert Gazette)

🇪🇺🤝🇨🇦 Uma nova aliança militar está a caminho: O governo canadense está em negociações avançadas com a União Europeia para participar de um acordo que pode mudar o jogo na indústria militar.

  • A ideia é colocar de pé um projeto de longo prazo para expandir a capacidade bélica da Europa usando fábricas do Canadá.

Basicamente, empresas canadenses passariam a produzir mísseis, tanques, navios e munições que vão ser usados pelos 27 países da UE. Ao mesmo tempo, o Canadá teria prioridade na compra de caças europeus.

O que está por trás disso? Depois que Trump voltou a assumir a Casa Branca, as relações entre EUA e Canadá ficaram tensas — principalmente depois do presidente americano sugerir anexar o país vizinho.

Com isso, o governo canadense passou a buscar formas de diversificar suas parcerias — principalmente na área de defesa.

🤑 Money, money, money: A nova aliança vem no momento em que a UE está aumentando seus gastos militares com um fundo de 150 bilhões de euros para projetos de defesa.

Mexendo no xadrez da geopolítica 🌎♟️

Assim como o Canadá quer reduzir sua dependência dos EUA, a posição de Trump sobre a guerra na Ucrânia fez a UE perceber que precisa se defender sem depender tanto dos americanos.

Looking forward: Com o presidente dos EUA falando na possibilidade de tirar o país da OTAN — a aliança dos países ocidentais — pode ser que estejamos diante da formação de uma nova frente militar no Ocidente. 👀

Está tudo certo para o Congresso votar o orçamento

| Brasil

(Folhapress)

Depois de alguns meses, a Comissão Mista de Orçamento deixou tudo amarrado e aprovou a proposta do Orçamento da União para 2025.

  • Por que isso importa? É por meio desse orçamento que todas as despesas do país são determinadas e destinadas — algo de muita importância para os estados, municípios e para a população.

São os deputados e senadores que decidem como os bilhões de reais disponíveis — por meio dos nossos impostos — vão ser divididos entre as diversas áreas como saúde, economia e saúde.

Quais os principais pontos do orçamento 2025?

  • 💰 Gastos do governo: O orçamento total é de R$ 5,7 trilhões — sendo R$ 1,5 trilhão destinados ao refinanciamento da dívida pública;

  • 💵 Salário mínimo e reajustes: O salário mínimo, que serve de base para a previdência e para o valor de diversos benefícios, será de R$ 1.518;

  • 📈 Déficit zero e superávit: O governo quer equilibrar as contas em 2025 — sem gastar mais do que arrecada — e prevê um saldo positivo de R$ 15 bilhões;

  • 🎁 Emendas parlamentares: Deputados e senadores poderão direcionar R$ 50 bilhões para suas regiões;

  • 🧦 Falta verba para o Pé-de-Meia: O programa, que incentiva jovens de baixa renda a ficarem no ensino médio, recebeu apenas R$ 1 bilhão, quando precisaria de R$ 13 bi. O governo promete completar o valor depois.

Os próximos passos: Depois dessa primeira aprovação, agora falta o Congresso todo votar a proposta. Caso aprovada, o governo federal ganha o sinal verde para executar o que foi planejado.

Caso queira ler o relatório na íntegra, é só clicar aqui.

Sim, os anúncios que você vê na internet emitem gás carbônico…

| Tecnologia

(Ciclo Orgânico)

… e o Google vai deixar isso bem claro. A BIG TECH anunciou uma nova ferramenta que vai permitir que os anunciantes vejam com detalhes todo o impacto ambiental de suas campanhas.

Num primeiro momento, a “Carbon Footprint for Google Ads” vai ficar disponível apenas para as empresas que fazem propaganda no buscador e em outras plataformas da empresa como o YouTube.

🍃 A relevância: Com essa ferramenta, o Google quer ajudar anunciantes a alinhar marketing com práticas sustentáveis. A ideia é que as marcas consigam reduzir seu impacto ambiental sem prejudicar seus negócios.

  • Para se ter ideia, uma única campanha publicitária gera, em média, 70 toneladas de CO₂ — o mesmo que 7 pessoas liberam na atmosfera por ano. Ao todo, o mundo digital é responsável por 3,5% de todas as emissões de gases do efeito estufa.

Isso acontece por meio do consumo de eletricidade nos data centers — onde os ads são armazenados —, na transmissão de dados pela internet e pela energia usada nos próprios dispositivos.

As razões por trás da iniciativa do Google 💡:

  • Pressão dos consumidores: 78% dos consumidores nos EUA consideram a sustentabilidade importante, e 34% já trocaram de marca por causa disso;

  • Pressões regulatórias: Países, especialmente na Europa, estão exigindo que as empresas relatem seu impacto ambiental e reduzam as emissões de CO₂.

No fim da linha, o comprometimento com a redução da emissão de carbono na atmosfera vem chegando com força na pauta das agências e nos diversos processos da publicidade.

Vem dar uma volta pelas manchetes com a gente

🇷🇺🇺🇦 Só que recusou cessar-fogo completo… Putin concorda com proposta de Trump e suspende ataques a energia ucraniana por um mês

👨‍⚖️🚔 Palavras do ministro da Justiça: Lewandovski diz que a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar

🌿💸 Por incitar violência em protestos: Greenpeace recebe multa bilionária e pode ser obrigado a fechar

A inflação está fazendo os americanos serem mais saudáveis à força

| Negócios

(Sarah Grillo)

📉 Crise no mundo dos snacks. Os americanos estão comendo menos salgadinhos, doces e guloseimas, e, enquanto isso pode ser positivo para eles, está sendo um pesadelo para as grandes empresas de alimentos.

Só neste ano, as vendas de salgadinhos caíram 5%, as de cookies tiveram queda de 7% e até as lojas de conveniência no país — que basicamente vivem de vender snacks — viram o faturamento cair mais de 4%.

🍟 Por que isso acontece? Com os preços subindo, os consumidores estão priorizando o essencial. Uma pesquisa mostrou que 42% dos americanos cortaram os snacks por causa da inflação.

  • Afinal de contas, os preços das guloseimas aumentaram mais do a média. Enquanto os snacks subiram 29%, os outros tipos de alimentos tiveram alta de 23% nos últimos 3 anos.

🍬 Como se não bastasse… Além da inflação, algumas empresas aderiram ao “shrinkflation” — que é quando os pacotes dos produtos diminuem de tamanho mesmo com os preços aumentando.

Há quem diga que o “efeito Ozempic” também contribui com a queda nas vendas de snacks, já que os medicamentos usados para emagrecimento estão passando por um verdadeiro hype.

Até 2035, a expectativa é que quase 7% da população dos EUA estará tomando remédios para perda de peso.

É melhor o Brasil se acostumar ao “dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três!”

| Economia

(EBC)

🎶 “Eu vou fazer um leilão…”🎶 Mostrando o apetite do setor privado na infraestrutura do nosso país, o Brasil tem cerca de 500 projetos preparados para serem leiloados nos próximos anos.

Indo desde estradas e portos até saneamento básico, esses leilões tem o potencial de atrair mais de R$ 750 bilhões em investimentos.

🤿 Aprofundando: Essa transferência de obras do setor público para o privado vai acontecer por meio de concessões e parcerias público-privadas, as famosas PPPs.

O movimento também marca uma mudança de mentalidade. Se antes havia resistência à ideia de privatizar serviços públicos, agora os governos estão mais abertos a parcerias com empresas.

A relevância: O Brasil tem um déficit de investimentos em infraestrutura. Para atender às necessidades do país, seriam necessários R$ 503 bilhões por ano, mas os investimentos atuais são bem menores.

Transporte e logística são os que mais precisam de investimentos — foram R$ 63 bi desembolsados no ano passado, mas a necessidade passa dos R$ 260 bilhões.

Looking forward: Apesar dos juros altos e da inflação, os investidores estão interessados. Há uma grande expectativa por leilões de saneamento, com projetos em Goiás, Rondônia, Paraíba e Pernambuco.

Quem divide, multiplica

| Compartilhe o Espresso

(Giphy)

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