Edição 197 - 14/03/2025

Uma vacina leva à outra?

Há cinco anos as máscaras passaram a fazer parte da rotina do mundo. Podemos concordar que ninguém tem saudades dessa época, mas ela trouxe um legado inesperado: o avanço das vacinas que podem enfrentar um dos maiores vilões da saúde.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Governo Trump quer dizer bye-bye para o Departamento de Educação;

🟡 A área mais desmatada do Brasil está prestes a ser recuperada;

🔴 As vacinas contra a Covid abriram caminho para as vacinas contra o câncer;

🔵 Um bairro inteiro que saiu de uma impressora;

🟣 O ouro está mais brilhante — e caro — do que nunca.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Controle a sua fúria. Se você guardar rancor contra os outros, são eles têm controle sobre você - Miyamoto Musashi

Governo Trump quer dizer bye-bye para o Departamento de Educação

| Mundo

Quase metade dos mais de 4 mil funcionários do Departamento de Educação dos EUA foi demitida por ordem da equipe de Trump. A ideia é acabar com ele por completo nos próximos meses.

• 📸 The big picture: O órgão é a menor agência federal do país que tem status de gabinete — como se fosse um ministério aqui no Brasil.

O Departamento tem várias responsabilidades, entre as quais cuidar dos empréstimos estudantis que somam mais de US$ 1,6 tri, financiar escolas públicas e cuidar das diretrizes do conteúdo que é ensinado.

Os dois lados da moeda 🪙

🔴 Trump e o Partido Republicam criticam o DE por uma série de questões, sendo a principal delas o avanço pequeno — e regresso em alguns casos — dos resultados de aprendizagem dos americanos.

• Além disso, os críticos defendem que os estados devem ter um controle maior sobre os seus sistemas educacionais, já que o Departamento estaria “doutrinando” escolas no país todo.

🔵 Já os democratas argumentam que o Departamento de Educação tem um papel fundamental na supervisão do ensino dos EUA e, caso seja encerrado, vai prejudicar principalmente famílias de baixa renda e minorias.

• Na visão dos opositores de Trump, os estados já têm poder para determinar suas próprias diretrizes quando o assunto é conteúdo de ensino e o DE não se envolve em questões ideológicas.

👨‍⚖️ Não vai ser tarefa fácil: Pelo menos 20 estados já entraram com ações judiciais contra a demissão em massa de funcionários do Departamento, e o assunto deve chegar na Suprema Corte em breve.

A área mais desmatada do Brasil está prestes a ser recuperada

| Brasil

🌳 De pasto a floresta: Uma área de mais de 10 mil hectares em plena Amazônia ganhou o infeliz título de unidade de conservação mais desmatada do Brasil.

• Mas tudo está prestes a mudar em breve, quando a região do Triunfo do Xingu, no Pará, vai ser a primeira área pública do tipo a ser recuperada pela iniciativa privada no nosso país.

O que vai acontecer? Até o final do mês, empresas vão participar de uma licitação na bolsa de valores de SP para ganhar o direito de cuidar da área por, no mínimo, 40 anos.

A vencedora vai investir em infraestrutura local — como escolas, postos de saúde e policiais. O projeto deve criar 2 mil empregos, principalmente em atividades como produção de mudas e plantio de árvores, movimentando R$ 1,5 bilhão.

E fica mais interessante ainda 👇

Além de cuidar da recuperação da área, a empresa que vencer a licitação também vai ter o direito de vender créditos de carbono — gerando uma renda extra considerável para a companhia.

💨 Explicando melhor: Empresas ou projetos que reduzem emissões de CO₂ — como, por exemplo, pelo reflorestamento de uma unidade de conservação — ganham os chamados créditos de carbono.

Depois, as companhias que emitem mais gases do que o permitido podem comprar esses créditos para compensar suas emissões.

Só na área do Triunfo do Xingu, 3,7M de toneladas de carbono devem ser sequestradas — o que equivale a 330 mil voltas de avião ao redor do planeta.

Zoom out: O mercado de créditos de carbono cresce a cada ano. Somente em 2020 o sistema movimentou US$ 53 bilhões no mundo — compensando 20% das emissões de gases de efeito estufa.

🇧🇷 E como a gente entra nessa história? Preferimos deixar nas palavras de quem entende:

As vacinas contra a Covid abriram caminho para as vacinas contra o câncer

| Saúde com Rede Santa Catarina

💉 O efeito pandemia: Antes da Covid se espalhar pelo mundo, as vacinas contra o câncer não faziam parte de um campo avançado da medicina — já que, na grande maioria dos casos, os estudos falhavam.

No entanto, com o desenvolvimento dos imunizantes contra o coronavírus, tudo mudou. Os pesquisadores conseguiram provar que as vacinas de mRNA também podem servir para outras doenças.

• Basicamente, depois que as vacinas contra a Covid surgiram, veio uma onda de ensaios clínicos ao redor do mundo usando as mesmas tecnologias no combate ao câncer.

Por que mRNA? Usando sequenciamento genético para identificar mutações específicas de tumores, esse tipo de imunizante cria uma defesa personalizada que “treina nosso sistema imunológico” para saber o que combater.

Cada vacina é feita sob medida para o paciente. Os médicos fazem uma biópsia, analisam o tecido canceroso e enviam os dados para uma farmacêutica, que cria uma vacina única para aquela pessoa.

🌎 O panorama atual: O Reino Unido criou o “Cancer Vaccine Launch Pad” e fechou contratos com farmacêuticas como BioNTech e Moderna para acelerar os testes de vacinas contra o câncer usando mRNA.

🗣️ Com vocês, a especialista:

Ou seja, apesar dos dados iniciais serem muito promissores, precisamos aguardar os resultados finais.

“Enquanto isso, são preconizadas ações voltadas para a qualidade de vida do paciente e diagnóstico precoce, com foco no tratamento multidisciplinar de ponta. É dentro desse conceito que a Rede Santa Catarina trabalha dia a dia em sua rotina.”

Um tour para você dar o start no fim de semana sabendo de tudo

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Um bairro inteiro que saiu de uma impressora

| Negócios

🧱 A obra do futuro: Um bairro inteiro com mais de 100 casas em Georgetown, no Texas, foi construído a partir de impressoras 3D gigantes.

Só o telhado não é impresso em 3D — nesse bairro, ele é feito de metal. Além disso, todas as casas são equipadas com energia solar, o que ajuda a reduzir a conta de luz.

🏠 Lar doce lar: As casas têm 2 ou 3 quartos e custam a partir de US$ 400 mil. Por dentro, elas têm tudo que uma casa normal tem: cozinha, banheiros, sala e por aí vai.

• E se você está achando que uma “casa impressa” não é tão confiável assim, você está enganado. As moradias passaram por testes que confirmaram que elas resistem a furacões e incêndios.

Como funciona? A construção 3D usa impressoras gigantes para “imprimir” casas camada por camada, usando como principal matéria-prima o concreto. Depois, as peças são montadas como se fosse um Lego.

As vantagens são muitas, já que os gastos com mão de obra são 60% menores e as moradias ficam prontas, em média, numa velocidade 70% mais rápida que os métodos tradicionais.

🔜 Looking forward: O mercado de construção 3D movimentou quase US$ 60 milhões no ano passado e, até 2032, deve passar dos US$ 2 bilhões comercializados.

O ouro está mais brilhante — e caro — do que nunca

| Economia

📈 O curioso caso do metal que cresce com o caos: Pela primeira vez na história, uma onça de ouro — o equivalente a cerca de 30 gramas — superou a barreira de US$ 3.000.

Bancos centrais de vários países estão comprando o metal em quantidades recordes enquanto se preocupam com a dependência do dólar e as novas tarifas impostas pelos EUA.

• Já nos últimos 25 anos, o ouro valorizou dez vezes, superando até o S&P 500 — um dos principais índices da bolsa americana — que "apenas" quadruplicou no mesmo período.

🤔 Ok, mas por que o ouro? Por ser um recurso limitado na natureza, o ouro é visto como um investimento seguro, que resiste a variações da economia — principalmente em momentos de instabilidade.

Além das tarifas e troca de governo nos EUA, o mundo passa por outras turbulências na geopolítica como, por exemplo, as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Ou seja, instabilidade é o que não falta.

Pode ficar um pouco menos limitado 🇨🇳…

A China, que já é líder na produção de ouro, encontrou uma mina gigantesca, que pode ser a maior do mundo — com cerca de mil toneladas do metal e avaliada em R$ 483 bilhões.

A relevância: Lembrando sempre da boa e velha lei da oferta e da demanda, com mais ouro disponível, os preços internacionais podem cair e mexer com a economia do mundo todo. 👀