Edição 187 - 28/02/2025

O clima esquentou na Casa Branca

Boa tarde. No Espresso de hoje, você vai ver:

🟠 Rússia quer as empresas do Ocidente de volta;

🟡 Graças ao calor, o nosso país nunca consumiu tanta energia quanto agora;

🔵 As tarifas de Trump contra a China parecem estar longe do fim;

🔴 A disputa pelo domínio dos vídeos curtos está pegando fogo;

🟣 Os EUA estão com tanta “fome de ouro” que outros países estão incomodados.

🥠 Seu biscoitinho da sorte

Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo - Caio Fernando Abreu

Rússia quer as empresas do Ocidente de volta

| Mundo

(Emily Parsons)

🔙 A volta dos que não foram: Como aquele ex-namorado que ressurge depois de anos de um término traumático, a Rússia está flertando com empresas ocidentais para que elas retornem ao país depois de três anos.

Mesmo com a guerra na Ucrânia ainda em curso, a ideia do Kremlin é aproveitar a recente aproximação entre Putin e Trump para convencer as companhias de que o mercado russo é importante para elas.

💭 Recapitulando pra quem já esqueceu… Desde a invasão da Ucrânia em 2022, mais de mil empresas do Ocidente — principalmente americanas — saíram da Rússia em protesto e por conta da instabilidade e das sanções econômicas.

  • Segundo estimativas, empresas estrangeiras perderam pelo menos US$ 167 bilhões em 3 anos de guerra. Além disso, mais de US$ 4 bi em ativos das companhias foram confiscados pelo Kremlin.

Percebendo que os shoppings ficaram vazios e que o consumo estava despencando, o governo Putin deu incentivos para que novas marcas fossem criadas como cópias quase idênticas das americanas. Clique para ver exemplos.

🇷🇺 Agora é hora de voltar? O presidente russo está batendo na tecla de que as empresas ocidentais vão encontrar diversas oportunidades lucrativas caso decidam voltar — principalmente relacionadas ao petróleo, gás e alumínio.

Mas Putin também não quer facilitar tanto e já disse que as companhias teriam que cumprir algumas condições como abrir filiais em áreas ocupadas da Ucrânia ou serem sócias minoritárias de seus próprios negócios.

O que acontece agora? Com os riscos políticos e as preocupações sobre a economia da Rússia, as empresas ocidentais continuam incertas sobre a volta, mas as conversas com o lado russo de fato voltaram a acontecer. 👀

Graças ao calor, o nosso país nunca consumiu tanta energia quanto agora

| Brasil

(Estadão)

☀️ O maçarico ainda está ON: A onda de calor que atinge o Brasil em fevereiro tem provocado recordes seguidos de demanda de energia elétrica — para se ter ideia, só nesta semana foram 3 picos históricos.

  • Na quarta-feira, o consumo chegou a uma média de 106.644 MW. Se você não sabe o que isso significa, tudo bem, mas saiba que é um aumento de quase 25% em relação ao mesmo período do ano passado.

Haja ar-condicionado e ventilador… O principal motivo de tanta demanda por eletricidade é o uso dos aparelhos que amenizam um pouco essa sensação de mormaço.

O pico do uso desses produtos tem sido entre 14h e 16h de todos os dias da semana. Em média, as vendas de ares-condicionados e ventiladores cresceram 106% na comparação com fevereiro de 2024.

🥵 O curioso caso do país que virou uma Air Fryer. Com sensações térmicas que passam dos 60°C em alguns locais, é cada vez mais comum que cidades registrem temperaturas acima de 30°C mesmo depois das oito horas da noite.

O nosso país chegou até a registrar o calor mais extremo do mundo durante a terceira semana de fevereiro.

Prepara o bolso: Para manter o sistema estável, às vezes é preciso reduzir a geração de energia solar e eólica e aumentar a produção das termelétricas, que são mais caras — o que pode encarecer a conta de luz.

Por enquanto, o governo garante que a capacidade de geração de energia está sendo o suficiente para suprir a demanda. 😙

As tarifas de Trump contra a China parecem estar longe do fim

| Negócios

(Reuters)

🤷‍♂️ “Se acharam que acabou, acharam errado.” Um mês depois de anunciar que os produtos importados da China vão ser taxados em 10%, Trump surpreendeu e anunciou outros 10% em tarifas adicionais.

O principal motivo para essa retaliação 2.0 é o fato do presidente americano acreditar que o governo chinês está fazendo vista grossa sobre os envios de fentanil — um forte opioide — para território americano.

Mais de 100 mil pessoas morrem de overdose por ano nos EUA devido ao uso da substância, e Trump acredita que a China exporta o produto para o México, onde cartéis produzem a droga e atravessam a fronteira.

E não para por aí: Mostrando que não estava blefando, o POTUS confirmou que as tarifas de 25% sobre produtos importados do México e Canadá — que por um momento ficaram suspensas — vão de fato entrar em vigor.

🗓️ Com isso, assim fica o calendário das taxas:

  • 4 de março: 25% sobre as importações mexicanas e canadenses + imposto extra de 10% sobre produtos chineses para além dos 10% que já passaram a ser cobrados no começo deste mês;

  • 12 de março: Tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio que chegam nos EUA;

  • 2 de abril: Anúncio dos detalhes do plano de tarifas recíprocas de Trump — que mira principalmente os países da União Europeia.

🇨🇳 A resposta do outro lado: Como era de se esperar, a medida extra irritou a China. O governo chinês disse que tem uma das políticas antidrogas mais duras do mundo e que os EUA estão “transferindo a culpa” de suas crises internas.

Pequim ainda prometeu tomar “todas as medidas necessárias” para proteger seus interesses — o que pode incluir taxas contra os americanos e o início de uma guerra comercial entre as duas maiores potências do mundo.

Haja manchetes para uma sexta-feira…

🇺🇸🇺🇦 Bate boca, dedo em riste e clima tenso: Em encontro programado para a assinatura de um tratado, Trump e Zelensky se desentenderam sobre a guerra na Ucrânia e acabaram não assinando o acordo sobre exploração de minerais ucranianos. O americano chegou a acusar Zelensky de “flertar com a Terceira Guerra Mundial”. Clique para ver o vídeo

A disputa pelo domínio dos vídeos curtos está pegando fogo

| Tecnologia

(Socialinsider)

Depois de anos do YouTube copiando o TikTok, o jogo virou e chegou a hora da rede social chinesa copiar se inspirar no modus operandi da gigante dos vídeos.

O que está acontecendo? O tico-teco, que antes era basicamente um app 100% pensado no uso para celular, agora investiu numa versão feita para computadores.

  • A ideia é atrair mais usuários com uma plataforma de vídeos curtos rodando no PC com mais facilidade — seja para o uso durante o expediente ou para aqueles que costumar ver vídeos por uma tela maior.

As novidades: O TikTok incluiu um mini-player flutuante que vai permitir assistir aos vídeos curtos enquanto se faz outras coisas no computador. Além disso, o design foi ajustado e as transmissões ao vivo vão rodar em tela cheia.

Enquanto isso, na rede vizinha 🤳

A Meta não quer ficar pra trás e também estuda novidades na sua própria plataforma de vídeos curtos: o Instagram Reels. A grande novidade seria transformar os Reels num app separado do Instagram.

Por que essa independência? A grande oportunidade que a empresa enxerga é se aproveitar do banimento que o TikTok pode sofrer nos EUA caso não seja vendido para uma empresa de fora da China.

Se os Reels virarem um app separado, a experiência pode ficar mais parecida com a do TikTok, focada só em vídeos curtos e com uma rolagem mais fluida — agradando os que reclamam que o Insta está misturando fotos e vídeos no feed.

🏃‍♂️‍➡️ Corrida apertada: O TikTok conta com cerca de 2 bilhões de usuários no mundo todo — assim como os usuários ativos dos Reels. Curiosamente, o YouTube também diz que os Shorts contam 2 bi de usuários ativos mensais.

Os EUA estão com tanta “fome de ouro” que outros países estão incomodados

| Economia

(Forbes)

🎶 “Cada vez eu quero maaaaiiissss.” 🎶 Desde dezembro de 2023 os EUA decidiram investir uma fortuna na compra de ouro, resultando num recorde de mais de 600 toneladas importadas.

  • Grande parte disso acontece graças a uma possível tarifa que Trump pode impor sobre o metal enquanto a produção doméstica no país vem caindo.

Com isso, para evitar pagar mais caro no futuro, bancos, investidores e traders estão estocando ouro nos EUA antes que a tarifa entre em vigor.

Muito para uns, pouco para outros: Essa nova corrida do ouro pelos EUA acabou criando um desequilíbrio. Países como Canadá, México, Suíça e Reino Unido estão vendo os seus estoques diminuírem cada vez mais.

Na prática, a demanda americana está “sugando” o ouro de outras nações, criando uma escassez global e perturbando as cadeias de suprimentos.

Analistas até acreditam que, mesmo que Trump imponha uma tarifa de 100% sobre o ouro importado, isso não afetaria muito os preços nos EUA porque o país já importou tanto que há estoque suficiente agora.

🥇 Por que o ouro importa? Por ser um recurso limitado na natureza, o ouro é visto como um investimento seguro, que resiste a variações da economia — principalmente em momentos de instabilidade como o que vivemos.

Com guerras acontecendo e turbulências políticas, o preço do outro tem batido recordes. No ano passado, a alta foi de mais de 15%. Já para este ano, tudo indica que o material pode passar dos US$ 3.000 por onça (30g).

Nada de tédio no final de semana do Carnaval 🥳

| What We´re Gonna Do

📖 Para ler. Véspera, de Carla Madeira, é um mergulho intenso em família, culpa e abandono. Entre dois tempos narrativos, a história avança até o choque inevitável.

👀 Para ver. Se você é do time de descansar no feriado, aqui vai uma seleção de 30 séries novas para maratonar em 2025.

🎧 Para ouvir. Domingo é dia de Oscar, e para entrar no clima e na torcida, essa playlist reúne todas as músicas que já levaram o prêmio de Melhor Canção

🎉 Para fazer. O Carnaval já tá no ar, e se a dúvida é onde, quando e quais blocos estão bombando no Rio, esse perfil resolve.

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