Edição 193 - 10/03/2025

O Tio Sam se amarrou no bitcoin

Muita gente encara a segunda-feira como o dia oficial dos recomeços e mudanças — ainda mais depois do Carnaval. Assim como trocar o porquinho de barro por uma wallet digital, encarar o novo pode ser mais emocionante do que você imagina.

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Em plena guerra, Rússia troca blindados por cavalos;

🟡 As vagas CLTs deixaram de ser sinônimo de bons empregos;

🔴 A maior potência do mundo percebeu a importância das criptomoedas;

🔵 Marcas de luxo querem fazer do ringue uma passarela;

🟣 A queda dos preços na China pode acabar custando muito caro.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos - Confúcio

Em plena guerra, Rússia troca blindados por cavalos

| Mundo

Em meio a drones high-tech e armas modernas, o exército russo está recorrendo a um método de transporte de quando as guerras eram travadas com lanças e armaduras: cavalos e burros.

🧐 Qual a explicação disso? Drones ucranianos estão destruindo muitos veículos russos nos fronts da guerra, causando a morte de soldados e a perda de cargas importantes para as tropas.

• Acontece que, por mais modernos que sejam, muitos desses drones não conseguem identificar os animais transportando suprimentos — fazendo com que eles tenham virado uma alternativa valiosa.

O outro lado dessa história: Indo além da justificativa oficial do Kremlin, relatos mostram que a Rússia já perdeu mais de 15 mil veículos em território ucraniano e o país passa por uma escassez de veículos militares.

Enquanto a Ucrânia sofre com a falta de soldados e armamentos, os russos estão vendo os seus tanques, veículos blindados e caminhões se esgotarem depois de três anos de guerra.

Mas na opinião de alguns oficiais da Rússia, o uso de animais é uma forma de “preservar a vida dos soldados” e garantir que as tropas recebam os suprimentos na linha de frente.

🐎 Os desafios no fogo cruzado: Essa nova estratégia russa exige uma série de cuidados especiais como comida, água e atendimento veterinário. Além disso, soldados estão reclamando que os animais são lentos e vulneráveis e, em áreas de conflito, colocam as tropas em risco.

As vagas CLTs deixaram de ser sinônimo de bons empregos

| Brasil

👃 Ser “dono do próprio nariz”. É com essa mentalidade que um número crescente de brasileiros tem preferido deixar a carteira assinada na gaveta e partir rumo ao trabalho informal.

Para se ter ideia, em sete estados (Pará, Piauí, Maranhão, Ceará, Amazonas, Bahia e Paraíba), mais da metade dos trabalhadores está na informalidade.

• Falando agora de todo o Brasil, são cerca de 39 milhões de brasileiros em empregos formais e 14 milhões em ocupações informais.

Te dando o contexto: Mesmo com o país batendo recorde de vagas CLT e atingindo o menor nível de desemprego da história, o ritmo de crescimento dos informais está bem maior.

No ano passado, enquanto as vagas com carteira assinada tiveram um aumento de 2,7%, aqueles que não firmaram um vínculo com alguma empresa cresceram mais que 6%.

🫰 O grande motivo por trás: O que está pesando é o salário baixo das vagas formais — principalmente aquelas que exigem baixa qualificação. No geral, a avaliação é a de que a falta de flexibilidade não compensa a remuneração.

Há alguns anos o cenário era diferente e quem tinha carteira assinada ganhava bem mais que os informais, mas isso já deixou de ser regra.

🤳 A digitalização também facilita a informalidade já que, hoje, são muitas as possibilidades de vender produtos on-line ou trabalhar com aplicativos.

A maior potência do mundo percebeu a importância das criptomoedas

| Tecnologia com Binance

💰 O cofre agora é digital: Cumprindo com uma promessa de campanha, o presidente americano Donald Trump assinou uma ordem executiva que cria a “Reserva Estratégica de Bitcoin” dos EUA.

• Ou seja, a partir de agora, a maior potência do mundo vai guardar a criptomoeda numa espécie de poupança nacional — o que já acontece com os dólares, ouro e petróleo.

🪙 De quanto $$$ estamos falando? Nesse primeiro momento, a reserva oficial vai contar com 200 mil unidades de bitcoin — mais de US$ 17 bi — vindas de apreensões do governo em processos criminais e civis.

Até o momento, só El Salvador tinha uma reserva oficial de bitcoins e, como a oferta da moeda é limitada, as primeiras nações a aderirem à prática devem ter mais vantagens no futuro.

Why it matters: A criação da reserva americana é um marco para as moedas digitais, já que a principal economia global está mostrando aos mercados que as criptos devem ser levadas tão a sério quanto outros ativos tradicionais.

É só você pensar que quando os EUA fazem esse movimento, a tendência é que outros países ao redor do mundo, inclusive os mais desenvolvidos, olhem para as criptomoedas com mais atenção.

O futuro do dinheiro chegou 💵

Se antes muita gente duvidava do potencial das moedas digitais, uma notícia como essa mostra bem que elas chegaram para ficar — e a discussão só deve crescer por aqui.

Afinal de contas… O Brasil ocupa a 10ª posição entre os maiores mercados de criptomoedas do mundo e, quando olhamos para a América Latina, a região é onde a adoção das moedas digitais mais cresceu, com um aumento de 116% no ano passado.

• Metade dos latinos que investem em criptos buscam poupança e ganhos de longo prazo, e mais da metade desses investidores pretende aumentar seus investimentos no curto prazo.

😉 Por isso é preciso investir com segurança: Num mercado relativamente novo, é fundamental contar com os players que oferecem o melhor suporte e mais oportunidades de investimentos.

Lembre que já te explicamos que, no universo cripto, quem sai na frente tende a ter mais vantagens… O que você está esperando? Clique aqui e se aprofunde.

Uma volta rápida pelas manhcetes para começar a semana

😔📊 Números alarmantes… Violência doméstica atinge mais de 21 milhões de brasileiras e 70% dos agressores são companheiros ou ex-parceiros

🗳️🇨🇦 Economista e ex-presidente do Banco Central: Mark Carney é eleito novo premiê do Canadá

🤳☁️ Pra postar stories direto das nuvens: United começa instalação de internet via satélite Starlink nos aviões

🔄🇧🇷 Trocas na Esplanada. Lula dá posse para Gleisi Hoffmann na articulação política e Alexandre Ladilha na Saúde

🇷🇴👨‍⚖️ Investigação por seis acusações: Romênia bane candidato presidencial de ultradireita e desencadeia protestos

✈️🇪🇺 Tentando uma nova vida. Número de brasileiros na Europa cresce quase 30% em quatro anos

🏥🇻🇦 Com a palavra, o Vaticano: Saúde do Papa Francisco melhora e prognóstico deixa de ser “reservado”

Marcas de luxo querem fazer do ringue uma passarela

| Negócios

🥊 Pra dar socos com estilo: O boxe está se tornando o esporte — literalmente — da moda à medida que designers renomados e marcas de luxo consolidadas querem marcar presença nos ringues mundo afora.

Essa dupla um tanto quanto inesperada começou a tomar forma com o crescimento do interesse das pessoas nas lutas e a participação de celebridades nos combates.

📺 Por exemplo… Enquanto o Canal Combate viu a audiência crescer com as lutas de famosos como Whindersson e Popó, a Netflix bateu recorde de espectadores ao vivo quando 65M de pessoas sintonizaram no fight entre Mike Tyson e Jake Paul.

• Isso caiu como uma luva para as marcas de luxo, que buscam se reinventar atraindo o público mais jovem. Com isso, elas não querem perder a ação e nem a atenção de potenciais consumidores.

A estratégia: Como os boxeadores não usam muita coisa no ringue, o jeito é inovar nos acessórios como robes, botas de treino, luvas, calções e até sacos de pancada da Supreme.

Marcas que vão de Dior e Dolce & Gabbana a Fear of God estão investindo alguns milhões para vestirem atletas como Gervonta Davis e Devin Haney em suas principais lutas.

Zoom out: O mercado de luxo tem a expectativa de crescer ~3% neste ano, movimentando mais de US$ 495 bilhões.

A queda dos preços na China pode acabar custando muito caro

| Economia

Pela primeira vez desde o começo do ano passado, a inflação chinesa confirmou a tendência de queda e caiu 0,7% — sendo mais acentuada do que o esperado.

O que está acontecendo? Na previsão dos economistas, a economia chinesa está prestes a embarcar no maior período de deflação desde a década de 1960.

• Além do mercado imobiliário, a redução dos preços foi maior no setor de alimentos, tabaco e álcool.

🤔 “Ué, Espresso, mas isso não deveria ser bom?” Embora num primeiro momento as coisas estarem ficando mais baratas parece algo positivo, na realidade esse fenômeno pode ser um sinal de uma economia em apuros.

• A deflação sinaliza problemas como a falta de demanda — quando as pessoas não estão comprando — e o excesso de oferta — muitos produtos estão sendo fabricados, mas poucos estão sendo vendidos.

🤿 Aprofundando: Pense que com os preços caindo há meses, os consumidores deixam de comprar esperando que eles caiam ainda mais.

Consequentemente, as empresas ganham menos e podem cortar salários ou demitir funcionários — prejudicando o poder de compra e o índice de empregos no país.

🇨🇳 Ampliando a visão: Problemas desse tipo na 2ª maior potência global pode ter repercussões em outros mercados ao redor do mundo — como, por exemplo, prejudicando a demanda e os preços do petróleo.